15/01/2015

[Resenha] Isla and the Happily Ever After



Autor: Stephanie Perkins

Editora: Dutton

Páginas: 352

Preço: 38,50 na Livraria Cultura

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
From the glittering streets of Manhattan to the moonlit rooftops of Paris, falling in love is easy for hopeless dreamer Isla and introspective artist Josh. But as they begin their senior year in France, Isla and Josh are quickly forced to confront the heartbreaking reality that happily-ever-afters aren't always forever.

Their romantic journey is skillfully intertwined with those of beloved couples Anna and Étienne and Lola and Cricket, whose paths are destined to collide in a sweeping finale certain to please fans old and new.


Depois de ter lido Anna e o Beijo Francês e Lola e o Garoto da Casa ao Lado, fiquei ansiosíssima ao saber do lançamento de Isla and the Happily Ever After. Posso até não ter me encantado tanto por Anna e Étienne, mas Lola e Crickett definitivamente me deixaram com um gostinho de quero mais. A vontade de ter mais do mundinho de Stephanie Perkins foi tanta que eu comprei o meu exemplar assim que pude, louca para tê-lo em mãos.

Quando ele chegou (brilhante em sua hardcover lisinha), mal pude acreditar na beleza dessas capas novas. Eu gostava muito do design dos casais e tal, mas essas fontes saltando dos livros... Ai, que glam, que divo, que phyno! Fiquei simplesmente apaixonada.

A diagramação ficou muito bem feita e a fonte, bem espaçada (para encanto dos meus olhinhos exigentes ♥), sem falar no começo de capítulo que esbanja delicadeza e romance. Se tem uma coisa que eu preciso destacar sobre a sensação de ter um hardcover bonito é a satisfação de pagar por algo satisfatório. Ah, a felicidade!

No momento em que comecei a ler o livro, não sabia direito sobre o que se tratava e que tipo de emoção ele iria me passar. Pra falar a verdade, o nome da autora me vendeu mais do que a história em si. Tinha para mim que se Isla me arrebatasse tanto quanto Lola, estava de bom tamanho e eu não ia reclamar. Acontece que quando eu fui ler a sinopse, algo brilhou aqui dentro.

Sabe aquela sensação de saber exatamente pelo que a personagem está passando? Pois é. No caso, Isla é uma jovem que estuda em uma escola meio americana, meio francesa localizada em Paris. Ela tem uma crush por Josh há três anos, um cartunista que se desafiou a escrever uma graphic novel a respeito de si mesmo.

Apaixonada e sem saber o que fazer para atrair sua atenção, ela se vê deslumbrada quando Josh começa a correspondê-la. Mas aí outros dilemas entram no caminho dos dois e o futuro clama pela grande decisão: o que acontecerá após a formatura? Que caminhos os dois vão tomar? Será que ficarão juntos? Se separarão? Poderá o amor resistir às artimanhas do destino? É o que a premissa de Isla and the Happily Ever After promete responder.

Dois jovens descobrindo o amor em meio à uma cidade que respira paixão? Parece extremamente romântico, eu sei. Mas não foi isso que me atraiu na trama. Além do cenário parisiense vs. nova iorquino que o permeia, o que me levou a ler esse livro foi justamente o fato de eu ter levado sua premissa para o lado pessoal. Eu não conseguia deixar de me ver na Isla no que diz respeito a seus questionamentos a respeito do futuro, suas dúvidas e inseguranças.

O que ser? Que caminho seguir? O que fazer quando crescer? Apesar de já ter a minha rota traçada, foram essas perguntas que mais me trouxeram para perto da protagonista. Acredito que sejam esses questionamentos que farão várias adolescentes se identificarem com Isla também, porque nessa fase (terceiro ano, vestibular, transição da escola para a universidade) essas perguntas são as que mais passam pela nossa cabeça.

Fora esses questionamentos básicos que toda adolescente enfrenta em determinado ponto da vida, me identifiquei também com o jeitinho tímido de Isla. Apesar de viver uma situação bem diferente da minha, por vezes eu me senti como se estivesse no lugar dela, independente do cenário ou estilo de nossas vidas. Achei isso muito legal, sabem? Dessa forma, todas as leitoras poderão encontrar um pedacinho de si na personagem.

Outra coisa que me encantou bastante no livro foi o romance fácil que vai se desenrolando com o passar das páginas. Mas fácil só na maneira com que os personagens se apaixonam, ok? Ambos tem seus problemas e suas preocupações para resolver e superar, situações que fizeram com que o romance se tornasse cada vez mais realista aos meus olhos. Me senti tão envolvida pelas cenas românticas que encontrei justiça na citação "Stephanie Perkins é a Jane Austen de nossa geração".

