27/12/2014

[Literamúsica] Isla and the Happily Ever After #2

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Já faz um tempão que eu não posto nada relativo a música pra vocês, então resolvi tirar a teia de aranha dessa coluna com mais uma playlist! Dessa vez, compilei algumas músicas que escutei enquanto lia Isla and the Happily Ever After, um romance muito fofinho que ganhou o meu coração.

No primeiro post identifiquei quatro músicas com Graffiti Moon e agora relacionei cinco. Espero que vocês gostem das escolhas!



1. Fire N Gold, by Bea Miller - Desde que comecei a ler o livro, já sabia que essa música seria um tiro certeiro. Uma baladinha romântica que fala dos altos e baixos do amor, Fire N Gold me lembrou muito dos momentos em que Isla fala da urgência com que ama Josh. Tanto nas batidas ritmadas quanto na letra, essa música é perfeita para representar o crush da protagonista.

Like a astronaut that's scared of heights
With a heart that's beating at the speed of light
You've been waiting for this feeling all your life
Sometimes it's just hard to realize




2. Talking Body, by Tove Lo - Diferente dos outros dois livros de Stephanie Perkins, notei um tom extra de sensualidade no terceiro. Na hora que comecei a ler as cenas, tive que dar play nessa música, que pra mim representou todas as marcas de sensualidade e as cenas em que o calor da paixão tirava o fôlego do casal principal.

Now if we're talking body
You got a perfect one
So put it on me
Swear it won't take you long




3. Your Body is a Wonderland, by John Mayer - Lá pra metade do livro tem uma cena que é linda de fofa, repleta de arte e me lembrou muito dessa música. Não vou dizer como é porque senão vou dar spoiler e vocês vão perder a surpresa, mas a clássica Your Body is a Wonderland a representa sem tirar nem por. Todas as palavras da letra remetem a essa cena e, por isso, não tive como deixá-la de fora da playlist.

And if you want love
We'll make it
Swim in a deep sea
Of blankets
Take all your big plans
And break 'em
This is bound to be awhile




4. Thinking Out Loud, by Ed Sheeran - Eu sei o que vocês devem estar pensando: quando se trata de romance e música, não dá pra deixar o Ed Sheeran de fora. E estão certíssimos! Foram muitas as vezes em que me envolvi pela melodia de Thinking Out Loud enquanto lia esse livro, tanto pela mensagem apaixonante que a música passa, quanto pela atmosfera que a obra literária transmite. Com a escrita maravilhosa de Stephanie Perkins e a suavidade da voz do Ed Sheeran, o que obtive foi um clima romântico perfeito para o momento.

I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe just the touch of a hand
Me, I fall in love with you every single day
I just wanna tell you I am




5. Out of Mind, by Tove Lo - Essa é uma faixa que eu não consegui deixar de fora da playlist, por mais que repensasse seu significado. Por mais que tenha uma vibe que descreve muito a separação e o término, Out of Mind se encaixa perfeitamente em determinada parte do livro, na qual um dos personagens não consegue tirar o outro da cabeça. Sua batida e a maneira incansável com que a cantora expressa sua saudade através da melodia foram dois elementos que me marcaram enquanto eu lia.

How can you say I'll be alright?
What makes you think that I'll be fine?
Baby you have to be completely out of your mind
To think that I could keep you out of mine


E é isso aí pessoal! Espero que vocês tenham curtido a playlist de hoje, pois pensei nela com muito carinho. Caso alguém já tenha lido o livro e identificado alguma das músicas (ou outras que não citei aqui), deixe nos comentários! Vou adorar saber.

Até mais!


25/12/2014

[Resenha] Trono de Vidro



Autor: Sarah J Maas

Editora: Galera Record

Páginas: 475

Preço: 23,90 na Livraria Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012
Depois de cumprir um ano de trabalhos forçados nas minas de sal de Endovier por seus crimes, Celaena Sardothien, 18 anos, é arrastada diante do príncipe. Príncipe Dorian lhe oferece a liberdade sob uma condição: ela deve atuar como seu campeão em um concurso para encontrar o novo assassino real. Seus adversários são ladrões e assassinos, guerreiros de todo o império, cada um patrocinado por um membro do conselho do rei. Se ela vencer seus adversários em uma série de etapas eliminatórias servirá no reino durante três anos e em seguida terá sua liberdade concedida.

