28/02/2014

Vamos sair da ressaca? O que eu quero ler no carnaval.



Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Sei que passei uns dias fora da área, mas entendam, é difícil ter tempo para atualizar o blog quando se tem uma carga horária de doze horas divididas entre o trabalho e a escola. Mas como só desiste quem é fraco (ou foi forte por muito tempo), é hora de arregaçar as mangas e interagir com meus queridos leitores, vocês!

Pois bem, essa rotina escola-trabalho-casa me fez descuidar de duas coisas muito importantes pra mim: a leitura e o blog. Entrei numa ressaca literária que ocupou o mês inteiro de fevereiro e o resultado vocês já devem ter adivinhado, foi que eu acabei lendo apenas uma novela (Tempo de Cerejas) e um livro (Obsessão) até agora.

Sim, eu sei, em comparação com as leituras de janeiro, foi pouquíssima coisa. E é com muita determinação que durante o carnaval eu quero vencer essa ressaca e ler muito! Será que vou conseguir?

Vamos à lista!



1. Glimmerglass, por Jenna Black - Ganhei a trilogia inteira no natal e há duas semanas peguei para ler, mas fui atrapalhada pela falta de tempo misturada com a ressaca, um coquetel de torcer o nariz. A história finalmente está fluindo em um ritmo agradável e acho que vai dar para terminar hoje ou amanhã, assim que terminar resenho para vocês.

2. Fale! por Laurie Halse Anderson - Me interesso por sick-lit muito fácil e quero ler alguma obra dessa autora desde Garotas de Vidro, livro lançado pela Novo Conceito que eu ainda não tive a oportunidade de adquirir (mas quero logo). Não sabia que ia poder ler Fale! tão cedo, mas acabei achando-o por 10,00 em uma feirinha que fica perto do meu trabalho e resgatei o meu, que está novinho em folha, apesar de ser usado.

3. Todo Dia, por David Levithan - Outro fruto da época natalina, esse é um romance que eu quero ler desde que ainda não tinha sido lançado, por indicação fervorosa da Marina Moura. Quando a me disse que ele é realmente maravilhoso, resolvi que ia arranjar um espacinho no meu feriado para realizar essa leitura e mal posso esperar para esse momento chegar!

4. Dizem por Aí, por Ali Cronin - Sou doida para ler essa série desde que as meninas do Psychobooks comentaram sobre ela, até que ganhei todos os livros já lançados no natal. Em janeiro, li o primeiro livro e acabei achando a protagonista chatinha, mas agora estou super ansiosa para ler essa continuação, já que tem como narradora, a personagem que eu mais gosto dentre o grupo de amigos que participa da história. Estou torcendo para gostar muito!

5. Fazendo Meu Filme 2 - Fani na Terra da Rainha, por Paula Pimenta - Mais um presente que o natal me trouxe, é um livro que eu estou doida para ler, já que foca na participação da personagem principal em um intercâmbio na Inglaterra e eu sou fã do assunto, visto que quero fazer intercâmbio quando tiver mais ou menos 21 anos. Não gostei tanto do primeiro livro, mas estou ansiosa para curtir um intercâmbio através da narrativa da Fani.

6. Lua Vermelha, por Benjamin Percy - Indicado por Stephen King no Twitter e cortesia da Editora Arqueiro é uma obra que eu quero ler desde que tomei conhecimento de seu lançamento e tenho receio de não gostar, apesar de todas as críticas positivas já feitas. Porém, não dá para passar para trás uma indicação de peso dessas, certo? Tomara que o autor me surpreenda.


E isso é tudo que eu vou tentar ler durante o carnaval, Encantados.

Depois eu posto o saldo total, certo? Espero que tenham gostado do post.

Até mais!



Fotografia por: Ricardo Veloso.
Texto por: Natalia Leal.


24/02/2014

Dá uma olhada: Us!

Oi, gente! Como é que vocês estão? Espero que bem!

Quem está sempre acessando o Vine deve saber muito bem do que, ou melhor, quem, estou falando. Us é o nome de um duo formado por Michael e Carissa Avarado, um casal que além de gravar (muito bem!) covers de músicas pop bem conhecidas, compõe faixas super fofinhas e dignas de um espacinho na sua playlist.

Quer saber o motivo? Então faz favor, ajeita esse fone direitinho e vem conhecer!



Essa é a minha favorita deles, até agora. Com ritmo bem romântico, Take Me Home fala sobre saudade de maneira intensa a ponto de partir o coração alheio (aquela que chorou quando ouviu pela primeira vez). Não escutem se estiverem na deprê, por favorzinho.



Make You Love Me está em segundo lugar no meu ranking de músicas preferidas do duo. Com um toque íntimo, original e totalmente pessoal, essa música me ganhou não só pela letra, mas por suas notas de sensibilidade.



E em terceiro lugar, fica o título do novo álbum deles, No Matter Where You Are. Falando sobre cumplicidade e amor do jeitinho fofo que só o Us tem, é o tipo de música que te faz levantar da cadeira para dançar, pular e cantar junto o dia todo.

E aí, curtiu? Quer mais? Além de poder comprar o álbum da dupla no iTunes, você pode acompanhar o Vine do casal, que fora os covers lindíssimos, possui vídeos retratando cenas da vida pessoal - e fofa - deles.

Para terminar o post, fica uma compilação montada pelo perfil Top Viners, recheada de vines deles.



Até mais!


20/02/2014

[Resenha] Obsessão



Autor: Maya Banks

Editora: Quinta Essência

Páginas: 384

Preço: 17,90 na Lojas Americanas

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Gabe, Jace e Ash são três dos homens mais ricos e poderosos do país. Eles estão acostumados a conquistar tudo o que querem. Tudo. Para Gabe, tudo significa realizar uma fantasia particular com uma mulher que era um fruto proibido - e que agora está pronta para ser colhida... Quando Gabe Hamilton viu Mia Crestwell entrar no salão na inauguração de seu hotel, sabia que iria para o inferno pelo que tinha planejado. Afinal, Mia é irmã de seu melhor amigo. Contudo, não é mais uma menininha. E Gabe já esperou muito tempo para colocar seus desejos em prática. Gabe já fez parte das fantasias de Mia há muito tempo, desde que era apenas uma adolescente com uma "paixonite" pelo melhor amigo de seu irmão. Mas o que pode acontecer 14 anos depois? Mia sabe que Gabe é como um sonho inalcançável, mas sua atração só fez aumentar ao longo do tempo. Agora ela é adulta, e não há motivo para não agir de acordo com seus desejos mais secretos.


Obsessão foi um livro cedido em parceria com o grupo LeYtoras, que eu li sob recomendação de uma amiga em quem confio muito. Como não sou de ler muitos livros eróticos, esse serviu mais como um incentivo para que eu me aprofundasse um pouquinho mais no gênero. Por conta disso, as expectativas estavam consideravelmente altas e posso dizer que não me desapontei.

O livro em si é tentador, a começar pela capa simples e bonita designada pela Quinta Essência, uma elegante adaptação da original. A diagramação é igualmente elegante e nos leva a simplicidade e leveza do romance, com um toque feminino e dócil. Gosto muito quando a editora capricha na diagramação de um romance, pois fica mais fácil de entrar no clima do livro e a leitura fica mais agradável aos olhos, pelo menos no meu ponto de vista. A tradução ficou objetiva e impecável, junto com a revisão. Ponto para a editora!

Mia é uma jovem de 24 anos que desde os seus 16, sonha em ser desejada por um dos melhores amigos de seu irmão, Gabe Hamilton. Poderoso, rico e dominador, Gabe a surpreende em um baile de inauguração de um dos seus hotéis e lhe oferece um contrato para que ela seja sua, alimentando a fachada de um emprego de assistente pessoal. É aí que munidos de um desejo reprimido por anos, os dois começam um relacionamento intenso e totalmente obsessivo que inclui nada mais do que sexo, no qual Mia se torna submissa a Gabe.