E o que falar das aparições de Lola, Cricket, Meredith, Anna e St. Clair? Por favor, alguém (não) segura o meu coração! Juro que as batidas ficaram um pouquinho mais rápidas quando me deparei com essa turma maravilhosa nas páginas do livro. Deu até vontade de reler os outros dois em inglês!

Fazendo um desabafo rápido, a verdade é que não estou pronta para me despedir dessa trilogia. Teoricamente, esse teria que ser o último livro, mas não consigo me desapegar desse universo, hahaha. Lembro que não curti muito Anna e o Beijo Francês quando li, mas pretendo dar uma nova chance só pra não me despedir.

E isso é tudo pra hoje, pessoal! Espero que vocês tenham gostado da resenha e que deem uma chance a Isla e Josh, porque eles merecem. Com certeza essa leitura encontrou seu lugar no meu hall especial de favoritos, hahaha. Recomendo para todos os públicos!


01/01/2015

Retrospectiva literária 2014



Feliz ano novo, pessoal!

Como de praxe, hoje eu venho trazer mais uma retrospectiva (♥) para vocês. Gosto muito de olhar para trás, porque é assim que a gente vê o quanto melhorou e progrediu. 2014 foi um ano muito tumultuado para mim, mas também teve muitas coisas boas. Sei que 2015 vai me trazer desafios e escolhas muito maiores - ano de vestibular, essa novela a maioria de vocês já assistiu - e espero obter sucesso durante todos eles.

Mas agora é hora de falar sobre tudo o que rolou ano passado, do ponto de vista literário. Já sei que li bastante (ultrapassei a meta estipulada, uhul!) e percebi que muitas das leituras foram bem aproveitadas.

Estão prontos para saber como foi?

- Meta de Leitura: 70 livros.
- Quantos livros eu li: 80 (YAY) livros.

Melhor livro de fantasia: Trono de Vidro, sem sombra de dúvidas! Gostei muito do cenário, da protagonista e de toda a trama. Inigualável, repleto de ação e com uma pitadinha de magia, esse livro me agarrou pela mente e não soltou mais! Virei fã declarada da série e estou muito ansiosa para o lançamento dos outros livros da mesma.

Melhor suspense: Novembro de 63, sem nem pestanejar. Narrada por Jake Epping e escrita pelo mestre King, essa foi uma história que me arrebatou a ponto de devorar todas as suas 730 páginas sem reclamar. Um suspense cheio de ação, com climax perfeito e cenas de roer as unhas de todos os dedos, esse foi um livro que com certeza marcou meu ano.

Melhor distopia: Posso ter lido pouquíssimos livros do gênero esse ano, mas sem dúvidas, o que merece a classificação é The Darkest Minds. Leitura do finalzinho do ano, essa distopia me cativou muito e fez com que eu ficasse ávida por mais livros do gênero (que já comprei e planejo ler durante as férias). Considerei essa como uma leitura especial, pois me fez ter mais gosto pelo texto íntegro, no caso, em inglês. Eu achava que seria muito difícil ler distopias em sua língua original. Pode até ser difícil, mas ler The Darkest Minds me mostrou que não é impossível.

Melhor romance: Fiquei muito em dúvida na hora de eleger essa categoria, mas não tenho como fugir de classificar Todo Dia como o melhor romance lido no ano. Eu amei tudo nesse livro - os personagens, a mensagem que ele passa, a escrita do autor, o romance - e não posso deixar de destacar o quanto a leitura dele é importante. Nesse romance, David Levithan defende um ponto de vista muito interessante a respeito do amor ao descaracterizar seu personagem fisicamente. Isso me deixou muito intrigada e fez com que ao meu ver, essa obra se tornasse um must read. Acho que todas as pessoas deviam adotar esse ponto de vista (de que o amor é válido de todas as formas) e levar a sério a proposta desse Young Adult, que é maravilhoso.

Melhor clássico: Esse ano só li um clássico, mas acho que se tivesse lido outros teria escolhido A Viuvinha do mesmo jeito. Me encantei com a maneira com que o autor manuseou suas palavras e a caracterização dada a seus personagens, bem como o cenário que descrevia. Esse ano devo ler outras duas obras dele que já possuo - Lucíola e O Guarani - para o vestibular. Em consequência disso, devo estar fazendo alguns posts sobre a importância de ler os clássicos da nossa literatura.

Melhor nacional: Vai parecer até marmelada, mas nem ligo! O melhor nacional que li em 2014 foi A Máquina de Contar Histórias, livro que é do meu autor favorito (Maurício Gomyde) e me emocionou demais por tratar de relações familiares com profundidade e sensibilidade muito tocantes. Foi impossível resistir às gracinhas de Vida, aos chiliques de Valentina e aos esforços que Vinicius fazia para manter sua família unida em meio às dificuldades. Sem dúvidas, um dos livros que guardei no coração.

