Palavras são transitórias.
Palavras ficam com a gente.
Palavras calam e insultam.
Palavras amam e falam.
Palavras perdidas por aí.
Palavras que encontramos aqui e ali.
Palavras que queimam e amargam.
Palavras doces como o mel...
É paradoxal surgir tanta beleza
E tanto sofrimento de um só lugar.
É um mundo a parte
Que todos conhecem,
Mas poucos dominam.
Palavras camonianas e maquiavélicas.
Palavras que sentem, transpiram.
Palavras em desuso, partiram.
Palavras iludidas, apaixonadas.
Palavras firmes, desejadas.
Palavras que saíram do armário.
Palavras que sequer abriram a porta.
Palavras envergonhadas, arrancadas.
Palavras escancaradas, com um pisca-pisca dizendo:
"Ó eu aqui!".
E não importa o quanto a física teorize,
Que são apenas sons e pensamentos.
Elas são tão vivas quanto as pessoas.
Algumas vivas e vividas.
Outras parasitas desgraçadas.
E tantas que já foram esquecidas.
22/12/2012
Nossa Infinita Fonte de Magia, por Jorge Felipe
Marcadores: Jorge Felipe, poesia
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