O problema é que enquanto Gabe luta para não se apaixonar, por já ter passado pelas águas turbulentas de um relacionamento que não deu certo, Mia é ferrenha em frear sua obsessão por ele, com medo de se ferir no final. Por quanto tempo os dois irão resistir? Mia não é mais uma menininha, mas será que Gabe conseguirá vencer seus impulsos e enfrentar seu melhor amigo? É isso que você confere lendo Obsessão.

Confesso que não ingressei de cara na leitura, por não estar acostumada a ler livros do gênero, mas não teve como resistir ao estilo sutil e voraz presente na escrita de Maya Banks. A autora conduz a história de modo objetivo e sem encheção de linguiça, nos apresentando aos personagens e seu íntimo da maneira mais palpável possível. Por conta disso, foi muito fácil me aproximar tanto de Mia quanto de Gabe, já que a narrativa é alternada pelo ponto de vista de ambos, ainda que em terceira pessoa.

As cenas de sexo são muito descritivas, porém não chegam ao ponto de se tornarem vulgares. O toque sensual de Maya pode até ser muito direto ao ponto, mas a autora ainda conserva sua elegância até mesmo nas palavras, tornando o ato sexual mais pessoal e sensível, menos bruto. Ainda que hajam cenas de surpreender a algumas pessoas, a autora soube dosar a sensibilidade dos personagens de forma a não assustar seus leitores, não deixando seu romance se rebaixar ao puro carnal.

Os personagens são muito bem caracterizados e definidos. Não gosto muito da Mia por mesmo que segura de suas decisões, ela ainda ser submissa ao Gabe. Sendo um livro erótico que aborda o BDSM, é óbvio que a gente já deve esperar isso da personagem feminina, mas é uma opinião pessoal minha, eu não costumo gostar de personagens submissas e inferiores a seus pares românticos. Entretanto, o que anuviou esse ponto foi o modo com que ela sabe se impor e definir suas opiniões ao longo de todo o livro, o que lhe deu pontinhos extras comigo.

Apesar de ter esse desgosto da personagem, não deixei de me identificar com ela e sua história. Falando sério, quem nunca teve uma grande crush em alguém e se viu feliz em tê-la realizada? O diferencial da Mia é que ela não fica remoendo essa paixão desesperada que tem por Gabe desde novinha como a maioria das personagens costuma fazer, o que não a torna chata e mimizenta.

Pulando para Gabe, este é mais frio e ao mesmo tempo, carinhoso. Ocupando o papel de dominador, nosso mocinho estrapola em algumas cenas, mas ainda assim é convincente. Tendo os pais separados e um divórcio recente, Gabe é um cara durão e gosta de negociar, elevando esse ponto até mesmo no seu relacionamento com Mia, quando a propõe o contrato. Gostei muito da maneira com que a autora não criou algum trauma externo para que ele acabasse se tornando obsessivo e até um pouco sádico. Ele é o que é e pronto, acabou, não tem nenhuma historinha por trás disso.

E não para por ai, os personagens secundários também tem seu espacinho na trama e são bem apresentados ao leitor. Ri muito com as especulações das amigas de Mia a respeito do trio másculo do livro e até fiquei desejando que de repente a Caroline desencalhasse com um deles, tamanha a simpatia que criei pela personagem. A ex do Gabe também não fica para trás, bem como seus pais e Jace, que tem constante presença na trama.

O romance entre o casal principal também foi muito bem desenvolvido e Maya atingiu minhas expectativas no quesito sensualidade. É um livro que eu recomendo muito às amantes dos livros eróticos e espero que seja mais divulgado, pois quem ainda não o leu não sabe o que está perdendo!


19/02/2014

[Resenha] Starters



Autor: Lissa Price

Editora: Novo Conceito

Páginas: 368

Preço: 17,90 na Fnac

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse: Seu mundo mudou para sempre. Callie perdeu os pais quando as guerras de Esporos varreu todas as pessoas entre 20 e 60 anos. Ela e seu irmão mais novo, Tyler, estão se virando, vivendo como desabrigados com seu amigo Michael e lutando contra rebeldes que os matariam por uma bolacha. A única esperança de Callie é Prime Destinations, um lugar perturbado em Berverly Hills que abriga uma misteriosa figura conhecida como o Old Man. Ele aluga adolescentes para alugar seus corpos aos Terminais - idosos que desejam ser jovens novamente. Callie, desesperada pelo dinheiro que os ajudará a sobreviver, concorda em ser uma doadora. Mas o neurochip que colocam em Callie está com defeito e ela acorda na vida de sua locadora, morando em uma mansão, dirigindo seus carros e saindo com o neto de um senador. Parece quase um conto de fadas, até Callie descobrir que sua locatária pretende fazer mais do que se divertir - e que os planos de Prime Destinations são tão diabólicos que Callie nunca podia ter imaginado.


Starters é um livro que eu queria ler desde antes de seu lançamento aqui no Brasil, mas não tive a chance até meados de agosto, quando uma amiga me presenteou com ele. Apesar de ter visto algumas resenhas negativas a respeito, mantive minha curiosidade e aproveitei que minha amiga estava lendo para acompanhá-la e entrar na vibe dessa distopia.

Já falei muitas vezes e vou repetir aqui: morro de medo dessa capa. Sou super fã da outra versão americana, que infelizmente, parou de vender no mercado, pelo que eu ouvi dizer. Também não curti tanto a diagramação proporcionada pela editora, pois achei que a tentativa de reproduzir chips (?) foi meio falha. A tradução realizada pela Novo Conceito deixou um pouco a desejar em alguns momentos, mas nada tão absurdo. Em termos de revisão, eles também falharam um pouquinho, mas não o suficiente a ponto de me incomodar.

A obra escrita por Lissa Price fala a respeito de uma jovem que perdeu seus pais por conta de uma doença espalhada por mísseis que atingiram a região onde ela mora, durante a chamada Guerra dos Esporos. Rodeada de pessoas com mais de cem anos de vida e margeada por inspetores que sonham em levá-la para instituições que transformam adolescentes em seus escravos, Callie só tem uma alternativa para tentar sair da vida de sem teto nômade e salvar seu irmão de uma doença pulmonar: alugar seu corpo para idosos que desejam reviver a adolescência. Porém, ela estará correndo mais perigo do que imagina.

Já vou começar minha crítica dizendo que Lissa Price começou a desenvolver sua trama de forma um tanto lenta e confusa. Demorei várias páginas para entender o que realmente se passava e me situar no universo criado pela autora e, mesmo quando entendi, não me dei por satisfeita. A história é narrada em primeira pessoa e mesmo assim, não me senti próxima da protagonista o bastante, o primeiro sinal que recebi indicando que algo estava errado.

Quando você pega uma distopia para ler, já sabe que vai encontrar uma bagagem totalmente nova a respeito do que influenciou naquela sociedade, para que ela se tornasse tão diferente dos dias de hoje. Acontece que em Starters faltou muito disso. Senti muita falta das explicações profundas e do estudo, parece até que a autora não se deu o trabalho de amarrar tudo direitinho e foi na fé, sem organizar direito suas ideias. Resumindo, terminei o livro com um monte de pontinhos de interrogação sobre a cabeça.

Outra coisa que eu não gostei foi a falta de aprofundamento no que diz respeito aos personagens. Não achei a protagonista convincente e muito menos os seus motivos para sobreviver, pois eles não me foram mostrados de maneira que eu quisesse sofrer junto com ela durante a leitura. Basicamente, acabei lendo o livro para passar o tempo e via as páginas passarem com um tantinho de tédio me rondando, uma vez que a parte que mais gosto de conhecer (o elemento distópico), ficou em falta.

A minha visão geral do livro foi que Lissa tinha uma grande premissa em suas mãos e não soube usá-la direito. É certo que o final tem um gancho incrível e a reviravolta me surpreendeu um pouco, mas um livro não é composto apenas pelo final, assim como um sanduíche não é feito só do recheio.Faltou muita perícia por parte da autora, em minha opinião. Não é um livro que eu recomendo, mas se você quiser ler, à vontade, vai que tem uma opinião diferente da minha?