Autor revelação: O prêmio de revelação desse ano vai para R.J Palacio! David Levithan e Sarah J. Maas escrevem muito bem e me deslumbraram muito com sua escrita, mas me admirei mesmo foi pelo jeito com que Palacio me guiou através da história de Auggie, em Extraordinário. Não satisfeita, a autora ainda me deixou em lágrimas ao me apresentar a vida de Julian, em O Capítulo do Julian. Dona, a senhora é destruidora mesmo, hein?

Melhor casal: E o casal mais intenso, sexy e apaixonado que eu tive o prazer de conhecer foi Karou e Akiva! Uma vez que você descobre a história completa desse amor que superou eras e mundos, não tem como não se render a paixão desses dois. Não vou falar nada por medo de deixar algum spoiler no ar, mas eles são tão amorzinho! Não tem como deixar de amar, muito sério! *fangirl*

O protagonista que mais me cativou: Acho que para essa vocês já sabem a resposta, né? Senhoras e senhores, meninos e meninas, Celaena Sardothien! Dotada de uma destreza invejável, petulância sem igual e uma frieza de gelar os ossos quando necessário, essa garota me conquistou já nas primeiras páginas. Vou resumir pra vocês: ela é uma assassina super badass que sabe usar do bom e velho senso de humor! E ainda digo mais, fico feliz por ter uma heroína tão fantástica representando o time feminino, hihi.

O personagem secundário que mais se destacou: Will, de Casa de Segredos e A Batalha das Bestas. Tomei um amor sem igual por esse rapaz sem nem perceber! Ele é tudo de bom: fofo, sarcástico, valente e muito enrolado, hahaha. Não teve jeito! Tentei, mas não consegui resistir a seu old fashioned charm quando o encontrei novamente em A Batalha das Bestas. Com certeza, durante esse ano que passou, ele foi o personagem secundário que mais me chamou atenção.


E isso é tudo que eu tenho para vocês a respeito de 2014, 'mores! Até tinha achado que tinha lido pouquinho porque fui surpreendida pela ressaca várias vezes, mas que nada! Li até mais do que já tinha lido na vida toda (em um ano), hahaha.

Espero que vocês tenham um 2015 incrível, cheio de alegria, paz, energia positiva e amor no coração. Sei que houve muitas ausências no blog durante esse ano que passou, mas pretendo tentar manter tudo funcionando durante esse ano novo, tá? Muito obrigada por me aturarem durante todo esse tempo!

Até mais!


27/12/2014

[Literamúsica] Isla and the Happily Ever After #2

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Já faz um tempão que eu não posto nada relativo a música pra vocês, então resolvi tirar a teia de aranha dessa coluna com mais uma playlist! Dessa vez, compilei algumas músicas que escutei enquanto lia Isla and the Happily Ever After, um romance muito fofinho que ganhou o meu coração.

No primeiro post identifiquei quatro músicas com Graffiti Moon e agora relacionei cinco. Espero que vocês gostem das escolhas!



1. Fire N Gold, by Bea Miller - Desde que comecei a ler o livro, já sabia que essa música seria um tiro certeiro. Uma baladinha romântica que fala dos altos e baixos do amor, Fire N Gold me lembrou muito dos momentos em que Isla fala da urgência com que ama Josh. Tanto nas batidas ritmadas quanto na letra, essa música é perfeita para representar o crush da protagonista.

Like a astronaut that's scared of heights
With a heart that's beating at the speed of light
You've been waiting for this feeling all your life
Sometimes it's just hard to realize




2. Talking Body, by Tove Lo - Diferente dos outros dois livros de Stephanie Perkins, notei um tom extra de sensualidade no terceiro. Na hora que comecei a ler as cenas, tive que dar play nessa música, que pra mim representou todas as marcas de sensualidade e as cenas em que o calor da paixão tirava o fôlego do casal principal.

Now if we're talking body
You got a perfect one
So put it on me
Swear it won't take you long




3. Your Body is a Wonderland, by John Mayer - Lá pra metade do livro tem uma cena que é linda de fofa, repleta de arte e me lembrou muito dessa música. Não vou dizer como é porque senão vou dar spoiler e vocês vão perder a surpresa, mas a clássica Your Body is a Wonderland a representa sem tirar nem por. Todas as palavras da letra remetem a essa cena e, por isso, não tive como deixá-la de fora da playlist.

And if you want love
We'll make it
Swim in a deep sea
Of blankets
Take all your big plans
And break 'em
This is bound to be awhile




4. Thinking Out Loud, by Ed Sheeran - Eu sei o que vocês devem estar pensando: quando se trata de romance e música, não dá pra deixar o Ed Sheeran de fora. E estão certíssimos! Foram muitas as vezes em que me envolvi pela melodia de Thinking Out Loud enquanto lia esse livro, tanto pela mensagem apaixonante que a música passa, quanto pela atmosfera que a obra literária transmite. Com a escrita maravilhosa de Stephanie Perkins e a suavidade da voz do Ed Sheeran, o que obtive foi um clima romântico perfeito para o momento.

