Autor: Alex Flinn
Editora: Harper Teen
Páginas: 300
Preço: 26,91 na Livraria Cultura.
Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada
Ano: 2007
Sinopse: A beast. Not quite wolf or bear, gorilla or dog but a horrible new creature who walks upright—a creature with fangs and claws and hair springing from every pore. I am a monster.
You think I'm talking fairy tales? No way. The place is New York City. The time is now. It's no deformity, no disease. And I'll stay this way forever—ruined—unless I can break the spell.
Yes, the spell, the one the witch in my English class cast on me. Why did she turn me into a beast who hides by day and prowls by night? I'll tell you. I'll tell you how I used to be Kyle Kingsbury, the guy you wished you were, with money, perfect looks, and the perfect life. And then, I'll tell you how I became perfectly . . . beastly.
Beastly foi um presente super inesperado que meu namorado resolveu me dar. Desejado por mim há bastante tempo, essa releitura de Beauty and the Beast não demorou muito para ser devorada por meus olhos e imaginação de leitora viciada. Como sou muito fã da história original, as expectativas estavam a mil, o que fez com que eu assistisse o filme antes de começar a ler o livro, tamanha curiosidade eu carregava comigo.
Não sou de curtir capas com o design do filme, mas essa me agradou mais do que a brasileira. A diagramação ficou bem simples e agradável de se ler, com o tamanho grande de fonte que me dá alívio nos olhos e espaçamento perfeito. Só achei alguns errinhos mínimos de revisão e fiquei bem satisfeita com o trabalho total de edição, no geral.
Essa releitura conta a história de Kyle Kingsbury, um rapaz rico, bonito... E arrogante. Superestimado por todos na escola, Kyle tem o costume de ridicularizar seus colegas apenas por suas aparências ou personalidades, tendo aprendido muito disso com seu pai, um figurão de alta influência que está sempre presente nos noticiários americanos. É brincando com uma bruxa disfarçada de estudante que o garoto acaba sendo transformado em uma besta peluda e assustadora, com dentes pontudos e garras afiadas. Sua única saída? Amar e ser amado verdadeiramente por alguém que possa ver além de sua feiura, provando esse amor com um beijo em até dois anos depois da transformação. Será que ele conseguirá sair dessa?
Começando a leitura, me deparei com a escrita fácil e descritiva de Alex Flinn. O vocabulário utilizado pela autora é tranquilo de se acompanhar e por mais que eu tenha encontrado algumas gírias ao longo da leitura, não tive dificuldade em me adaptar a elas. A narrativa de Alex é tão gostosa e tranquila que as páginas passaram voando e todos os fatos se desenvolveram de maneira rápida e fluida. O plot criado por ela é criativo e ao mesmo tempo, atende à todas as necessidades e características do original, mas adaptando-se ao mundo que conhecemos.
Se eu já era apaixonada por Beauty and the Beast, esse se tornou um dos meus contos de fada favoritos depois dessa releitura. Os fatos são tão próximos da nossa realidade, que mesmo habituados em New York City, foi fácil me colocar no lugar dos personagens e viver a história como se ela estivesse acontecendo comigo. Quer ver só? Junte o confinamento de Kyle com o fato de que eu estava de férias durante a leitura (leia-se: confinada em casa) e bingo! Você tem a realidade dele. Eu estava tão compenetrada na história que até mesmo esqueci o ano de estudos que tenho pela frente. Achei isso muito legal, pois nunca tinha acontecido durante uma leitura.
Outro ponto super positivo são os personagens, me fascinei por cada um deles. Não tem como não ter pena do caráter desafiador e terrivelmente superficial de Kyle, ao mesmo tempo que o encanto flui ao redor de suas mudanças enquanto Beast. Em parte, gostei muito que o livro tenha sido narrado em primeira pessoa no ponto de vista do mesmo, já que no longa da Disney temos a ótica de Belle (não vou citar o nome dela na releitura para deixar tudo mais interessante).
Os personagens secundários também não se perdem no pano de fundo. Will, Magda e Pilot são adoráveis, assim como os outros seres transformados que aparecem a cada final de capítulo, na sala de bate-papo que Beast frequenta para não se deixar abalar pela solidão (um tipo de AA para pessoas amaldiçoadas/transformadas por bruxas, olha que legal!) e na qual acaba dividindo suas experiências na luta para quebrar a maldição.
Entre todos esses secundários, quero dar destaque à Kendra, uma personagem que me tocou inexplicavelmente (e que tem o sua história contada em um livro) e ficou vagando por minha cabeça durante um tempão após a leitura. E diferente do desenho da Disney e do que se possa imaginar, a Belle desse livro não chama tanto a atenção do leitor. Mas confesso que nem liguei para essa diferença, sabem? Me vi totalmente conquistada pelo personagem principal, Beast desde a primeira página. Mesmo sendo desumano no começo do livro por diversas vezes, sua mudança ocorreu sem que o personagem fosse descaracterizado, o que me fez gostar mais ainda dele (e de Alex Flinn, obviamente).
Mais um detalhe que me fez suspirar foi a frequência com que os personagens mencionavam clássicos estrangeiros conhecidos e relativos à maldição de Beast. Para se confortar, ele se habitua a ler livros como Frankenstein, O Retrato de Dorian Gray e O Corcunda de Notre Dame, obras que fiquei com vontade de ler assim que fechei o livro. A Belle também falou milhões de vezes a respeito de Jane Eyre, outra obra que vou me apressar em adquirir.
Apaixonada pelos personagens e envolvida no ritmo da leitura, me peguei presa no meio de um turbilhão de emoções. Chorei, ri, gritei e me desesperei muitas vezes enquanto tinha meu exemplar em mãos. Claro que não pude deixar de abraçá-lo ao final da leitura, né? Seja pelo ritmo, pelos personagens ou pela história (linda!) em si, Beastly me cativou totalmente e me mostrou o quanto o amor pode ser mágico e mudar totalmente a vida de alguém. Recomendo à todos os leitores e agora vou correr atrás das outras releituras escritas pela Alex, já que quero conferir a história dos outros usuários do bate papo, um gancho estrategicamente criado pela autora.
Quando esse livro foi lançado aqui no Brasil eu fiquei louca para ler mas o tempo passou e eu não adquiri o livro e até o presente momento nem lembrava mais dele. Sua resenha me fez - novamente! - querer ler. A Bela e Fera é um dos contos de fada que mais gosto. Acho ótimo que a autora tenha conseguido passar essa evolução do personagem sem que parecesse forçado. Sua resenha está incrível, aliás!
ResponderExcluirBeijo,
Naty.
Oi, Naty!
ExcluirQue booooom, fico tão feliz em ler comentários assim <3
Leia mesmo, estou doida atrás de outras releituras só por causa dessa autora danadinha hahahahaha.
Muito obrigada!
Beijos,
Natalia Leal