18/02/2014

[Resenha] O Morto



Autor: Charlie Higson

Editora: Galera Record

Páginas: 432

Preço: 31,20 na Fnac

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Cruzar os mais de 60 quilômetros entre a vila de Kent e Londres, de ônibus, com os amigos do colégio, a princípio pode parecer uma excursão comum. Mas em um mundo infectado por maiores de 16 anos, cheios de feridas purulentas e famintos por carne humana, esse roteiro não é exatamente um passeio. É o plano de fuga para a possível salvação de Jack, Ed e de mais alguns garotos, em uma busca desesperada por um lugar seguro. Mesmo que ninguém tenha certeza de que esse lugar ainda exista.


Essa leitura eu passei na frente de muitos livros. Quando ganhei de presente da minha madrinha, o livro ficou me tentando até que eu finalmente cedesse e mergulhasse em sua história. Não preciso nem dizer que tendo lido O Inimigo, as expectativas ultrapassaram os limites.

Como sempre, curti muito a capa e a diagramação proporcionada pela Galera Record ao segundo livro da série O Inimigo. É certo que lamentei um pouco pelas capas não seguirem um determinado padrão, mas como as lombadas combinam, resolvi relevar esse ponto. Novamente, o máximo que encontrei durante a leitura foram erros de impressão e fiquei muito feliz por me deparar novamente com uma tradução impecável e revisão em igual escalão.

Dessa vez, Charlie Higson retrocede um ano em seu apocalipse e nos conta a história no momento em que tudo começou a explodir. Agora, o foco é voltado para um grupo de meninos que estudam em um colégio interno e não tem muito contato com o sexo feminino, muito menos com qualquer tipo de estratégia relacionada a defesa pessoal e sobrevivência. Praticamente à beira da morte, eles se deparam com um adulto milagrosamente sobrevivente à epidemia, o qual se propõe a levá-los a um lugar mais seguro dentro do ônibus que ele dirige.

Desesperados pela chance de sobreviver, as crianças não sabem em quem confiar e para que lado seguir. Com os adultos avançando cada vez mais famintos de carne e sedentos de sangue, eles terão que aprender como se virar em meio a esse cenário aterrorizante na marra, tendo a consciência de que um deslize, por menor que seja, pode levá-los a morte certa.

Mais uma vez, Charlie Higson me surpreendeu e me fez bater palmas após terminar a leitura. Confesso que comecei o livro com um tantinho de medo do autor errar a mão no segundo livro da série e acabar tornando tudo monótono, mas o mesmo usou de suas habilidades mágicas corretamente e guiou a história de modo que o ritmo da tal só acelerasse ainda mais.

Dessa forma, foi com muito prazer que mais uma vez enveredei por seus personagens complexos e cometi o pior erro como leitora dessa série: me apeguei a um deles. Se tem uma coisa que eu não recomendo a vocês é justamente isso, criar afeição por qualquer personagem que esteja sob o domínio de Higson. Por conta desse erro, sofri durante várias páginas e obriguei meu namorado a testemunhar um de meus momentos de histeria enquanto berrava sobre os maus bocados pelos quais o fulano estava passando. Não se enganem, Charlie veio para matar e mantém seu objetivo nesse livro também.

E mesmo que o autor seja um assassino a sangue frio, alguns dos personagens que conheci em O Morto não são. Se em O Inimigo acompanhei crianças que sabiam lutar e usar armas pesadas, nessa continuação encontrei personagens indefesos e totalmente perdidos, correndo em círculos e procurando se virar o quanto dava. Achei legal por parte do autor nos mostrar essa outra versão do universo, onde criancinhas frágeis correm por suas vidas e não sabem como lidar com a problemática exposta, diferente dos super heróis organizados em poderosos exércitos que vi no livro anterior.

Também vale ressaltar que se encontramos personagens um pouco mais fracos (fracos fisicamente, por favor) do que os vistos anteriormente, é óbvio que as cenas grotescas serão mais fortes. Não recomendo que leiam enquanto estiverem comendo ou prestes a realizar uma refeição, pois algumas cenas vão te dar vontade de colocar tudo pra fora, se você realmente se colocar no lugar dos personagens, como eu.

Falando nisso, o turbilhão de emoções continua agindo na mesma intensidade. Chorei, gritei, esperneei e solucei horrores enquanto acompanhava a trajetória dos personagens, tamanho o meu desespero para com eles. Durante a leitura, me senti tão próxima do grupo que não deu para evitar o aperto no coração que sentia cada vez que alguém era mutilado, seja física ou emocionalmente (aconteceu muitas vezes).

Outro ponto que me fez amar o desenvolvimento do livro foi a conexão que o autor estabelece entre livro 1 e livro 2 em determinado momento. Se você leu O Inimigo e curtiu, espere só até terminar O Morto. Ainda não li O Medo, terceiro livro que está por vir, mas se Charlie Higson quis provar sua genialidade entre as páginas dessa obra, posso afirmar com muita certeza que ele conseguiu, pois o final e o gancho desse livro são de arrepiar, literalmente.

E é por essas e outras que eu continuo recomendando essa série mais do que tudo. Leitura totalmente emocionante, um dos meus favoritos da vida!


17/02/2014

É pecado abandonar uma leitura?



De uns dias pra cá, andei refletindo sobre um tópico que cai muito na boca dos leitores de plantão e me levou a escrever esse post. É pecado abandonar um livro? É tão ruim assim passar uma leitura pra frente e entrar de cara em um universo totalmente diferente? É feio o blogueiro que tem parceria com editora x desistir da leitura porque não está gostando do livro e começar um título z?

Então vamos lá, pessoal. Muita gente trata esse assunto como algo delicado, mas no meu ponto de vista as pessoas complicam muito uma questão que pode ser resolvida de forma simples e prática. O que eu quero dizer é, ninguém tem que ler por obrigação, gente! Se a leitura não está fluindo, os personagens te dão vontade de jogar o livro pela janela e a autora parece ter errado a mão na narrativa, é bom fechar o livrinho um pouco e partir pra outra, nem que seja para não voltar a essa nunca mais.

Ah, Nat! Tem tanta gente querendo ler esse livro e não pode, enquanto essa outra pessoa tá abandonando sem dó nem pena. É verdade sim, tem muita gente querendo ler diversos livros e no momento não tem condições de adquirir ou possui muitos livros na frente da pilha de leitura. Mas fazer o que? Se você está prestes a abandonar esse livro, fica a seu critério doar para alguém que queria ler, vender para quem quer que esteja interessado ou usar o recurso de troca do Skoob.

O importante, na minha opinião, é não deixar a leitura se tornar de um hábito divertido e prazeroso a uma obrigação chata e maçante. O meu conselho básico é: se não está conseguindo terminar agora, não perca tempo e guarde o livro em questão para outra hora. Há tantas obras praticamente implorando para serem lidas! Tem muito universo novo e diferente para ser explorado, não dá pra gente perder tempo com leituras que no momento não estão funcionando.

Mas e se o livro for cortesia de um parceiro? Aí nessas horas o assunto é um pouco mais delicado, já que o trabalho de outras pessoas está dependendo da sua leitura. Mesmo assim, não tem motivo para transformar um abandono em um bicho de sete cabeças, basta entrar em contato com o parceiro e explicar a situação, sendo sincero e honesto, não deixando passar o real porquê do abandono e agradecendo pela confiança, afinal, dinheiro e tempo foram gastos no envio da sua cortesia.

Já aconteceu várias vezes de eu começar uma leitura no momento errado e simplesmente parar algumas páginas depois, pois estava sendo chato para mim continuar. Eu não gosto quando isso acontece e me sinto desconfortável em deixar o livro esperando, mas tenho que pensar no meu lado como leitora. Gosto de ler justamente porque o ato me faz feliz e na maioria das vezes é prazeroso. Continuar a ler um livro do qual não estou gostando não é algo coerente com o propósito que a leitura tem pra mim, apesar de eu ter sido persistente na maioria das vezes.