I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe just the touch of a hand
Me, I fall in love with you every single day
I just wanna tell you I am




5. Out of Mind, by Tove Lo - Essa é uma faixa que eu não consegui deixar de fora da playlist, por mais que repensasse seu significado. Por mais que tenha uma vibe que descreve muito a separação e o término, Out of Mind se encaixa perfeitamente em determinada parte do livro, na qual um dos personagens não consegue tirar o outro da cabeça. Sua batida e a maneira incansável com que a cantora expressa sua saudade através da melodia foram dois elementos que me marcaram enquanto eu lia.

How can you say I'll be alright?
What makes you think that I'll be fine?
Baby you have to be completely out of your mind
To think that I could keep you out of mine


E é isso aí pessoal! Espero que vocês tenham curtido a playlist de hoje, pois pensei nela com muito carinho. Caso alguém já tenha lido o livro e identificado alguma das músicas (ou outras que não citei aqui), deixe nos comentários! Vou adorar saber.

Até mais!


25/12/2014

[Resenha] Trono de Vidro



Autor: Sarah J Maas

Editora: Galera Record

Páginas: 475

Preço: 23,90 na Livraria Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012
Depois de cumprir um ano de trabalhos forçados nas minas de sal de Endovier por seus crimes, Celaena Sardothien, 18 anos, é arrastada diante do príncipe. Príncipe Dorian lhe oferece a liberdade sob uma condição: ela deve atuar como seu campeão em um concurso para encontrar o novo assassino real. Seus adversários são ladrões e assassinos, guerreiros de todo o império, cada um patrocinado por um membro do conselho do rei. Se ela vencer seus adversários em uma série de etapas eliminatórias servirá no reino durante três anos e em seguida terá sua liberdade concedida.

Celaena acha suas sessões de treinamento com o capitão da guarda Westfall desafiadoras e exaustivas. Mas ela está entediada com a vida da corte. As coisas ficam um pouco mais interessantes quando o príncipe começa a mostrar interesse por ela... Mas é o rude capitão Westfall que parece entendê-la melhor.

Então um dos outros concorrentes aparece morto rapidamente seguido por outros... Pode Celaena descobrir quem é o assassino antes que ela se torne a nova vítima? A medida que a investigação da jovem assassina se desenrola a busca por respostas a leva descobrir um destino maior do que ela jamais poderia ter imaginado.


Eu já tinha ouvido muito a respeito de Trono de Vidro antes mesmo de ganhar da Camille, uma amiga muito próxima. Já tinha lido muitas avaliações positivas em torno da blogosfera, que determinavam que o título era ótimo. Confesso que não esperava muito do mesmo quando comecei a ler, mas embarquei em sua leitura mesmo assim.

A primeira coisa que eu reparei foi na capa do livro, que dá a entender sobre o que ele se trata. Embora eu tenha achado que o trabalho da Galera Record tenha sido muito legal, percebi que existem capas muito mais bonitas do que a publicada no Brasil. A diagramação do livro também ficou muito boa, com fonte razoável de se ler e um espaçamento também agradável. Não tive problema algum com a revisão e muito menos com a tradução, o que contou pontos muito positivos para a editora.

A história gira em torno de Celaena, mais conhecida como a assassina mais perigosa de Adarlan. Depois de ter matado muitas pessoas a serviço do rei dos assassinos, a menina acabou sendo pega e porventura, enviada para Endovier, conhecida como uma das prisões mais perigosas de todo o reino. Entretanto, quando surge um concurso que irá eleger a campeã do rei, Celaena é convocada para representar o príncipe Dorian e competir contra todos os outros assassinos mais temidos do reino, ganhando em troca a sua tão sonhada liberdade e um pagamento generoso pelos serviços prestados ao rei.

Só pelo fato de existir uma competição que irá eleger um novo assassino, eu já fiquei muito interessada no livro e na história que o rodeia. Apesar disso, acabei ficando com um pouquinho de receio por conta dos elementos fantásticos existentes no livro. Como faz muito tempo que eu não lia um livro de fantasia, fiquei com medo que esses elementos não me fossem atrativos.

Entretanto, dona Sarah J. Maas soube desenvolver o seu plot de maneira encantadora, a ponto de eu ter me visto presa no universo criado por ela. O modo como a narrativa segue - em terceira pessoa, é essencial para que acompanhemos a história de todas as perspectivas possíveis. Isso é importante demais, pois todos os pontos inseridos no roteiro tem uma razão específica para ter aparecido ali e cada personagem faz uma aparição por algum motivo. Também gostei muito de ela ter utilizado daquela tática "dou uma pista aqui e no final encaixo tudo", típica de vários autores espertos.