Celaena acha suas sessões de treinamento com o capitão da guarda Westfall desafiadoras e exaustivas. Mas ela está entediada com a vida da corte. As coisas ficam um pouco mais interessantes quando o príncipe começa a mostrar interesse por ela... Mas é o rude capitão Westfall que parece entendê-la melhor.

Então um dos outros concorrentes aparece morto rapidamente seguido por outros... Pode Celaena descobrir quem é o assassino antes que ela se torne a nova vítima? A medida que a investigação da jovem assassina se desenrola a busca por respostas a leva descobrir um destino maior do que ela jamais poderia ter imaginado.


Eu já tinha ouvido muito a respeito de Trono de Vidro antes mesmo de ganhar da Camille, uma amiga muito próxima. Já tinha lido muitas avaliações positivas em torno da blogosfera, que determinavam que o título era ótimo. Confesso que não esperava muito do mesmo quando comecei a ler, mas embarquei em sua leitura mesmo assim.

A primeira coisa que eu reparei foi na capa do livro, que dá a entender sobre o que ele se trata. Embora eu tenha achado que o trabalho da Galera Record tenha sido muito legal, percebi que existem capas muito mais bonitas do que a publicada no Brasil. A diagramação do livro também ficou muito boa, com fonte razoável de se ler e um espaçamento também agradável. Não tive problema algum com a revisão e muito menos com a tradução, o que contou pontos muito positivos para a editora.

A história gira em torno de Celaena, mais conhecida como a assassina mais perigosa de Adarlan. Depois de ter matado muitas pessoas a serviço do rei dos assassinos, a menina acabou sendo pega e porventura, enviada para Endovier, conhecida como uma das prisões mais perigosas de todo o reino. Entretanto, quando surge um concurso que irá eleger a campeã do rei, Celaena é convocada para representar o príncipe Dorian e competir contra todos os outros assassinos mais temidos do reino, ganhando em troca a sua tão sonhada liberdade e um pagamento generoso pelos serviços prestados ao rei.

Só pelo fato de existir uma competição que irá eleger um novo assassino, eu já fiquei muito interessada no livro e na história que o rodeia. Apesar disso, acabei ficando com um pouquinho de receio por conta dos elementos fantásticos existentes no livro. Como faz muito tempo que eu não lia um livro de fantasia, fiquei com medo que esses elementos não me fossem atrativos.

Entretanto, dona Sarah J. Maas soube desenvolver o seu plot de maneira encantadora, a ponto de eu ter me visto presa no universo criado por ela. O modo como a narrativa segue - em terceira pessoa, é essencial para que acompanhemos a história de todas as perspectivas possíveis. Isso é importante demais, pois todos os pontos inseridos no roteiro tem uma razão específica para ter aparecido ali e cada personagem faz uma aparição por algum motivo. Também gostei muito de ela ter utilizado daquela tática "dou uma pista aqui e no final encaixo tudo", típica de vários autores espertos.

Outra coisa da qual gostei muito é que cada um tem características fortes identificáveis e um "quê" de humanidade dentro de si. Gente, era como se eu estivesse dentro do livro, juro! Não tem como não se apaixonar pela maturidade forçada adquirida por Celaena, a bravura de Chaol, a sinceridade de Dorian e a cordialidade de Nehemia. É pra virar fã de carteirinha!

Em algumas partes dá até pra rolar uma indecisão entre dois personagens, já que acontece um triângulo amoroso (muito bem montado, por sinal) na história. Mas não se acanhem: o livro possui um romance leve e crível, mas o foco não deixa de ser voltado para a ação, deixando as partes românticas como a cerejinha do bolo.