E para mostrar que abandonar não é um bicho de sete cabeças e nem uma grande dor de cabeça (afinal, você pode voltar para o livro sempre que quiser), vou mostrar aqui alguns livrinhos que eu já abandonei:


Abandonou por que? A história não estava funcionando e o livro não me prendeu em nenhum momento da narrativa. Tinha adorado o filme mas não partilhei do mesmo sentimento pelo livro e apesar de ter persistido muito na leitura, guardei-o na estante e o deixei lá até hoje.

E no que deu? Está para troca no Skoob. Os interessados podem entrar em contato!


Abandonou por que? Eu tinha gostado muito de A Bússola de Ouro e acabei comprando seu sucessor em pocket, mas a cada página que virava de A Faca Sutil, só me desapontava mais pelo começo maçante da história. Tentei ler e reler mais de cinco vezes e não deu certo, acabei largando de mão para focar em outras leituras mais interessantes.

E no que deu? Acabei trocando o livro por outro que eu queria em uma feirinha. Hoje em dia ainda sonho em comprar as edições normais dos livros e tentar ler tudo de novo, já que gostei muito mesmo da história de A Bússola de Ouro.


Abandonou por que? Esse era um livro que minha mãe queria porque queria que eu lesse. Depois de tanta insistência, finalmente peguei o exemplar e comecei a leitura, mas a narrativa estava tão chata que eu larguei logo de cara. O tema já não me interessou muito e de cara parecia super apelativo. Como sou uma pessoa que detesta qualquer vestígio de apologia excessiva ao cristianismo (mesmo já tendo sido católica, lol) por ter sido forçada a seguir a religião quando pequena, nunca mais toquei no livro.

E no que deu? O livro continua na minha estante e está para troca no Skoob. Novamente, os interessados podem entrar em contato!





E é isso, pessoal. Espero que tenham gostado do tema abordado hoje e me encham de comentários debatendo o assunto.

Até mais!



Fotografia por: Ricardo Veloso
Texto por: Natalia Leal


16/02/2014

[Resenha] Escola de um Destino



Autor: Sidney Santborg

Editora: Livros Ilimitados

Páginas: 86

Preço: 27,50 na Livraria Travessa

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2011











Sinopse: Com o livro Escola de um Destino, o leitor ganha combustível para buscar a realização de seus sonhos e enfrentar os percalços apresentados no decorrer da vida. Em um universo de poucas oportunidades, o esforço e dedicação os levam a uma realidade até então apenas vista pela televisão. Mas será que esse novo mundo pode modificá-los? Será que as más influências podem corromper aqueles que têm uma meta na vida? O início é duro, sair do convívio da família e da cidade para estudar em uma grande escola, onde todos os dias se faz necessário uma prova de força de vontade, superação e comprometimento com o estudo, pois os fracos se deixam levar... Mergulhando em abismos que os afastam do sonho e do foco principal.


Estou devendo essa resenha há um tempão, mas finalmente consegui encontrar as palavras certas para escrevê-la. O livro foi recebido por simples cortesia do simpático Sidney Santborg, que de cara demonstrou iniciativa para o início da parceria. Agradeço muito pela confiança, espero retribuir direitinho.

Quando recebi meu exemplar, a primeira coisa que notei foi a capa, a qual tem muito a ver com o que o livro se trata e me lembrou muito da novela Malhação, pelo clima escolar que aborda. Durante a leitura, achei vários errinhos de português, mas já me avisou que como eu recebi um exemplar da primeira tiragem, isso iria acontecer. Entretanto, a galera que quer ler já pode ficar despreocupada, porque o autor me garantiu que a versão corrigida já está no mercado. A diagramação é bem simples e se adequa ao propósito e atmosfera que o universo criado por Sidney abrange.

Escola de um Destino conta a história de um grupo de amigos que vem do nordeste ao Rio de Janeiro em busca de novas e oportunidades acadêmicas que os levem a uma condição de vida melhor. É no meio de tanta mudança e adaptação que eles acabam se deparando com uma realidade bem diferente do que esperavam, incluindo um cenário violento e destituído de todas as qualidades que haviam ouvido falar em sua terra. Durante a leitura, o leitor vai acompanhar a trajetória desses meninos e como cada um deles vai lidar com a situação exposta e suas dificuldades.

Esse é um livro que tem seu público voltado para as crianças que não gostam tanto de ler e querem começar a exercitar o hábito, o tipo de leitura que deveria ser adotada por escolas e que certamente seria muito bom na desenvoltura do caráter dos jovens em formação que fazem parte da geração atual.

É justamente para atender a esse público que Sidney manuseia sua história de maneira simples e de fácil entendimento, conduzindo os fatos de forma que o leitor não se canse da narrativa e apresentando seus personagens com agilidade. Cada um deles é um retrato da maioria dos jovens, são todos sonhadores e esperam mudar de vida através do estudo e de sua dedicação. Têm suas inseguranças, medos e se preparam para uma mudança drástica, mas acima de tudo, conservam dentro de si a esperança de ser alguém na vida, além de trazer orgulho e honra para a família.

Foi por causa da narrativa simples em terceira pessoa e do estilo suave de Sidney Santborg que eu me surpreendi muito com a trama em si e seus efeitos. Sutil a ponto de enganar o leitor, o livro explicita a crueldade presente nos grandes centros urbanos e tudo o que pode acontecer caso o adolescente relaxe em suas escolhas. Audacioso em seu objetivo, o autor não tem pena de seus personagens e mostra que está mesmo a fim de passar sua mensagem e alertar seu público a respeito das atrocidades que um caminho mal andado pode oferecer.

Os personagens são fortes e carregam em si toda a juventude e vontade típica de um adolescente nessa fase decisiva. É impossível não se identificar com cada um deles, o que torna a leitura mais emocionante e... Chocante. Ainda que todo esse choque nos faça pensar que o que o autor mostra é irreal, a verdade é que não é. Por mais que vivamos uma realidade diferente das que os personagens vivem, o fator que choca mais é a porcentagem de realismo no livro, ainda que chegue a ser grotesca. São livros como esse que nos fazem abrir os olhos para o que acontecem na sociedade e por isso, a mesma precisa de sérias mudanças.

Por fim, Escola de um Destino é traiçoeiro como a vida e a realidade em que vivemos. Certamente, uma obra que deve ser abraçada pelas escolas e trabalhada com os alunos em sala de aula, para que as crianças já estejam preparadas para fazer escolhas e enfrentar o mundo com mais destreza no futuro. Recomendo principalmente a quem não curte muito o hábito da leitura, mas está se propondo a começar a ler.


15/02/2014

[Resenha] Tempo de Cerejas



Autor: Camille Thomaz Labanca

Editora: -

Páginas: 77

Preço: 3,00 na Amazon.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014











Sinopse: A vida não foi sutil com Melissa e o segredo que ela guarda é o mesmo que a mata. Ao entrar em uma prestigiada universidade do Rio de Janeiro para cursar jornalismo, ela conhece Lucas, que logo estabelece um objetivo: conhecê-la melhor, a ponto de descobrir todos os detalhes que a assustam, animam e fazem dela quem ela é. Se Melissa vai estar pronta para deixá-lo entrar, bom, essa é outra questão... E ninguém disse que ele desiste facilmente.


Tive a honra de receber o arquivo da novela antes mesmo dela ser lançada, ainda que não tenha conseguido terminar a leitura antes de seu lançamento. Antes de começar a leitura, quero agradecer pela confiança e carinho à querida amiga e parceira Camille Thomaz Labanca, administradora do Projeto Beletristas e autora da obra em questão.

Sou apaixonada pela capa de Tempo de Cerejas e super apoio que a novela tenha sua edição impressa e quem sabe? Até uma versão mais estendida (Camille, eu leria). Encontrei alguns errinhos na revisão da versão beta, mas ao alertar a Camille, ela me informou que os mesmos já estão consertadinhos na versão da Amazon, então vocês podem ler tranquilamente.