Outra coisa da qual gostei muito é que cada um tem características fortes identificáveis e um "quê" de humanidade dentro de si. Gente, era como se eu estivesse dentro do livro, juro! Não tem como não se apaixonar pela maturidade forçada adquirida por Celaena, a bravura de Chaol, a sinceridade de Dorian e a cordialidade de Nehemia. É pra virar fã de carteirinha!

Em algumas partes dá até pra rolar uma indecisão entre dois personagens, já que acontece um triângulo amoroso (muito bem montado, por sinal) na história. Mas não se acanhem: o livro possui um romance leve e crível, mas o foco não deixa de ser voltado para a ação, deixando as partes românticas como a cerejinha do bolo.

E no que diz respeito às cenas de ação de Trono de Vidro, não me desapontei com nada! Todos os momentos foram dosados com adrenalina na medida certa e descrições que fazem arrepiar até o último pelinho da nuca. Celaena faz jus ao título de Assassina de Endovier e tem a frieza necessária na hora de botar a mão na massa, ao mesmo tempo que sabe usar o coração quando acha digno. Essa é uma característica dela que eu aprecio muito: o modo com que equilibra dois lados muito opostos de sua personalidade. Nunca tinha encontrado uma personagem tão fantástica quanto a Celaena e de coração, espero que vocês possam conhecê-la!

Além de ser fantástica em todos os sentidos e ser uma personagem que dá gosto de acompanhar, a história de Celaena foi muito bem bolada (mais detalhes em Coroa da Meia-Noite) pela imaginação da autora. Diferente de várias heroínas do mundo YA, ela é uma moça corajosa e que apesar de ter suas fraquezas, não hesitará até conseguir o que almeja.

Vou parar de falar porque tenho medo de soltar spoilers sem querer, mas espero que tenha conseguido passar o quanto esse livro é um must-read! Não deixem de comprá-lo e embarquem nessa aventura. Vocês não tem nada a perder! ♥


23/12/2014

[Resenha] A Batalha das Bestas



Autor: Chris Columbus e Ned Vizzini

Editora: Galera Record

Páginas: 333

Preço: 25,84 na Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
Após a derrota de Dahlia Kristoff, a vida dos Walker melhorou bastante. A Bruxa do Vento foi banida e eles agora estão ricos! Mas essa mudança no destino não trouxe a felicidade que eles esperavam e os irmãos estão tendo dificuldades em se encaixar na sua nova escola, Bay Academy. Brendon não consegue fazer amigos, Cordelia suspeita que suas aventuras podem ter afetado sua mente e Eleanor só quer que tudo volte a ser como antes.

Enquanto eles lidam com essas questões, Denver Kristoff procura por sua filha, Dahlia, e nenhum Walker estará a salvo enquanto ele não a encontrar. Evocá-la a São Francisco significa trazer à tona todos os perigos ligados a ela e arrastar os Walker de volta aos misteriosos mundos dos livros de Kristoff. Antigos inimigos farão escolhas surpreendentes e novos amigos precisarão se provar dignos de confiança conforme os Walker viajam de uma ponta do mundo a outra.


Acho que não é surpresa pra muitos que eu já estava esperando esse livro há um bom tempo. Para ser mais específica, desde a resenha de seu antecessor, que publiquei assim que terminei a leitura. Mal podia esperar para encontrar com os Walker novamente, por isso, fiquei surpresa quando a Galera Record anunciou que lançaria o segundo livro em novembro. Feliz da vida com a novidade, corri logo para solicitar o meu exemplar!

O trabalho gráfico de A Batalha das Bestas é tão chamativo quanto o do primeiro livro, transbordando vibração infantojuvenil através dessa ilustração maravilhosa. Cada início de capítulo é acompanhado de um desenho muito bem feito e a fonte é a mesma de antes, bem ajustada na página e com tamanho agradável.

Infelizmente, encontrei alguns errinhos na revisão que me incomodaram um pouco, alguns até me faziam ler de novo para tentar entender a palavra. Fiquei meio triste com a falta de cuidado, mas fica a dica para a editora trabalhar nisso aí. Achei a tradução sensacional, visto que combinou com as piadinhas do Brendan (♥) e não deixou a desejar em absolutamente nada.

Terminadas as aventuras que ocorreram em Casa de Segredos, a continuação começa narrando a situação da família Walker após o pedido de Eleanor, que enriqueceu os Walkers de maneira exorbitante. Em consequência disso, os meninos começam a estudar na Bay Academy, uma escola prestigiada e frequentada por filhos de banqueiros e milionários. Os problemas só começam quando Brendan e Eleanor percebem que não estão conseguindo se adaptar à escola nova e Cordelia passa a agir de maneira estranha tanto com seus irmãos, quanto com si mesma.