E no que diz respeito às cenas de ação de Trono de Vidro, não me desapontei com nada! Todos os momentos foram dosados com adrenalina na medida certa e descrições que fazem arrepiar até o último pelinho da nuca. Celaena faz jus ao título de Assassina de Endovier e tem a frieza necessária na hora de botar a mão na massa, ao mesmo tempo que sabe usar o coração quando acha digno. Essa é uma característica dela que eu aprecio muito: o modo com que equilibra dois lados muito opostos de sua personalidade. Nunca tinha encontrado uma personagem tão fantástica quanto a Celaena e de coração, espero que vocês possam conhecê-la!

Além de ser fantástica em todos os sentidos e ser uma personagem que dá gosto de acompanhar, a história de Celaena foi muito bem bolada (mais detalhes em Coroa da Meia-Noite) pela imaginação da autora. Diferente de várias heroínas do mundo YA, ela é uma moça corajosa e que apesar de ter suas fraquezas, não hesitará até conseguir o que almeja.

Vou parar de falar porque tenho medo de soltar spoilers sem querer, mas espero que tenha conseguido passar o quanto esse livro é um must-read! Não deixem de comprá-lo e embarquem nessa aventura. Vocês não tem nada a perder! ♥


23/12/2014

[Resenha] A Batalha das Bestas



Autor: Chris Columbus e Ned Vizzini

Editora: Galera Record

Páginas: 333

Preço: 25,84 na Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
Após a derrota de Dahlia Kristoff, a vida dos Walker melhorou bastante. A Bruxa do Vento foi banida e eles agora estão ricos! Mas essa mudança no destino não trouxe a felicidade que eles esperavam e os irmãos estão tendo dificuldades em se encaixar na sua nova escola, Bay Academy. Brendon não consegue fazer amigos, Cordelia suspeita que suas aventuras podem ter afetado sua mente e Eleanor só quer que tudo volte a ser como antes.

Enquanto eles lidam com essas questões, Denver Kristoff procura por sua filha, Dahlia, e nenhum Walker estará a salvo enquanto ele não a encontrar. Evocá-la a São Francisco significa trazer à tona todos os perigos ligados a ela e arrastar os Walker de volta aos misteriosos mundos dos livros de Kristoff. Antigos inimigos farão escolhas surpreendentes e novos amigos precisarão se provar dignos de confiança conforme os Walker viajam de uma ponta do mundo a outra.


Acho que não é surpresa pra muitos que eu já estava esperando esse livro há um bom tempo. Para ser mais específica, desde a resenha de seu antecessor, que publiquei assim que terminei a leitura. Mal podia esperar para encontrar com os Walker novamente, por isso, fiquei surpresa quando a Galera Record anunciou que lançaria o segundo livro em novembro. Feliz da vida com a novidade, corri logo para solicitar o meu exemplar!

O trabalho gráfico de A Batalha das Bestas é tão chamativo quanto o do primeiro livro, transbordando vibração infantojuvenil através dessa ilustração maravilhosa. Cada início de capítulo é acompanhado de um desenho muito bem feito e a fonte é a mesma de antes, bem ajustada na página e com tamanho agradável.

Infelizmente, encontrei alguns errinhos na revisão que me incomodaram um pouco, alguns até me faziam ler de novo para tentar entender a palavra. Fiquei meio triste com a falta de cuidado, mas fica a dica para a editora trabalhar nisso aí. Achei a tradução sensacional, visto que combinou com as piadinhas do Brendan (♥) e não deixou a desejar em absolutamente nada.

Terminadas as aventuras que ocorreram em Casa de Segredos, a continuação começa narrando a situação da família Walker após o pedido de Eleanor, que enriqueceu os Walkers de maneira exorbitante. Em consequência disso, os meninos começam a estudar na Bay Academy, uma escola prestigiada e frequentada por filhos de banqueiros e milionários. Os problemas só começam quando Brendan e Eleanor percebem que não estão conseguindo se adaptar à escola nova e Cordelia passa a agir de maneira estranha tanto com seus irmãos, quanto com si mesma.

Confesso que comecei a ler esse livro com muito medo. Medo de não ter ação o suficiente para ser tão bom quanto o primeiro livro, medo de uma possível descaracterização dos personagens, medo de a trama se arrastar e a conclusão não me agradar. Só que não teve jeito, a partir do momento que a narrativa da dupla-maravilha me pegou de vez, foi só sucesso.

