[Resenha] Sapatólatras Anônimas

Autor: Beth Harbinson

Editora: Galera Record

Páginas: 368

Preço: 28,71 no Extra

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2008

Sinopse: Um romance que vai fisgar as leitoras... pelos pés. Quatro mulheres diferentes. Um número de sapato comum e um desejo enlouquecedor por sapatos fabulosos. Neste romance, a mulher de um político controlador, uma viciada em compras, uma atendente de disque-sexo com fobia de lugares abertos e uma babá de uma família infernal (que não liga para sapatos, mas faz qualquer coisa para sair de casa!) se encontram nas noites de terça-feira para trocar sapatos, e, no decorrer, construir amizades que as ajudarão a superar seus mais variados problemas.

Como amante de chick-lits, quase não pude respirar ao ver esse livro por nove e noventa na Fnac. Atenta aos avisos de uma amiga blogueira à respeito da qualidade dos livros enviados pela loja, fiquei indecisa se gastava meus raros tostõezinhos naquela obra tentadora (sim, eu me fascino por chick-lits que envolvem consumismo). Tomei a decisão que a maioria dos bookaholics tomaria e efetuei a compra do livro. Me surpreendi quando o exemplar chegou inteirinho aqui em casa (com um tempinho razoável de demora, mas abafemos o caso), e o acomodei na estante. Mas em seguida, meu cérebro começou a gritar por um bom e delicioso chick-lit, me fazendo retirar o livro de seu cantinho e devastar a obra de Beth Harbinson.

Já comecei me identificando com todas as personagens por conta da característica alvo do livro, o consumismo. Digo a todos que sou uma Becky Bloom literária. É, infelizmente eu tenho essa necessidade de comprar pelo menos um livro ao mês (o que pode ser considerado muito para uma adolescente de catorze anos, que não exerce nenhum outro trabalho que não seja seu blog), o que é triste para o meu tão necessitado bolsinho, ér. Ok, vou parar de ser razoável, pois tenho pura consciência de que a minha estante é muito mais necessitada que o meu bolso vazio, mas voltemos ao foco.

Todas as personagens são de fácil identificação. A que possui dívidas até o teto, a de difícil socialização e que insiste em permanecer dentro de sua casa, a que teria uma vida perfeita se não fosse pelo marido controlador e por fim, a que quer se enturmar com o grupo apenas para poder se desligar da vida conturbada que leva. Todas carismáticas e representantes de uma útil mensagem. Naturalmente, seguindo o padrão de um bom chick-lit, as páginas passam rapidamente conforme seus conflitos se desenrolam e são resolvidos, um a um.

Gostei bastante da narrativa de Beth, autora que não conhecia. Consegui me envolver com o livro e suas personagens sem nenhuma dificuldade e posso dizer que gostei bastante do final que cada uma teve. Adorei o fato de cada uma ter sua história alternada no momento certo, coisa que quando não acontece nesse tipo de narrativa, me deixa seriamente irritada. O livro me despertou todas as emoções possíveis, sinal de que eu estava emocionalmente focada.

Por fim, chick-lit recomendadíssimo! Tenho que confessar aqui que o li em um dia, direto. A obra que Beth escreveu me cativou tanto que eu não consegui largar, coisa que é raro acontecer, pois geralmente me envolvo com outras atividades (internet e pronto!) durante a leitura. Acho que a partir das jovens que tem problemas em regular suas finanças, todos devem ler, pois considero esse exemplar de uma leitura saudável e apaixonante.