Confesso que comecei a ler esse livro com muito medo. Medo de não ter ação o suficiente para ser tão bom quanto o primeiro livro, medo de uma possível descaracterização dos personagens, medo de a trama se arrastar e a conclusão não me agradar. Só que não teve jeito, a partir do momento que a narrativa da dupla-maravilha me pegou de vez, foi só sucesso.

A escrita dos autores continua tão cativante quanto seus personagens, que são mais desenvolvidos nesse livro e crescem tanto em caráter, quanto em maturidade. Durante o desenrolar de A Batalha das Bestas, cada personagem é testado e algumas provações exigem que eles demonstrem o quanto o amor pela família é valioso para eles. Fiquei muito feliz por ter captado isso, já que o companheirismo e a solidariedade são valores importantes a se destacar.

Uma coisa que notei em relação ao primeiro livro, foi que esse possui muito mais ação. Os ganchos instigantes nos finais de capítulo também foram mantidos, mas senti uma correria maior e mais surpresas nesse volume, que se saiu ainda melhor do que seu antecessor. Há também a reaparição de alguns personagens citados em Casa de Segredos, cujos nomes não mencionarei por motivos de: spoilers.

Do livro inteiro, eu só não gostei de uma atitude da Cordelia que desmanchou meu coração em pedacinhos. Não vou dizer o que é porque é spoiler também, mas acho que vocês vão entender quando chegarem na tal parte. Foi plausível e não fugiu à coerência, mas eu não gostei porque ia contra tudo o que eu imaginava e mimimi. :(

Além disso, quero destacar o mega sarcasmo do Brendan e todas as suas piadinhas que me renderam risadas no metrô e em outros lugares públicos. Eleanor também me emocionou muito com toda a sua destreza e me fez querer ser mais próxima da família Walker. Mas quem sabe um dia? A última página do livro sugere um gancho irresistível para uma continuação. Será possível? Ficarei torcendo muito.

Não tenho muito o mais o que falar, a não ser que esse é um livro maravilhoso. Se vocês quiserem saber mais, recomendo que leiam a resenha do primeiro livro. Espero que dêem uma chance a essa duologia e se joguem no universo incrível criado por Chris Columbus e Ned Vizzini.


16/12/2014

[Resenha] Wonder



Autor: R.J Palacio

Editora: Knopf Books for Young Readers

Páginas: 315

Preço: 41,83 na Amazon

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012
August (Auggie) Pullman was born with a facial deformity that prevented him from going to a mainstream school—until now. He's about to start 5th grade at Beecher Prep, and if you've ever been the new kid then you know how hard that can be. The thing is Auggie's just an ordinary kid, with an extraordinary face. But can he convince his new classmates that he's just like them, despite appearances?

R. J. Palacio has written a spare, warm, uplifting story that will have readers laughing one minute and wiping away tears the next. With wonderfully realistic family interactions (flawed, but loving), lively school scenes, and short chapters, Wonder is accessible to readers of all levels.


A primeira vez que ouvi falar desse livro foi durante um café da manhã realizado pela Intrínseca na Bienal do Livro do ano passado. Lembro que uma das meninas do marketing da editora discursou tão bem sobre a obra que eu fiquei encantada, a ponto de querer muito o livro. Passada a correria da bienal, acabei esquecendo da ideia e só fui lembrar de Wonder quando o vi na Livraria Cultura aqui no centro. Lembrando do discurso e do quanto eu queria ler o livro, acabei comprando em hardcover mesmo, para poder experienciar a leitura do texto íntegro.

Preciso falar sobre o quanto a minha edição é encantadora? Capa dura, jacket envernizada e fonte bem grande, adequada aos olhos. Não tenho nada a reclamar dela, pois o trabalho realizado pela editora ficou impecável! Não encontrei nenhum erro na revisão do texto e a preparação ficou ótima. Também adorei o conteúdo extra disponibilizado após o livro, foi uma iniciativa muito legal por parte da editora.

Wonder, ou Extraordinário, como foi traduzido para o português, vai contar a história de um menino muito especial. Seu nome é August Pullman e ele nasceu com uma série de anomalias no rosto que o obrigaram a fazer uma série de cirurgias de correção facial desde pequeno. É por causa disso que com dez anos, ele se sente um pouco acuado quando seus pais pedem que comece a frequentar uma escola particular muito conceituada da cidade onde vive. Agora, ele terá que conviver com crianças de sua idade e lidar com os diferentes tipos de recepção a sua aparência, sejam elas negativas ou positivas.

Falar sobre um livro tão especial é prazeroso, mas ao mesmo tempo muito difícil. Para vocês terem uma ideia, eu mal consigo escrever essa resenha sem deixar escapar algumas lágrimas dos olhos. Vou logo começar dizendo que a autora criou uma história, de fato, extraordinária. Isso não tem como negar nem deixar de citar, pois é fato. Cada elemento inserido por ela nesse livro foi essencial para que o resultado fosse uma obra tocante, leve e palpável.