A escrita dos autores continua tão cativante quanto seus personagens, que são mais desenvolvidos nesse livro e crescem tanto em caráter, quanto em maturidade. Durante o desenrolar de A Batalha das Bestas, cada personagem é testado e algumas provações exigem que eles demonstrem o quanto o amor pela família é valioso para eles. Fiquei muito feliz por ter captado isso, já que o companheirismo e a solidariedade são valores importantes a se destacar.

Uma coisa que notei em relação ao primeiro livro, foi que esse possui muito mais ação. Os ganchos instigantes nos finais de capítulo também foram mantidos, mas senti uma correria maior e mais surpresas nesse volume, que se saiu ainda melhor do que seu antecessor. Há também a reaparição de alguns personagens citados em Casa de Segredos, cujos nomes não mencionarei por motivos de: spoilers.

Do livro inteiro, eu só não gostei de uma atitude da Cordelia que desmanchou meu coração em pedacinhos. Não vou dizer o que é porque é spoiler também, mas acho que vocês vão entender quando chegarem na tal parte. Foi plausível e não fugiu à coerência, mas eu não gostei porque ia contra tudo o que eu imaginava e mimimi. :(

Além disso, quero destacar o mega sarcasmo do Brendan e todas as suas piadinhas que me renderam risadas no metrô e em outros lugares públicos. Eleanor também me emocionou muito com toda a sua destreza e me fez querer ser mais próxima da família Walker. Mas quem sabe um dia? A última página do livro sugere um gancho irresistível para uma continuação. Será possível? Ficarei torcendo muito.

Não tenho muito o mais o que falar, a não ser que esse é um livro maravilhoso. Se vocês quiserem saber mais, recomendo que leiam a resenha do primeiro livro. Espero que dêem uma chance a essa duologia e se joguem no universo incrível criado por Chris Columbus e Ned Vizzini.


16/12/2014

[Resenha] Wonder



Autor: R.J Palacio

Editora: Knopf Books for Young Readers

Páginas: 315

Preço: 41,83 na Amazon

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012
August (Auggie) Pullman was born with a facial deformity that prevented him from going to a mainstream school—until now. He's about to start 5th grade at Beecher Prep, and if you've ever been the new kid then you know how hard that can be. The thing is Auggie's just an ordinary kid, with an extraordinary face. But can he convince his new classmates that he's just like them, despite appearances?

R. J. Palacio has written a spare, warm, uplifting story that will have readers laughing one minute and wiping away tears the next. With wonderfully realistic family interactions (flawed, but loving), lively school scenes, and short chapters, Wonder is accessible to readers of all levels.


A primeira vez que ouvi falar desse livro foi durante um café da manhã realizado pela Intrínseca na Bienal do Livro do ano passado. Lembro que uma das meninas do marketing da editora discursou tão bem sobre a obra que eu fiquei encantada, a ponto de querer muito o livro. Passada a correria da bienal, acabei esquecendo da ideia e só fui lembrar de Wonder quando o vi na Livraria Cultura aqui no centro. Lembrando do discurso e do quanto eu queria ler o livro, acabei comprando em hardcover mesmo, para poder experienciar a leitura do texto íntegro.

Preciso falar sobre o quanto a minha edição é encantadora? Capa dura, jacket envernizada e fonte bem grande, adequada aos olhos. Não tenho nada a reclamar dela, pois o trabalho realizado pela editora ficou impecável! Não encontrei nenhum erro na revisão do texto e a preparação ficou ótima. Também adorei o conteúdo extra disponibilizado após o livro, foi uma iniciativa muito legal por parte da editora.

Wonder, ou Extraordinário, como foi traduzido para o português, vai contar a história de um menino muito especial. Seu nome é August Pullman e ele nasceu com uma série de anomalias no rosto que o obrigaram a fazer uma série de cirurgias de correção facial desde pequeno. É por causa disso que com dez anos, ele se sente um pouco acuado quando seus pais pedem que comece a frequentar uma escola particular muito conceituada da cidade onde vive. Agora, ele terá que conviver com crianças de sua idade e lidar com os diferentes tipos de recepção a sua aparência, sejam elas negativas ou positivas.