Tempo de Cerejas é uma novela que conta a história de Melissa, uma jovem que guarda um segredo sombrio que a persegue desde os quinze anos de idade, interferindo em sua vida de forma que mesmo depois de muito tempo, ainda a fere. Quando ela consegue realizar seu sonho de começar a cursar jornalismo na UFRJ, ela é apresentada a Lucas, um cara engraçado e divertido que se propõe a descobrir mais sobre a história de Melissa e curar sua dor. Mas será que ela conseguirá superar seu trauma para que eles possam ficar juntos?

Já conheço a escrita da Camille de outros carnavais e não é de hoje que queria ler um romance criado por ela. Pedido atendido, não me impressionei nem um pouco ao encarar uma história belamente conduzida e com uma carga de sentimentos e emoções bem pesada.

Ao longo da leitura, me surpreendi ao dar de cara com a maestria e delicadeza com que Camille dominou as emoções conflitantes de sua personagem. A experiência traumática pela qual a menina foi obrigada a passar lhe deixou marcas profundas e a autora não deixou isso passar aos meus olhos de leitora, me transmitindo todas as inseguranças e medos de Melissa sem tornar a personagem chata ou irritante.

É certo que algumas histórias de superação como essa podem parecer superficiais dependendo de quem as escreve, mas Tempo de Cerejas é crível e sólida. Os personagens são reais e totalmente humanos, não dá pra não se emocionar com a situação de Melissa e não derrubar pelo menos uma lágrima enquanto as páginas vão passando. E é aí que entra o ponto forte da Camille: mesmo que o clima seja relativamente pesado, pude rir um pouquinho com as passagens sarcásticas da novela, podendo até dizer que me identifiquei com algumas delas.

E ainda sendo curta e rapidinha, Tempo de Cerejas foi uma novela que me tocou profundamente. Como uma fatia daquela torta gostosa que você experimenta e quer comer mais, essa novela vai te fazer pensar e refletir... E pensar e refletir de novo, tamanho o vício. Além de querer ter um namorado como o Lucas, que é um amor de mocinho e não deixa defeitos. Também chamo a atenção para a soundtrack coerente e igualmente emocionante que a Camille fez questão de selecionar cuidadosamente. Recomendo a leitura acompanhada da trilha, claro, a todos.

Agora que li e resenhei, partiu perturbar a Camille pra que ela escreva uma versão estendida, porque fiquei com gostinho de quero mais.


14/02/2014

Mudanças!

Oi, gente! Como é que vocês estão?

Repararam em algo diferente? Pois é. Finalmente, depois de dois anos de Páginas Encantadas, decidi investir um pouquinho mais no blog e levá-lo a outro patamar.

Inspirada e com a ajuda da minha madrinha, contratei a designer Suzana Carvalho, dona do Cor Seletiva para dar outra carinha ao blog e realizar o meu sonho de tê-lo todo ajeitadinho. Além de ter a ajuda da Suzana com o design, foi o Matheus Henrique (lembra daquele ilustrador que eu falei?) quem me colocou no banner do blog e se prontificou a fazer essa ilustração linda que agora faz parte da logo do blog.

A cada dia que eu acompanhava o processo de criação dessa identidade nova e entrava em contato com a Suzana e com o Matheus, me emocionava pela possibilidade de ter o blog do jeitinho que eu queria e mal via a hora de poder contar pra todo mundo o que estava acontecendo. E aí, esse dia chegou!

Agora contamos com:

Slider no topo, para vocês conferirem com facilidade os posts em destaque.

Gadgets das redes sociais, para vocês me acharem com facilidade.

Arquivo em formato de calendário, uma forma mais bonitinha e organizada de todo mundo ficar ligado e procurar os posts que já estão no ar.

Newsletter, pra você que gosta muito do blog poder assinar e receber todas as novidades por e-mail.

Setinha para o topo, que vai direcionar vocês ao topo da página com apenas um clique, sem precisar ficar clicando mil vezes na barra de rolamento para subir.

E várias outras coisinhas que vão deixar o blog mais acessível, organizado e bonito. Porém, quero que vocês saibam que além do design novo, vamos ter outras mudancinhas no blog. Como já disse ano passado, vou passar a postar sobre mais coisas para não cair na mesmice e tentarei trazer conteúdo de qualidade para benefício de vocês. Tá hora de sair do desleixo, né? Prometo tentar programar posts todos os dias, apesar de esse ser um passo muito difícil pra mim.

E é isso aí, vamos vivendo e aprendendo.

Espero que tenham gostado das mudancinhas novas.

Até mais!


12/02/2014

[Resenha] De Coração para Coração



Autor: Lurlene McDaniel

Editora: Novo Conceito

Páginas: 208

Preço: 15,99 no Submarino.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Da autora best-seller Lurlene McDaniel, De coração para coração fala de perdas, amor e renovação. Fala também da maneira como esses sentimentos tão complexos se entrelaçam, nos momentos mais difíceis, nas relações familiares e de amizade. Elowyn e Kassey são grandes amigas, que dividem tudo. Mas uma coisa Elowyn não contou para Kassey: ao tirar a carteira de motorista, ela marcou a opção “doadora de órgãos”. Kassey descobre esse detalhe da vida da amiga da maneira mais trágica – quando o desejo de Elowyn está prestes a ser atendido. Arabeth nunca teve a sorte de ter uma melhor amiga. Com o coração doente, ela leva uma vida protegida de tudo e de todos. Até que, aos 16 anos, recebe o telefonema que tanto esperava — mas inicialmente ela e sua mãe não sabem a quem devem agradecer. Quando os mundos dessas três meninas e de suas famílias se cruzam, suas vidas se transformam de maneira nunca imaginada. Kassey, especialmente, encara os fatos como uma forma de manter viva a memória de sua querida amiga. Ela passa a compartilhar da nova vida de Arabeth, ao mesmo tempo em que ajuda a aliviar o sofrimento da família de Elowyn e a compreender a sua própria dor.


Quando recebi o livro, a capa e seu título me chamaram muito a atenção. Depois de folhear suas páginas, fuxicar algumas resenhas e reler a sinopse algumas vezes, resolvi me jogar na leitura e conferir a história. Não tinha tantas expectativas pois não conhecia a autora e nem tinha ouvido falar dela, foi mais como uma experiência às cegas. O resultado dela vocês vão conferir agora.

Dessa vez, até que eu gostei da capa que a Editora Novo Conceito proporcionou ao livro, ainda que tenham sido feitas apenas algumas alterações por cima da capa original. A diagramação é bem simples, mas romântica e fofa, com uma fonte adequada ao clima da história e bem leve, para atenuar o tema sério que ela aborda. Não encontrei erros de revisão e gostei bastante da tradução, pertinente (acho eu) ao que a autora quis passar aos leitores.

De Coração para Coração conta a história de três adolescentes que tem seus caminhos cruzados por meio de um acidente e um transplante cardíaco. São elas, Kassey, Elowyn e Arabeth. Elowyn é a menininha do papai, dotada de uma personalidade forte e um temperamento instável que se equipara ao de um vulcão. Kassey, sua melhor amiga inseparável, encontrou em Elowyn a irmã que nunca teve e a ama com todas as suas forças. Já Arabeth, é uma jovem que perdeu seu pai para uma guerra e possui um coração doente, que lhe impede de viver uma vida normal.

É por conta de uma tarde chuvosa recheada de desentendimentos e sofrimento, coincidindo com uma opção marcada em certa carteira de motorista que o mundo dessas três meninas vai sofrer uma grande reviravolta. Poderá Kassey superar toda sua dor e pranto? Arabeth conseguirá realizar seus sonhos? Será Elowyn eterna? É lendo este livro que você vai descobrir.