Seja por seus personagens muito carismáticos e fáceis de se conectar, sua escrita singela e fiel à mentalidade infantil ou pelos detalhes de sua história, R.J Palacio e Auggie me conquistaram de diversas maneiras. O livro é dividido em algumas partes e sua narrativa é guiada pelo ponto de vista de diversos personagens que fazem parte do mundo de Auggie. Dessa forma, pude perceber que o toque especial dado pela autora foi bem simples: o enredo não foca apenas no personagem principal, como na história de vida e nos sentimentos das pessoas à sua volta. Para mim, isso só tornou o livro mais especial, pois pude criar uma conexão com os outros personagens e me sentir totalmente imersa no universo proposto por Palacio.

E não tem como não se sentir conectado a pelo menos um deles. Todos os personagens tem sua razão de ser e características que os tornam únicos. Não tem como deixar de se apaixonar pelo Jack, pela Oli(via) ou até mesmo pelo próprio Auggie. Cada criança é especial e tem sua história para contar, bem como uma mensagem para transmitir. Se tiverem oportunidade, leiam também The Julian Chapter (traduzido como O Capítulo do Julian), uma novela que a autora escreveu sob o ponto de vista do bully do August.

Uma coisa interessante de se observar é que mesmo com apenas dez anos, Auggie encara sua circunstância de maneira diferente. Ele sente o ataque de Julian e sabe que é diferente das outras crianças, mas ao mesmo tempo aceita isso. Não sei como explicar direito, mas ele tem uma maturidade sem igual para uma criança dessa idade. Acho que essa peculiaridade foi ocasionada por todas as coisas que ele já teve que passar na vida, situações pelas quais a maioria das crianças não passam. Dói muito o coração presenciar algumas cenas, mas ao mesmo tempo, outras passagens emocionam demais.

Posso citar como exemplo, as diversas passagens em que R.J Palacio retrata a importância do amor familiar na vida de uma criança. Não acho que ela tenha se referido apenas às crianças com as necessidades do Auggie, mas à todas elas. A família dele é muito amorosa, unida e compreensiva, estando sempre do lado dele quando ele precisa, com todo o suporte, carinho e amor. Achei essencial que a autora tenha destacado isso, pois muitas vezes várias pessoas esquecem como valorizar o amor e carinho dos pais e dos irmãos é importante.

Em suma, tenho a dizer que aprendi muito com esse livro. Dentre todas as lições, a mais importante que a autora me passou foi o valor de ser gentil na maior parte do tempo. Para muitas pessoas, um ato de gentileza ou carinho pode passar despercebido, mas para outras, esse tipo de atitude é algo essencial. Não tenho mais palavras para descrever a forma com que esse livro mudou a minha vida. Repetindo, mais uma vez, é um livro extraordinário e que todo mundo deveria ler. Recomendo muitíssimo, para todos os públicos.


10/12/2014

[Resenha] Veneno



Autor: Sarah Pinborough

Editora: Única

Páginas: 224

Preço: 16,90 no Submarino

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013
Sexy, sarcástico e de prender a respiração! Para os fãs de Once Upon a Time e Grimm, Veneno é a prova de que contos de fadas são para adultos! Não existe “Felizes para sempre”! Você já pensou que uma rainha má tem seus motivos para agir como tal? E que princesas podem ser extremamente mimadas? E que príncipes não são encantados e reinos distantes também têm problemas reais? Então este livro é para você! Em Veneno, a autora Sarah Pinborough reconta a história de Branca de Neve de maneira sarcástica, madura e sem rodeios. Todos os personagens que nos cativaram por anos estão lá, mas seriam eles tão tolos quanto aparentam? Acompanhe a história de Branca de Neve e seu embate com a Rainha, sua madrasta. Você vai entender por que nem todos são só bons ou maus e que talvez o que seria “um final feliz” pode se tornar o pior dos pesadelos! Veneno é o primeiro livro da trilogia Encantadas, e já é um best-seller inglês. Sarah Pinborough coloca os contos de fadas de ponta-cabeça e narra histórias surpreendentes que a Disney jamais ousaria contar. Com um realismo cínico e cenas fortes, o leitor será levado a questionar, finalmente, quem são os mocinhos e quem são os vilões dos livros de fantasia! Palavra da editora: Veneno é um livro tenro como uma maçã envenenada. Belo como os vilões costumam ser. Sarcástico como príncipes mimados. E sem finais felizes porque já estamos bastante crescidinhos! (E, ainda assim, é um dos finais mais chocantes da ficção atual!) Para fãs de séries de TV e histórias picantes e divertidas, Veneno é puro entretenimento! – Mariana Rolier


Meu interesse em ler Veneno surgiu quando comecei a ver, em minhas andanças pela blogosfera, que quase todos os blogueiros literários estavam falando muito bem sobre a série da qual ele faz parte. O livro ganhou mesmo a minha atenção quando descobri que se tratava de uma releitura de Branca de Neve. Estava querendo tê-lo em minha coleção desde então.