Falar sobre um livro tão especial é prazeroso, mas ao mesmo tempo muito difícil. Para vocês terem uma ideia, eu mal consigo escrever essa resenha sem deixar escapar algumas lágrimas dos olhos. Vou logo começar dizendo que a autora criou uma história, de fato, extraordinária. Isso não tem como negar nem deixar de citar, pois é fato. Cada elemento inserido por ela nesse livro foi essencial para que o resultado fosse uma obra tocante, leve e palpável.

Seja por seus personagens muito carismáticos e fáceis de se conectar, sua escrita singela e fiel à mentalidade infantil ou pelos detalhes de sua história, R.J Palacio e Auggie me conquistaram de diversas maneiras. O livro é dividido em algumas partes e sua narrativa é guiada pelo ponto de vista de diversos personagens que fazem parte do mundo de Auggie. Dessa forma, pude perceber que o toque especial dado pela autora foi bem simples: o enredo não foca apenas no personagem principal, como na história de vida e nos sentimentos das pessoas à sua volta. Para mim, isso só tornou o livro mais especial, pois pude criar uma conexão com os outros personagens e me sentir totalmente imersa no universo proposto por Palacio.

E não tem como não se sentir conectado a pelo menos um deles. Todos os personagens tem sua razão de ser e características que os tornam únicos. Não tem como deixar de se apaixonar pelo Jack, pela Oli(via) ou até mesmo pelo próprio Auggie. Cada criança é especial e tem sua história para contar, bem como uma mensagem para transmitir. Se tiverem oportunidade, leiam também The Julian Chapter (traduzido como O Capítulo do Julian), uma novela que a autora escreveu sob o ponto de vista do bully do August.

Uma coisa interessante de se observar é que mesmo com apenas dez anos, Auggie encara sua circunstância de maneira diferente. Ele sente o ataque de Julian e sabe que é diferente das outras crianças, mas ao mesmo tempo aceita isso. Não sei como explicar direito, mas ele tem uma maturidade sem igual para uma criança dessa idade. Acho que essa peculiaridade foi ocasionada por todas as coisas que ele já teve que passar na vida, situações pelas quais a maioria das crianças não passam. Dói muito o coração presenciar algumas cenas, mas ao mesmo tempo, outras passagens emocionam demais.

Posso citar como exemplo, as diversas passagens em que R.J Palacio retrata a importância do amor familiar na vida de uma criança. Não acho que ela tenha se referido apenas às crianças com as necessidades do Auggie, mas à todas elas. A família dele é muito amorosa, unida e compreensiva, estando sempre do lado dele quando ele precisa, com todo o suporte, carinho e amor. Achei essencial que a autora tenha destacado isso, pois muitas vezes várias pessoas esquecem como valorizar o amor e carinho dos pais e dos irmãos é importante.

Em suma, tenho a dizer que aprendi muito com esse livro. Dentre todas as lições, a mais importante que a autora me passou foi o valor de ser gentil na maior parte do tempo. Para muitas pessoas, um ato de gentileza ou carinho pode passar despercebido, mas para outras, esse tipo de atitude é algo essencial. Não tenho mais palavras para descrever a forma com que esse livro mudou a minha vida. Repetindo, mais uma vez, é um livro extraordinário e que todo mundo deveria ler. Recomendo muitíssimo, para todos os públicos.


