30/11/2014

[Resenha] Inferno



Autor: Meg Cabot

Editora: Galera Record

Páginas: 336

Preço: 10,83 na Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
Nesta continuação do mito de Perséfone recriado por Meg Cabot, Pierce Oliviera está em um lugar entre o paraíso e o inferno. Um castelo turvo e mal iluminado, de onde pode ver os espíritos dos mortos, prontos para embarcar em sua viagem derradeira. Mas não está lá por escolha própria: John Hayden, senhor do Mundo Inferior, está lhe mantendo lá. Para seu próprio bem, ele diz: para protegê-la das Fúrias que desejam vingar-se dele.

Mesmo que esteja lá, seus entes queridos não estão. E isso pode acabar custando caro para ambos. Mas John afirma que não pode deixá-la sair. Será que ela deveria confiar em sua palavra?


Mais uma continuação pela qual eu estava esperando, Inferno foi outra solicitação feita por curiosidade. Solicitei muitas continuações da última vez, né? Pois é. Eu não gosto muito da Pierce, mas precisava saber como sua história continuava, já que sou bem fã do mito de Perséfone.

Sou apaixonadíssima pelas capas dessa trilogia e não foi diferente quando Inferno chegou, foi meio que amor à primeira vista. Apesar de achar que Submundo seria a tradução mais adequada para o título, relevo esse caso porque Inferno ainda é mais impactante do que a outra opção. Curti muito a edição proporcionada pela Galera Record - revisão, tradução, diagramação, o de sempre, o que tornou a leitura muito agradável e tranquila aos olhos.

Em Abandono, Pierce foge do castelo do sedutor John assim que tem uma chance, só para voltar correndo para seus braços quando se vê em extrema necessidade, no fim do livro. Agora, dividida entre o mundo terreno e a morada de seu amado, a garota deve escolher entre proteger aqueles que ama e ficar com o que ela precisa, mesmo que isso ponha em risco a sua vida e os laços que mantém com seu grande amor.

Se no primeiro livro a protagonista era chata, no segundo ficou pior ainda. Quase desisti da leitura por conta de todos os mimimis infinitos de Pierce, que agora não basta ser insegura, ainda abafa seus medos e inseguranças no namorado, de quem ela passou a depender. Deve ser por estar acostumada com as heroínas poderosas de Meg Cabot que não consigo me conformar com essa mocinha enfadonha, que só faz chorar e se esconder atrás de John, que - não sei como - é apaixonado por ela.

Por falar no mocinho com uma pegada de vilão da história, ainda não consegui me convencer do amor vivido por eles dois. Mesmo tendo acompanhado o passado obscuro de John e estando ciente de tudo o que ele passou até chegar ali, as atitudes, falas e diálogos do personagem durante Abandono foram tão forçadas que eu não consigo visualizar algo crível na minha mente de leitora. Simplesmente não desceu e continua não descendo para mim, entendem?

A ação e o ritmo rápido com que os fatos se desenrolam nesse livro foram o principal motivo pelo qual eu não abandonei a leitura, pois devo salientar que os personagens não me cativaram ainda. Fiquei um pouco desapontada porque não costumo desgostar de algum livro da Meg, mas essa série anda difícil de guardar no coração, de verdade. Sinto como se toda e cada expectativa para com esse livro tenha sido destruída lentamente por conta do casal principal. Uma pena.

Apesar disso, continuo curtindo o elemento mitológico usado pela autora, bem como algumas partes extras que fizeram uma analogia um pouquinho mais forte para relacionar a releitura com o mito de Perséfone (palavra chave pra vocês: romã), algo que eu estava sentindo falta. Só espero que no terceiro livro a mocinha desperte em si um pouco dos encantos da protagonista mitológica, para que eu veja tudo como um mero mal entendido e me apaixone por ela tanto quanto me apaixonei por Perséfone.


29/11/2014

[Resenha] A Evolução de Mara Dyer



Autor: Michelle Hodkin

Editora: Galera Record

Páginas: 406

Preço: 23,60 na Amazon

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
As misteriosas e perigosas habilidades de Mara continuam a evoluir. Ela sabe que não está louca e agora precisa se prender desesperadamente à sanidade. Mara sabe que é tudo real: pode matar com um simples pensamento, assim como Noah pode curar com apenas um toque e que Jude, o ex-namorado morto por ela, está realmente de volta. Mas para descobrir suas intenções, deve evitar uma internação em um hospital psiquiátrico. Confusa com as paredes se fechando e ruindo ao seu redor, ela deve aprender a usar seu poder.