Quando comecei a leitura, não me surpreendi por não ter dificuldades em acompanhar o ritmo com que Lurlene McDaniel conduz sua narrativa. Alternado entre os pontos de vista de Kassey e Arabeth, o livro gira em torno de superação, união familiar, amizade (e um tema muito sério: a doação de órgãos), mas a autora não perdeu a linha e foi capaz de me transportar para essa história forte com muita leveza e simplicidade. Em nenhum momento a leitura se tornou cansativa e a primeira pessoa utilizada me aproximou muito das personagens, fazendo com que me rendesse à sensibilidade da história com mais facilidade.

O desenvolvimento da trama é muito bom e os assuntos são devidamente explorados, embora eu tenha sentido falta de um pouco mais de aprofundamento no que se diz respeito à doação de órgãos e a memória celular (é quando o receptor do órgão possui vestígios de gostos ou atitudes de seu doador), dois componentes do plot que a autora escolheu. No caso da doação, não fica tão explícita a parte mais técnica do assunto e quais são os processos envolvidos. Já a memória celular, mesmo que seja um tema não comprovado pela medicina, podia ter sido manejado de maneira mais elaborada.

As personagens foram bem apresentadas, bem como suas características marcantes e respectivas histórias. Em diversos momentos, me identifiquei muito com cada uma das três meninas, seja por seu temperamento, manias ou desejos. E esse é o ponto-chave do enredo, não tem como você não se sentir próximo de tudo o que está acontecendo e desejar que as coisas fossem diferentes. Mas aí encontra uma faca de dois gumes, pois uma escolha afeta a outra.

Dessa forma, é impossível não derramar várias lágrimas durante a leitura. A proximidade com o que elas estão passando e a sensibilidade que a autora usou para narrar todos os fatos é tão grande que é impossível não se ver no meio de um furacão de emoções e sentimentos. Esse é um livro muito tocante e principalmente, reflexivo, que não dá para tirar dos pensamentos mesmo que tenha sido lido há muito tempo.

É muito duro acompanhar tanto a recuperação de Arabeth quanto a superação da família de Elowyn e Kassey durante as três partes do livro, mas é lindo ver como alguém pode ter sua vida mudada apenas por receber um órgão de outra pessoa. E ainda que o livro aborde um tema denso e desafiador, a leitura do mesmo não me foi algo masoquista. É uma obra que eu recomendo e já até emprestei para a minha amiga, leitura praticamente obrigatória.


09/02/2014

[Resenha] Álbum de Casamento



Autor: Nora Roberts

Editora: Arqueiro

Páginas: 288

Preço: 19,49 no Extra.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Quando crianças, as amigas Parker, Emma, Laurel e Mac adoravam fazer casamentos de mentirinha no jardim. E elas pensavam em todos os detalhes. Depois de anos dessa brincadeira, não é de surpreender que tenham fundado a Votos, uma empresa de organização de casamentos bem-sucedida. Mas, apesar de planejar e tornar real o dia perfeito para tantos casais, nenhuma delas teve no amor a mesma sorte que tem nos negócios. Até agora. Com várias capas de revistas de noivas no currículo, a fotógrafa Mac é especialista em captar os momentos de pura felicidade, mesmo que nunca os tenha experimentado em sua vida. Por causa da separação dos pais e de seu difícil relacionamento com eles, Mac não leva muita fé no amor. Por isso não entende o frio na barriga que sente ao reencontrar Carter Maguire, um colega de escola com o qual nunca falara direito. Carter definitivamente não é o seu tipo. Professor de inglês apaixonado pelo que faz, ele cita Shakespeare e usa paletó de tweed. Por causa de uma antiga quedinha por Mac, fica atrapalhado na frente dela, sem saber bem como agir e o que falar. E mesmo assim ela não consegue resistir ao seu charme. Agora Carter está disposto a ganhar o coração de Mac e convencê-la de que ela é capaz de criar suas próprias lembranças felizes.


As expectativas para a leitura estavam bem altas quando comecei a ler Álbum de Casamento. A premissa me interessou muito e o fato de cada livro da série ser narrado por uma personagem, ainda mais.

A edição proporcionada pela Editora Arqueiro ficou bem simples, porém agradável, como sempre. Só acho que eles poderiam inovar um pouquinho mais na diagramação do livro, que costuma ser sempre a mesma coisa, independente do tema que o mesmo aborde. A revisão ficou impecável e curti muito a tradução, além do design da capa.

Álbum de Casamento é o livro introdutório à série Quarteto de Noivas e fala sobre a vida de quatro mulheres que juntas, organizam uma empresa de casamentos. Nesse livro, teremos o foco em Mac, uma mulher apaixonada por registrar os sentimentos alheios através de suas lentes, mas que não tem muita experiência na área da felicidade. Filha de pais divorciados, ela não recebeu muita atenção do pai durante sua vida inteira, ao passo que sua mãe vive trocando de namorados e apelando para o drama, só a chamando quando precisa. Todo esse histórico familiar conturbado fez com que Mac não acreditasse mais no amor e em sentimentos verdadeiros, muito menos no casamento e seu significado, apesar de trabalhar com isso diariamente.

Mas tudo isso tende a mudar quando ela reencontra Carter, um rapaz em quem nunca tinha reparado antes e que agora surte um estranho efeito sobre ela. Ele é o último homem com quem planejaria se envolver: amante dos paletós de tweed e de Shakespeare, professor de inglês em sua antiga escola e um estabanado de carteirinha, ele vai mostrar a Mac que o amor pode ser muito menos complicado e doloroso do que parece.

Mal comecei o livro, me senti dominada pela escrita gostosa e super fluida da autora. Fiquei feliz em comprovar que sua reputação é merecida, já que estava morrendo de medo de ter que lidar com um daqueles romances melosos e chatinhos. Que nada! Nora conduz suas personagens de forma leve e convidativa, prendendo o leitor a cada página virada, em um ritmo envolvente e com descrições agradáveis de se imaginar.

Dessa forma, foi uma ótima experiência vivenciar a rotina tranquila de Mac, que se revelou uma personagem forte e decidida, porém, com a mãe no papel de seu calcanhar de Aquilles. Mesmo com esse probleminha, gostei muito do desenvolvimento da personagem, que é firme e não possui controvérsias. Mesmo com seus defeitos, Mac é madura e sábia em suas decisões, não é fã de mimimis e não me irritou ao decorrer da história. Ponto para ela!

Já Carter é o tipo de nerd que não me deixou enjoada com seu comportamento fofo. Pelo contrário! Adorei o fato da autora saber trabalhar suas características de forma que o personagem parecesse real aos meus olhos. Não tem como não se apaixonar por esse mocinho, ainda que ele não seja lá um bad boy. Tudo bem que ele lembrou muito o meu namorado, o que me fez gostar muito mais dele, mas não foi só por isso que fiquei torcendo para que ele conseguisse derreter o coração da protagonista.

O que contou muito como um ponto positivo para o casal foram os diálogos sarcásticos que estão presentes durante toda a leitura. Eu amo sarcasmo e encontrar diálogos inteligentes com esse elemento-surpresa é uma das melhores coisas do mundo, no meu ponto de vista de leitora. Outra coisa que gostei muito no casal, que apelidei carinhosamente de Cartenzie, foi o nível de amizade e companheirismo que eles possuem. Até que enfim uma dupla que não fosse só beijos e pegação, né gente? Zerou!

E no que se trata das outras integrantes da Votos, Nora também não deixou a desejar, pois me afeiçoei a cada uma delas. Não dá para não querer saber mais sobre a eficiente Parker, a sentimental Emma e a sarcástica Laurel. Mas o que mais me chamou a atenção sobre essas mulheres foi a amizade que as une e a mensagem que a autora nos passa através dela. É muito lindo presenciar o quanto uma se importa com a outra e mesmo trabalhando, a maneira com que estão sempre se divertindo e agindo juntas, seja apenas por meio de tiradas irônicas ou avisos disfarçados de conselhos.

Os conflitos de fundo também foram muito bem trabalhados e a autora sobre medir o nível de tensão imposta sobre as problemáticas de acordo com as características de cada personagem. Gostei muito do arranjo final e a maneira crível com que Mac lidou com as situações e soube resolver os problemas.