10/12/2014

[Resenha] Veneno



Autor: Sarah Pinborough

Editora: Única

Páginas: 224

Preço: 16,90 no Submarino

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013
Sexy, sarcástico e de prender a respiração! Para os fãs de Once Upon a Time e Grimm, Veneno é a prova de que contos de fadas são para adultos! Não existe “Felizes para sempre”! Você já pensou que uma rainha má tem seus motivos para agir como tal? E que princesas podem ser extremamente mimadas? E que príncipes não são encantados e reinos distantes também têm problemas reais? Então este livro é para você! Em Veneno, a autora Sarah Pinborough reconta a história de Branca de Neve de maneira sarcástica, madura e sem rodeios. Todos os personagens que nos cativaram por anos estão lá, mas seriam eles tão tolos quanto aparentam? Acompanhe a história de Branca de Neve e seu embate com a Rainha, sua madrasta. Você vai entender por que nem todos são só bons ou maus e que talvez o que seria “um final feliz” pode se tornar o pior dos pesadelos! Veneno é o primeiro livro da trilogia Encantadas, e já é um best-seller inglês. Sarah Pinborough coloca os contos de fadas de ponta-cabeça e narra histórias surpreendentes que a Disney jamais ousaria contar. Com um realismo cínico e cenas fortes, o leitor será levado a questionar, finalmente, quem são os mocinhos e quem são os vilões dos livros de fantasia! Palavra da editora: Veneno é um livro tenro como uma maçã envenenada. Belo como os vilões costumam ser. Sarcástico como príncipes mimados. E sem finais felizes porque já estamos bastante crescidinhos! (E, ainda assim, é um dos finais mais chocantes da ficção atual!) Para fãs de séries de TV e histórias picantes e divertidas, Veneno é puro entretenimento! – Mariana Rolier


Meu interesse em ler Veneno surgiu quando comecei a ver, em minhas andanças pela blogosfera, que quase todos os blogueiros literários estavam falando muito bem sobre a série da qual ele faz parte. O livro ganhou mesmo a minha atenção quando descobri que se tratava de uma releitura de Branca de Neve. Estava querendo tê-lo em minha coleção desde então.

Entretanto, a oportunidade de adquirí-lo só chegou quando o Submarino o lançou em promoção, junto com seus sucessores (Feitiço e Poder) em um box por 12.90. Eu, ingênua, meiga e fofa, garanti logo o meu, só para me surpreender negativamente com a qualidade da edição. Acontece que quando eu comprei o meu box, não tinha notado que a edição era econômica, justamente porque a loja não tinha colocado o parêntese ao lado do título com a informação. Vocês podem imaginar a minha revolta? Estava esperando por edições lindas e caprichosas e... Recebi livros sem orelhas e com folhas finas.

No final, resolvi ignorar minha raivinha (afinal, se eu tivesse olhado a especificação, teria evitado a decepção) e me consolei pensando que a edição é paperback, formato que eu gosto muito. Também não tive tanto tempo para ficar emburrada, porque as capas deslumbrantes dos livros logo roubaram toda a minha atenção. Gente, quem conseguiria resistir? Babei, folheei e me apaixonei. Fiquei ainda mais maravilhada quando descobri que a fonte era relativamente grande. Adoro ler livros curtinhos quando estou de ressaca! Foi justamente por esse motivo que resolvi maratonear os três livros de uma vez só.

Veneno, que na verdade é o livro introdutório da série - mas não necessariamente o primeiro, é a releitura de Branca de Neve sob um ponto de vista mais adulto. No começo, conhecemos Lilith, esposa do rei e madrasta de Branca de Neve. Se na sua mente você imaginou uma mulher vinte anos mais velha que a princesa, pode parar por aí! A rainha é muito mais jovem do que aparenta ser, tendo apenas quatro anos a mais que sua enteada. Sentiu o drama? Pois é, a esposa do rei tem quase a mesma idade que a filha dele.

Desde o início, a gente já percebe que Lilith se sente afetada com toda a ingenuidade e benevolência da enteada, levando tudo o que a garota faz para o lado pessoal. É tipo aquela paranóia de mãe: se a menina sorri, a rainha já desconfia que seja deboche! E não para por aí. Cada ato e passo que a garota dá é tão perturbável na mente da rainha, que já é o suficiente para a mulher tramar planos e mais planos contra a garota. Entre todos esses mal entendidos, também acompanhamos o que levou a soberana a ser tão megera e o que afinal, se passa na cabeça da aparentemente ingênua Branca de Neve.