Assim que terminei A Desconstrução de Mara Dyer, sabia que precisava urgentemente de uma explicação para tudo o que estava acontecendo com a menina (e para aquele final, que MEUDEUSDOCÉU) e corri para pedir meu exemplar da sequência. Não sabia o que esperar exatamente desse livro, mas quando chegou aqui, resolvi ler o mais rápido possível.

De todas as capas da trilogia, essa é a que eu menos gosto, mas não deixa de ser linda a sua maneira. Curti bastante a diagramação e a disposição da fonte x espaçamento ao longo das páginas do livro, bem como as folhas amarelas que alegraram os meus olhinhos de leitora. Não encontrei erros de impressão, revisão ou tradução ao decorrer da leitura, o que achei super agradável e fez com que a editora ganhasse pontinhos extras comigo.

Mara Dyer já está ciente de seus poderes e das habilidades especiais de Noah. Quando percebe que um alguém do passado está de volta, ela não sabe o que deve fazer primeiro: se apropriar de seus poderes ou correr para o mais longe possível. Agora, para salvar sua família e a si mesma, Mara deve se agarrar a sua sanidade (ou o que restou dela) e com a ajuda de Noah, vencer os fantasmas do passado e reordenar seu presente.

No primeiro livro, virei a última página com um questionamento gigante e um belo de um ponto de interrogação cravado na testa. Quando abri o segundo, comecei a leitura esperando por respostas e, tcham, tcham, tcham, não encontrei. É isso aí, meus amigos! Com sua narrativa um pouquinho assustadora e as cenas de arrepiar os pelinhos do braço, Michelle Hodkin só fez aumentar o nível de suspense durante o segundo volume da série.

Está curioso para saber como Mara Dyer pode ser mais misteriosa? Pois então, nada melhor do que ler o livro para saber. Mas como adoro meus leitores, vou te ajudar um pouquinho só porque sou boazinha: nesse volume, Hodkin trabalhou com alguns elementos especiais do passado de nossa protagonista, trazendo à tona novos questionamentos a respeito de sua árvore genealógica e dos poderes que possui. Algumas passagens são bem sombrias (foco em uma certa cena no hospital) e vão te arrepiar ainda mais se você estiver lendo à noite, o que me prendeu ao livro de uma forma que é difícil explicar.

Outra coisa que me impediu de largar o meu exemplar foi a constante presença do carismático, belíssimo e inteiramente sarcástico Noah, que está de volta com todo o seu charme (suspira) e seu amor por nossa protagonista. Meus amiguinhos sofreram com meus constantes snaps de passagens em que o Noah aparecia, só porque é tanto amor que não dá pra controlar. ♥

Fangirling à parte, achei que esse volume foi mais uma narrativa focada no desenvolvimento da personalidade da personagem e do plot escolhido pela autora, do que qualquer outra coisa. Apesar de termos algumas revelações poderosíssimas ao decorrer da leitura, no pacote não faltaram muitas dúvidas a respeito da origem dos poderes de Mara e Noah e aquela ansiedade básica pelo ponto final da história.

Como muita gente que já leu The Retribution of Mara Dyer jurou de pés juntos que tudo é esclarecido no terceiro livro, mal posso esperar para conferí-lo e matar minha curiosidade. Mas enquanto isso não acontece... Vamos esperar e torcer para que a Galera Record publique o livro o mais rápido possível!

Ainda não posso dizer que essa trilogia conquistou o meu coração a ponto de ser favoritada, porque não curto muito não entender o que está acontecendo (na maior parte do tempo), mas dependendo do final do próximo livro, pode vir a acontecer.