Por fim, quero todos os outros livros que vão vir a seguir, estou apaixonada por esse universo! O lançamento de Mar de Rosas está previsto para esse mês e mal posso esperar para tê-lo em minha estante, já que a personagem da vez vai ser a Emma, responsável pelos arranjos de flores das noivas e decoração dos casamentos. Mais um favorito para a minha lista, recomendo à todos os fãs de romance!


04/02/2014

Lançamentos da Editora Novo Conceito #13

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Hoje venho apresentá-los aos mais recentes lançamentos da Editora Novo Conceito, no caso, de fevereiro de 2014.

Eu estou super ansiosa para receber a minha caixinha e compartilhar minhas leituras com vocês. Acompanhem!


É possível amar alguém tão plenamente que a pessoa não pode morrer? Entre o amor e o destino, entre a luz e a escuridão, milagres podem acontecer! Em uma noite especialmente fria, o exímio mecânico – e larápio – Peter Lake consegue invadir uma mansão do Upper West Side que mais parece uma fortaleza. Ele pensa que não há ninguém em casa, mas a filha do dono o surpreende em plena ação. Assim começa o romance entre o ladrão de meia-idade e Beverly Penn, uma jovem que tem pouco tempo de vida. O amor que os une é tão poderoso que levará Peter Lake, um homem simples e sem instrução, a desejar parar o tempo e trazer os mortos de volta. Surpreendente e intenso, "Um Conto do Destino" nos transporta do século 19 ao final do século 20, na virada do milênio. Os personagens se encontram e se perdem ao sabor do destino, que insiste em brincar com aqueles que encontra pelo caminho. Uma pintura mágica da beleza e do amor, sobre a morte que desafia e sobre a vida que se afirma sobre ela.



Tully Hart é uma mulher ambiciosa, movida por grandes sonhos que, na verdade, escondem as lembranças de um passado de abandono e dor. Ela acredita que pode superar qualquer coisa ao esconder bem fundo os sentimentos de rejeição que carrega desde a infância... Até que sua melhor amiga, Kate Ryan, morre. Então, tudo começa a mudar para Tully, que se vê escorregando em um precipício cheio de memórias melancólicas e remédios para dormir... Dorothy Hart — ou Cloud, como era conhecida nos anos 1970 — está no centro do trágico passado de Tully. Ela abandonou a filha repetidas vezes na infância. Até que as duas se separaram de uma vez por todas. Aos dezesseis anos, Marah Ryan ficou devastada pela morte da mãe, Kate. Embora seu pai e seus irmãos se esforcem para manter a família unida, Marah transformou-se numa adolescente rebelde e inacessível em sua dor. Tully tenta aproximar-se de Marah, mas sua incapacidade para lidar com os sentimentos da afilhada acaba empurrando a menina para um relacionamento infeliz com um rapaz problemático. A vida dessas mulheres está intimamente ligada, e a maneira como elas vão rever seus erros e acertos constrói um romance comovente sobre o amor, a maternidade, as perdas e o novo começo. Onde há amor, há perdão...



Em um hospital em Bury St Edmunds, Daniel Blanchard está morrendo. A amiga Maggie May é sua companheira nesta jornada até o fim: senta-se ao seu lado todos os dias, segurando-lhe a mão e ouvindo histórias de sua vida, seus arrependimentos e seus segredos: os filhos que nunca conheceu e que, provavelmente, nunca conhecerá. Lydia, Dean e Robyn não conhecem o pai e também não se conhecem. Ainda... Todos eles estão passando por uma fase de mudanças e de dificuldades: Lydia carrega as cicatrizes de uma infância traumática e, embora seja rica e bem-sucedida, sua vida é solitária e confusa. Dean é um jovem sobrecarregado por uma responsabilidade imprevista, cuja vida está indo para lugar nenhum. E Robyn começou a faculdade de medicina, mas sente que alguma coisa não está certa. Três jovens com histórias muito diferentes, mas que se sentem igualmente perdidos e à procura de alguma coisa, como se faltasse um elo para dar sentido às suas vidas. E então, quando eles percebem que seus caminhos estão se cruzando, tudo começa a mudar...



A vida de quatro mulheres muito diferentes se entrelaçam de formas inesperadas neste novo romance da autora best-seller Jennifer Weiner. Cada mulher tem um problema: Jules Widgren, formanda de Princeton precisa de dinheiro para ajudar o pai dela a curar seu vício; A dona de casa Annie Barrow está desesperada para ficar financeiramente estável; India Bishop anseia por ter um filho, um desejo que sua enteada Bettina só pode considerar com profundo ceticismo até ela se encontrar em uma situação inesperada. Dramas interligados, concebidos para enredar o leitor e construir um best-seller.



ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.



De repente acontece fala daquelas paixões que começam do jeito errado e têm tudo para terminar errado – mas, depois de ler a última página, a gente acredita que o amor existe. Se você é uma menina, este livro vai ajudá-la a entender o que se passa na cabeça dos garotos. Se é um menino... Bem, se você é um menino, também vai gostar de De repente acontece. Uma história simpática, com cara de vida real. E que poderia acontecer com você ou com a sua melhor amiga!



Galen é o príncipe de Syrena enviando à terra para encontrar uma garota que pode se comunicar com peixes. Emma está de férias na praia quando ela litaralmente corre de encontro a Galen. Ambos sentem um conexão, mas vai demorar vários encontros incluindo um mortal com um tubarão para Galen se convencer dos dons de Emma. Agora se ele pelo menos pudesse convencer Emma de que ela segura consigo a chave para seu reino... Contado a partir de ambos dos pontos de vistas, Emma e Galen, aqui está uma história de peixe fora d'água, humor que intriga e ondas de romance.



Depois que a Prime Destinations foi demolida, Callie pensou que teria paz para viver ao lado do ir- mão, Tyler, e do amigo, Michael. O banco de corpos foi destruído para sempre, e Callie nunca mais terá de alugar-se para os abomináveis Enders. No entanto, ela e Michael têm o chip implantado no cérebro e podem ser controlados. Além disso, o Velho ainda se comunica com Callie. O pesadelo não terminou. Agora, Callie procura uma maneira de remover o chip – isso pode custar sua vida, mas vai silenciar a voz que fala em sua mente. Se continuar sob o domínio dos Enders, Callie estará constantemente sujeita a fazer o que não quer, inclusive contra as pessoas que mais ama. Callie tem pouco tempo. Obstinada por descobrir quem é de fato o Velho e desejando, mais que tudo, uma vida normal para si e para o irmão, ela vai lutar pela verdade. Custe o que custar.


03/02/2014

[Resenha] Beastly



Autor: Alex Flinn

Editora: Harper Teen

Páginas: 300

Preço: 26,91 na Livraria Cultura.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2007











Sinopse: A beast. Not quite wolf or bear, gorilla or dog but a horrible new creature who walks upright—a creature with fangs and claws and hair springing from every pore. I am a monster.

You think I'm talking fairy tales? No way. The place is New York City. The time is now. It's no deformity, no disease. And I'll stay this way forever—ruined—unless I can break the spell.

Yes, the spell, the one the witch in my English class cast on me. Why did she turn me into a beast who hides by day and prowls by night? I'll tell you. I'll tell you how I used to be Kyle Kingsbury, the guy you wished you were, with money, perfect looks, and the perfect life. And then, I'll tell you how I became perfectly . . . beastly.


Beastly foi um presente super inesperado que meu namorado resolveu me dar. Desejado por mim há bastante tempo, essa releitura de Beauty and the Beast não demorou muito para ser devorada por meus olhos e imaginação de leitora viciada. Como sou muito fã da história original, as expectativas estavam a mil, o que fez com que eu assistisse o filme antes de começar a ler o livro, tamanha curiosidade eu carregava comigo.

