[Resenha] O Preço de Uma Lição

Autor: Federico Devito e Rogério Mendonça

Editora: Novo Conceito

Páginas: 368

Preço: 8,81 na Saraiva

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2011

Sinopse: Os meninos são, sim, capazes de amar. ”Tem um ditado que diz que o amor é cego. É justamente o contrário. Quando você ama de verdade, é capaz de ver coisas que ninguém consegue. Falam que você não consegue enxergar os defeitos, pura mentira também! Você vê, estão todos lá. Mas vê também algo que só você pode, como lidar com eles e contorná-los. Então, o amor não é cego, ele é a maior lente de aumento que já inventaram.” Como acontece esta coisa chamada amor? Nasce junto com a gente, mas não depende só de nós. A gente sofre e faz sofrer, ama e é amado. E com isso aprende muita coisa. Lições que trazem consequências, problemas e soluções. O preço desse aprendizado transforma o garoto em um homem. Esta narrativa, cheia de incidentes, mostra que – ao contrário do que dizem algumas garotas – os meninos são, sim, capazes de amar. Quais as transformações que o amor pode provocar na gente? O que ele ensina? Qual o seu preço? Acompanhe a jornada de um jovem, transformado pelo amor, à procura dessas respostas.

Já tinha ouvido falar bastante desse livro, já que é da Novo Conceito, e como todos sabem, os livros da Novo Conceito estão presentes na caixinha de correio de quase todos os blogueiros. E eu amo caixinhas de correio.

Tive um certo receio de começar a leitura dessa obra em especial, pois foi escrita por um antigo colírio da Capricho, Federico Devito. E eu sou uma das garotas que afirma veemente que colírios possuem miolo de pão no lugar do cérebro. Resumindo: eu não gosto de colírios e pronto. Após ganhar um concurso cultural e recebê-lo, o abandonei um pouquinho na estante, para depois pegar nele e começar a leitura.

O livro começa bem, retratando o começo da amizade entre o personagem principal - cujo nome não é revelado - e seus três amigos. Achei legal os autores retratarem como começou a amizade dos quatro, que se denominavam Quarteto 21 por todos os quatro nascerem no dia 21 de algum mês.

A partir daí, o protagonista vai nos contando a respeito de sua vida amorosa, e é por aí que eu começo a concordar com algumas blogueiras que tiveram a opinião de que o livro era mel do começo até o fim. Sem dúvidas! Ao decorrer da história, vamos percebendo que seu contador comete muitas burradas e é bastante previsível.

Cheguei a um certo ponto do livro que comecei a achar que os autores só queriam nos convencer de que os representantes do sexo masculino podem sim, amar e sofrer tal qual o sexo feminino. Discordo! Tanto das mulheres que sofrem desse jeito, quanto dos homens. Isso é absurdamente ridículo, digo, pelo menos a causa do sofrimento que o protagonista presencia.

Ele praticamente procura por aquilo o livro todo, erra, erra e só depois que estão prestes a mostrar uma plaquinha com os dizeres "você está errado, peça desculpas" que ele corre atrás para consertar tudo. O livro seria muito mais interessante se o assunto não girasse em torno de todo aquele drama, e sim mais na vida pessoal do cara. Foram poucas as vezes em que ele menciona o trabalho e a família - se comparado quanto o tempo que ele gasta com a namorada, Juliana - e isso foi meio surreal pra mim.

Vejam bem, o cara tem vinte anos, já é um homem feito e trabalha. Mas ao mesmo tempo, fica com a cabeça o dia inteiro na Juliana, uma garota de quinze anos que não sabe o que quer. Gente, alô? Acho que ele está confundindo suas prioridades, sério. Vocês vão achar que eu estou sendo muito racional, insensível, etc, mas se lerem o livro, provavelmente vão concordar com o que estou dizendo.

As três estrelinhas vão mais pelo trabalho da Novo Conceito com a diagramação e divulgação do livro, e também por umas partes do romance que eu gostei. Meus queridos, pelo menos para mim, tudo que é exagerado faz mal, e a dose de romance que esta obra carrega vai além do exagerado.

Confesso que até me identifiquei um pouco com o livro e tal, mas todo esse exagero me subiu à cabeça, ocultando todas as outras coisas boas que o livro tinha a oferecer. Não é o tipo de livro que eu recomendaria. A não ser que você esteja passando por uma fossa daquelas, aí sim, eu o recomendo.