28/11/2014

[Resenha] Coroa da Meia-Noite



Autor: Sarah J Maas

Editora: Galera Record

Páginas: 406

Preço: 29,40 na Livraria Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
Celaena Sardothien, a melhor assassina de Adarlan, tornou-se a assassina real depois de vencer a competição do rei e se livrar da escravidão das Minas de Sal de Endovier. Mas sua lealdade nunca esteve com a coroa. Tudo o que deseja é ser livre — e fazer justiça. Nos arredores do castelo, surgem rumores a respeito de uma conspiração contra misteriosos planos do rei, mas antes de cuidar dos traidores, Celaena quer descobrir exatamente que planos são esses. O que ela não imaginava é que acabaria em meio a uma perigosa trama de segredos e traições tecida ao redor da coroa. Enquanto a amizade entre ela e o capitão Westfall cresce cada vez mais, o príncipe Dorian se afasta, imerso em seus próprios dilemas e descobertas. A princesa Nehemia acaba se tornando uma conselheira e confidente, mas sua atenção está mais voltada para outros assuntos. Em Adarlan, um segredo parece se esconder por trás de cada porta trancada, e Celaena está determinada a desvendar todos eles para proteger aqueles que aprendeu a amar. Mas o tempo é curto, e as ameaças ao redor castelo de vidro estão cada vez mais próximas. Quando menos se espera, uma trágica noite mudará a vida de todos no reino, e mais do que nunca Celaena quer descobrir a verdade para fazer justiça.


Assim que terminei de ler Trono de Vidro, fiquei louca e desesperada por mais Celaena Sardothien. Já sabia que tinham mais dois livros já lançados lá fora, mas a pergunta do dia era: e aqui no Brasil, quando seria o lançamento? Estava quase mandando um e-mail para a Galera Record, quando percebi que a news de agosto tinha chegado, anunciando o lançamento de Coroa da Meia-Noite, segundo livro da série. Se surtei? Muito. Se solicitei o meu exemplar na hora? Mas é claro!

No momento em que meu exemplar chegou aqui em casa, não pude deixar de reparar algumas diferenças da primeira edição para a outra: ao invés de ter seu título destacado, Coroa da Meia-Noite entrou como um subtítulo para o segundo livro da série. Se eu fiquei desapontada? Muito! Enquanto eu lia, várias pessoas me perguntaram se aquele era o primeiro livro da série.

Achei que a Galera vacilou bastante em não ter exposto mais o título do livro como segundo livro em si, deixando o detalhe meio escondido embaixo do nome da série, que ficou mais destacado. Outra coisa que me irritou foi o fato de as lombadas não combinarem na estante. Ficou bem feinho, em comparação com as hardcovers americanas. De resto, tudo normal.

Após a competição que aconteceu em Trono de Vidro, Celaena deverá servir o rei como sua campeã, perseguindo os traidores da corte a mando do monarca. Entretanto, sua lealdade e seus princípios são postos em jogo quando as forças do mal que crescem dentro do castelo começam a perseguí-la, forçando-a a fazer uma importante escolha. Será que nossa heroína se tornará uma verdadeira serva real ou lutará por suas crenças e consequentemente, contra a corte? É o que eu descobri enquanto lia Coroa da Meia-Noite.

Eu não tenho palavras - modo de falar, senão não estaria resenhando - para descrever o quão absurdo é esse livro! Primeiro a narrativa segue lenta e um pouco cansativa, mas quando chegamos a um cliffhanger entre o final da parte um e o início da parte dois, essa sequência se torna impossível de largar. Não tenho como falar muito sobre o que acontece sem dar spoilers, então digamos apenas que sofri uma variação enorme de sentimentos durante a leitura. De dor a felicidade, ansiedade a alívio... Conforme eu virava as páginas, já ficava com medo do que aconteceria depois.

Pelo que eu escrevi acima, acho que vocês já tem uma ideia do ritmo do livro, certo? Se ainda restaram dúvidas, vou ser bem clara: Celaena não para. Seja nas cenas de ação ou nos momentos mais difíceis, chega a um ponto em que tudo vai acontecendo de uma vez só e você tem que ter um emocional de aço pra acompanhar tudo sem parar pra respirar. Fico muito grata pelo fato de a autora não ter deixado essa sequência desmoronar, como quase sempre acontece com o segundo volume das séries. Algumas revelações me surpreenderam de uma maneira indescritível!

Também fiquei surpresa e instigada por conta da introdução de um novo personagem na trama, que pode ou não ser um novo vilão ou novo herói importante na saga. Pelas resenhas que já li por aí, acredito que ele vá ter mais destaque em Heir of Fire, o que pretendo conferir muito em breve, assim que conseguir adquirir o livro.

Mas uma coisa que teve destaque nesse livro e me agradou muito foi o elemento fantástico da série. Eu não esperava que a autora fosse desenvolver tanto o lado fantástico da história, mas ela com certeza permeou Coroa da Meia-Noite com tudo o que faltava desse ingrediente secreto. Eu fiquei com medinho de não curtir, mas acabei gostando e muito do que ela fez ali. O final do livro envolve esse elemento e ainda revela um segredo importantíssimo para a continuação da saga. Como vocês já devem ter percebido, mal posso esperar pelo terceiro volume! ♥