Não sou de curtir capas com o design do filme, mas essa me agradou mais do que a brasileira. A diagramação ficou bem simples e agradável de se ler, com o tamanho grande de fonte que me dá alívio nos olhos e espaçamento perfeito. Só achei alguns errinhos mínimos de revisão e fiquei bem satisfeita com o trabalho total de edição, no geral.

Essa releitura conta a história de Kyle Kingsbury, um rapaz rico, bonito... E arrogante. Superestimado por todos na escola, Kyle tem o costume de ridicularizar seus colegas apenas por suas aparências ou personalidades, tendo aprendido muito disso com seu pai, um figurão de alta influência que está sempre presente nos noticiários americanos. É brincando com uma bruxa disfarçada de estudante que o garoto acaba sendo transformado em uma besta peluda e assustadora, com dentes pontudos e garras afiadas. Sua única saída? Amar e ser amado verdadeiramente por alguém que possa ver além de sua feiura, provando esse amor com um beijo em até dois anos depois da transformação. Será que ele conseguirá sair dessa?

Começando a leitura, me deparei com a escrita fácil e descritiva de Alex Flinn. O vocabulário utilizado pela autora é tranquilo de se acompanhar e por mais que eu tenha encontrado algumas gírias ao longo da leitura, não tive dificuldade em me adaptar a elas. A narrativa de Alex é tão gostosa e tranquila que as páginas passaram voando e todos os fatos se desenvolveram de maneira rápida e fluida. O plot criado por ela é criativo e ao mesmo tempo, atende à todas as necessidades e características do original, mas adaptando-se ao mundo que conhecemos.

Se eu já era apaixonada por Beauty and the Beast, esse se tornou um dos meus contos de fada favoritos depois dessa releitura. Os fatos são tão próximos da nossa realidade, que mesmo habituados em New York City, foi fácil me colocar no lugar dos personagens e viver a história como se ela estivesse acontecendo comigo. Quer ver só? Junte o confinamento de Kyle com o fato de que eu estava de férias durante a leitura (leia-se: confinada em casa) e bingo! Você tem a realidade dele. Eu estava tão compenetrada na história que até mesmo esqueci o ano de estudos que tenho pela frente. Achei isso muito legal, pois nunca tinha acontecido durante uma leitura.

Outro ponto super positivo são os personagens, me fascinei por cada um deles. Não tem como não ter pena do caráter desafiador e terrivelmente superficial de Kyle, ao mesmo tempo que o encanto flui ao redor de suas mudanças enquanto Beast. Em parte, gostei muito que o livro tenha sido narrado em primeira pessoa no ponto de vista do mesmo, já que no longa da Disney temos a ótica de Belle (não vou citar o nome dela na releitura para deixar tudo mais interessante).

Os personagens secundários também não se perdem no pano de fundo. Will, Magda e Pilot são adoráveis, assim como os outros seres transformados que aparecem a cada final de capítulo, na sala de bate-papo que Beast frequenta para não se deixar abalar pela solidão (um tipo de AA para pessoas amaldiçoadas/transformadas por bruxas, olha que legal!) e na qual acaba dividindo suas experiências na luta para quebrar a maldição.

Entre todos esses secundários, quero dar destaque à Kendra, uma personagem que me tocou inexplicavelmente (e que tem o sua história contada em um livro) e ficou vagando por minha cabeça durante um tempão após a leitura. E diferente do desenho da Disney e do que se possa imaginar, a Belle desse livro não chama tanto a atenção do leitor. Mas confesso que nem liguei para essa diferença, sabem? Me vi totalmente conquistada pelo personagem principal, Beast desde a primeira página. Mesmo sendo desumano no começo do livro por diversas vezes, sua mudança ocorreu sem que o personagem fosse descaracterizado, o que me fez gostar mais ainda dele (e de Alex Flinn, obviamente).

Mais um detalhe que me fez suspirar foi a frequência com que os personagens mencionavam clássicos estrangeiros conhecidos e relativos à maldição de Beast. Para se confortar, ele se habitua a ler livros como Frankenstein, O Retrato de Dorian Gray e O Corcunda de Notre Dame, obras que fiquei com vontade de ler assim que fechei o livro. A Belle também falou milhões de vezes a respeito de Jane Eyre, outra obra que vou me apressar em adquirir.

Apaixonada pelos personagens e envolvida no ritmo da leitura, me peguei presa no meio de um turbilhão de emoções. Chorei, ri, gritei e me desesperei muitas vezes enquanto tinha meu exemplar em mãos. Claro que não pude deixar de abraçá-lo ao final da leitura, né? Seja pelo ritmo, pelos personagens ou pela história (linda!) em si, Beastly me cativou totalmente e me mostrou o quanto o amor pode ser mágico e mudar totalmente a vida de alguém. Recomendo à todos os leitores e agora vou correr atrás das outras releituras escritas pela Alex, já que quero conferir a história dos outros usuários do bate papo, um gancho estrategicamente criado pela autora.


01/02/2014

Lançamentos do LeYtoras! #2

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Fevereiro já chegou e com ele, o grupo LeYtoras tem mais novidades para vocês. Hoje quero lhes apresentar seus lançamentos de fevereiro de 2014!

Curiosos? Então venham comigo!


Em 2009, a autora best-seller do New York Times Eloisa James deu um passo com o qual muitas pessoas sonham: vendeu a casa, tirou um ano sabático no emprego de professora universitária de Literatura Shakespeariana e mudou-se com a família para Paris. Paris Apaixonada: Um Livro de Memórias registra seu alegre ano em uma das mais belas cidades do mundo.

"No início do nosso ano na França, eu decidira que comeria de maneira aventureira enquanto estivesse aqui e, neste espírito, eu havia pedido uma iguaria local: tête de veau. Cabeça de vitela. Agora eu via que a tête havia sido transformada em uma pequena torta – sobre a qual uma crista de galo avermelhada e flácida servia de decoração. Monsieur le Garçom reapareceu e explicou que a crista de galo cozida era o acompanhamento perfeito para uma torta recheada de cérebro e que eles deveriam ser consumidos juntos. Foi quando Luca abandonou seu protesto silencioso e fez sua primeira contribuição para sua festa de 16 anos: um exagerado barulho de regurgitação."



Niki Segnit organiza 99 ingredientes essenciais da cozinha e nos mostra como podemos combiná-los. Sugere desde os pares mais clássicos, como maçã e canela, tomate e manjericão, aos mais inusitados, como caviar e chocolate branco. Esta edição inclui a pesquisa da autora de algumas harmonizações tipicamente brasileiras, como queijo e goiabada, cenoura e chocolate, entre outras.
A roda de sabores que ilustra a capa é um verdadeiro guia de combinação de sabores. Com as sugestões da autora, o leitor pode unir componentes à sua maneira, montar pratos originais e se aventurar com receitas inovadoras. Dicionário de sabores é temperado com ciência culinária, cultura e conhecimento especializado, e promete uma leitura contínua, instigante e apetitosa.

Um guia requintado para a harmonização de sabores. - Observer

Simplesmente uma obra-prima. - Sunday Times.

Obra GANHADORA do prêmio André Simon.



Na ilha da Madeira, na segunda metade do século XIX, Eugénia Maria se desespera com o estado de saúde da sua filha Isabel. Aos quinze anos e vítima de tuberculose, a menina parece cada dia mais fraca e desacreditada pelos médicos. Para animá-la, a mãe resolve contar-lhe o segredo da própria paternidade, sobre o qual Isabel nunca deixara de fazer perguntas. Mas a história começa, naturalmente, muito antes, em 1775, quando nasceu a avó da garota, que foi aia da princesa Carlota Joaquina. Livro de estréia de Cristina Norton no Brasil, em O SEGREDO DA BASTARDA o leitor irá acompanhar a vida fascinante de Eugénia de Menesses, uma das netas do marquês de Marialva, educada no Brasil por uma mestra com idéias de independência e, mais tarde, dama da corte e aia da princesa prometida de Dom João VI.


E aí, curtiram?

Deixem seus comentários para que eu leia mais tarde! :)

Até mais!