Entretanto, a oportunidade de adquirí-lo só chegou quando o Submarino o lançou em promoção, junto com seus sucessores (Feitiço e Poder) em um box por 12.90. Eu, ingênua, meiga e fofa, garanti logo o meu, só para me surpreender negativamente com a qualidade da edição. Acontece que quando eu comprei o meu box, não tinha notado que a edição era econômica, justamente porque a loja não tinha colocado o parêntese ao lado do título com a informação. Vocês podem imaginar a minha revolta? Estava esperando por edições lindas e caprichosas e... Recebi livros sem orelhas e com folhas finas.

No final, resolvi ignorar minha raivinha (afinal, se eu tivesse olhado a especificação, teria evitado a decepção) e me consolei pensando que a edição é paperback, formato que eu gosto muito. Também não tive tanto tempo para ficar emburrada, porque as capas deslumbrantes dos livros logo roubaram toda a minha atenção. Gente, quem conseguiria resistir? Babei, folheei e me apaixonei. Fiquei ainda mais maravilhada quando descobri que a fonte era relativamente grande. Adoro ler livros curtinhos quando estou de ressaca! Foi justamente por esse motivo que resolvi maratonear os três livros de uma vez só.

Veneno, que na verdade é o livro introdutório da série - mas não necessariamente o primeiro, é a releitura de Branca de Neve sob um ponto de vista mais adulto. No começo, conhecemos Lilith, esposa do rei e madrasta de Branca de Neve. Se na sua mente você imaginou uma mulher vinte anos mais velha que a princesa, pode parar por aí! A rainha é muito mais jovem do que aparenta ser, tendo apenas quatro anos a mais que sua enteada. Sentiu o drama? Pois é, a esposa do rei tem quase a mesma idade que a filha dele.

Desde o início, a gente já percebe que Lilith se sente afetada com toda a ingenuidade e benevolência da enteada, levando tudo o que a garota faz para o lado pessoal. É tipo aquela paranóia de mãe: se a menina sorri, a rainha já desconfia que seja deboche! E não para por aí. Cada ato e passo que a garota dá é tão perturbável na mente da rainha, que já é o suficiente para a mulher tramar planos e mais planos contra a garota. Entre todos esses mal entendidos, também acompanhamos o que levou a soberana a ser tão megera e o que afinal, se passa na cabeça da aparentemente ingênua Branca de Neve.

Devo dizer que o que mais me surpreendeu no livro foi a personalidade dos personagens que permeiam a história. Em cada página levei um susto diferente, pois idealizava aqueles príncipes e princesas dos contos de fadas e acabei encontrando mentes bastante sombrias e dilemas semelhantes aos que passamos no dia-a-dia. Então pra você, que está ansioso para ler esse livro, já fica a dica: leia com a mente aberta e se prepare para conhecer personagens mais maduros e adultos. E nem pensem que estou me referindo a sexualidade dos mesmos - esse é um elemento à parte, é mais à maturidade e aos questionamentos internos mesmo, que são totalmente diferentes do que se espera de uma princesa ou um príncipe de contos de fadas.

Fora esse choque inicial, outra coisa que me chamou a atenção foi o jeito com que a autora desenvolveu e entrelaçou os elementos de sua trama. Eu posso até não ser muito chegada à história da Branca de Neve em particular, mas curti muito a narrativa e o rumo que Sarah resolveu dar a ela, de modo que no final do livro, me encontrei satisfeita e preparada para iniciar o próximo em seguida. Acima de tudo, gostei muito de ter visto os dois lados da história e conhecer um pouquinho mais da visão de Sarah a respeito de Lilith, uma vilã que passei a considerar bastante depois dessa leitura.

Um elemento que eu não posso deixar de citar é a descrição riquíssima com que Sarah preencheu as páginas de seus livros, o que fez com que eu me encaixasse em seu universo medieval com bastante facilidade. Adorei poder imaginar cada cantinho dos castelos e me ambientar bem no contexto histórico de Veneno, ponto que achei essencial para que a leitura fluisse melhor. Também curti as várias aparições de outros personagens dos contos de fadas no meio da trama, como Aladdin, João e Maria e até mesmo a bruxa da casa de doces.

Como o livro é bem curtinho, acho que não tenho muito mais o que dizer. Recomendo muito a leitura e peço que não deixem de conferir essa releitura maravilhosa! Pretendo postar resenha dos próximos dois livros e já garanto a vocês: daqui pra frente, só melhora. Podem comprar que o entretenimento é garantido e a satisfação também.