Devo dizer que o que mais me surpreendeu no livro foi a personalidade dos personagens que permeiam a história. Em cada página levei um susto diferente, pois idealizava aqueles príncipes e princesas dos contos de fadas e acabei encontrando mentes bastante sombrias e dilemas semelhantes aos que passamos no dia-a-dia. Então pra você, que está ansioso para ler esse livro, já fica a dica: leia com a mente aberta e se prepare para conhecer personagens mais maduros e adultos. E nem pensem que estou me referindo a sexualidade dos mesmos - esse é um elemento à parte, é mais à maturidade e aos questionamentos internos mesmo, que são totalmente diferentes do que se espera de uma princesa ou um príncipe de contos de fadas.

Fora esse choque inicial, outra coisa que me chamou a atenção foi o jeito com que a autora desenvolveu e entrelaçou os elementos de sua trama. Eu posso até não ser muito chegada à história da Branca de Neve em particular, mas curti muito a narrativa e o rumo que Sarah resolveu dar a ela, de modo que no final do livro, me encontrei satisfeita e preparada para iniciar o próximo em seguida. Acima de tudo, gostei muito de ter visto os dois lados da história e conhecer um pouquinho mais da visão de Sarah a respeito de Lilith, uma vilã que passei a considerar bastante depois dessa leitura.

Um elemento que eu não posso deixar de citar é a descrição riquíssima com que Sarah preencheu as páginas de seus livros, o que fez com que eu me encaixasse em seu universo medieval com bastante facilidade. Adorei poder imaginar cada cantinho dos castelos e me ambientar bem no contexto histórico de Veneno, ponto que achei essencial para que a leitura fluisse melhor. Também curti as várias aparições de outros personagens dos contos de fadas no meio da trama, como Aladdin, João e Maria e até mesmo a bruxa da casa de doces.

Como o livro é bem curtinho, acho que não tenho muito mais o que dizer. Recomendo muito a leitura e peço que não deixem de conferir essa releitura maravilhosa! Pretendo postar resenha dos próximos dois livros e já garanto a vocês: daqui pra frente, só melhora. Podem comprar que o entretenimento é garantido e a satisfação também.


08/12/2014

Um livro em inglês por mês #4



Oi, gente! Aqui estou eu com mais um de meus posts atrasados, #shameonme. Fico muito triste em dizer que provavelmente não vou concluir minha meta de um livro em inglês por mês no fim do ano, mas nem tudo acaba como a gente quer, né? Espero que 2015 seja melhor do que esse ano, em questão de leituras.

E enquanto 2015 não chega e 2014 ainda está se despedindo da gente, vim falar sobre um livro super fofinho que eu li recentemente e ainda não foi lançado aqui no Brasil: Meant to Be.



Já tinha ouvido falar sobre Meant to Be no blog da Giu (que agora está fora do ar) e na época, lembro que ela tinha dito que o inglês dele era super fácil. Vocês já sabem que eu não ando muito na vibe dos romances da vida, mas resolvi comprar porque 1. a história se passa em Londres, 2. sob visão turística e 3. Londres, Londres e Londres. Não tinha como essa combinação dar errado!

E não deu. A história, além de leve, flui super bem e eu não tive problema algum com a língua, seja pela modalidade usada ou por seu vocabulário (que é bem simples). Passando para os números, acredito que tenha captado 98% da essência do livro, senão 100% mesmo. Sério, gente! Para quem tá começando a ler em inglês e quer tentar um YA contemporâneo, eu recomendo bastante esse livro.

Não tem como se perder porque a autora usa palavras simples para descrever as cenas e seus personagens, por isso, não acho que vai ser difícil para quem tem um vocabulário intermediário. Dica: quem faz Cultura Inglesa vai até achar algumas palavrinhas das aulas do Master 1 entre as páginas, assim como eu. E veja lá: tem algumas abreviações em cada início de capítulo que podem atrapalhar um pouco, mas qualquer coisa basta dar um toque lá no meu Twitter que eu ajudo!



E é isso aí, pessoal! Para quem quiser mais informações sobre o livro (sinopse, história, essas coisas), basta acessar o Skoob ou se preferir, o Goodreads da obra. Espero que tenham gostado do post, principalmente das fotos, que tirei com muito carinho.

Até mais!