15/01/2015

[Resenha] Isla and the Happily Ever After



Autor: Stephanie Perkins

Editora: Dutton

Páginas: 352

Preço: 38,50 na Livraria Cultura

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
From the glittering streets of Manhattan to the moonlit rooftops of Paris, falling in love is easy for hopeless dreamer Isla and introspective artist Josh. But as they begin their senior year in France, Isla and Josh are quickly forced to confront the heartbreaking reality that happily-ever-afters aren't always forever.

Their romantic journey is skillfully intertwined with those of beloved couples Anna and Étienne and Lola and Cricket, whose paths are destined to collide in a sweeping finale certain to please fans old and new.


Depois de ter lido Anna e o Beijo Francês e Lola e o Garoto da Casa ao Lado, fiquei ansiosíssima ao saber do lançamento de Isla and the Happily Ever After. Posso até não ter me encantado tanto por Anna e Étienne, mas Lola e Crickett definitivamente me deixaram com um gostinho de quero mais. A vontade de ter mais do mundinho de Stephanie Perkins foi tanta que eu comprei o meu exemplar assim que pude, louca para tê-lo em mãos.

Quando ele chegou (brilhante em sua hardcover lisinha), mal pude acreditar na beleza dessas capas novas. Eu gostava muito do design dos casais e tal, mas essas fontes saltando dos livros... Ai, que glam, que divo, que phyno! Fiquei simplesmente apaixonada.

A diagramação ficou muito bem feita e a fonte, bem espaçada (para encanto dos meus olhinhos exigentes ♥), sem falar no começo de capítulo que esbanja delicadeza e romance. Se tem uma coisa que eu preciso destacar sobre a sensação de ter um hardcover bonito é a satisfação de pagar por algo satisfatório. Ah, a felicidade!

No momento em que comecei a ler o livro, não sabia direito sobre o que se tratava e que tipo de emoção ele iria me passar. Pra falar a verdade, o nome da autora me vendeu mais do que a história em si. Tinha para mim que se Isla me arrebatasse tanto quanto Lola, estava de bom tamanho e eu não ia reclamar. Acontece que quando eu fui ler a sinopse, algo brilhou aqui dentro.

Sabe aquela sensação de saber exatamente pelo que a personagem está passando? Pois é. No caso, Isla é uma jovem que estuda em uma escola meio americana, meio francesa localizada em Paris. Ela tem uma crush por Josh há três anos, um cartunista que se desafiou a escrever uma graphic novel a respeito de si mesmo.

Apaixonada e sem saber o que fazer para atrair sua atenção, ela se vê deslumbrada quando Josh começa a correspondê-la. Mas aí outros dilemas entram no caminho dos dois e o futuro clama pela grande decisão: o que acontecerá após a formatura? Que caminhos os dois vão tomar? Será que ficarão juntos? Se separarão? Poderá o amor resistir às artimanhas do destino? É o que a premissa de Isla and the Happily Ever After promete responder.

Dois jovens descobrindo o amor em meio à uma cidade que respira paixão? Parece extremamente romântico, eu sei. Mas não foi isso que me atraiu na trama. Além do cenário parisiense vs. nova iorquino que o permeia, o que me levou a ler esse livro foi justamente o fato de eu ter levado sua premissa para o lado pessoal. Eu não conseguia deixar de me ver na Isla no que diz respeito a seus questionamentos a respeito do futuro, suas dúvidas e inseguranças.

O que ser? Que caminho seguir? O que fazer quando crescer? Apesar de já ter a minha rota traçada, foram essas perguntas que mais me trouxeram para perto da protagonista. Acredito que sejam esses questionamentos que farão várias adolescentes se identificarem com Isla também, porque nessa fase (terceiro ano, vestibular, transição da escola para a universidade) essas perguntas são as que mais passam pela nossa cabeça.

Fora esses questionamentos básicos que toda adolescente enfrenta em determinado ponto da vida, me identifiquei também com o jeitinho tímido de Isla. Apesar de viver uma situação bem diferente da minha, por vezes eu me senti como se estivesse no lugar dela, independente do cenário ou estilo de nossas vidas. Achei isso muito legal, sabem? Dessa forma, todas as leitoras poderão encontrar um pedacinho de si na personagem.

Outra coisa que me encantou bastante no livro foi o romance fácil que vai se desenrolando com o passar das páginas. Mas fácil só na maneira com que os personagens se apaixonam, ok? Ambos tem seus problemas e suas preocupações para resolver e superar, situações que fizeram com que o romance se tornasse cada vez mais realista aos meus olhos. Me senti tão envolvida pelas cenas românticas que encontrei justiça na citação "Stephanie Perkins é a Jane Austen de nossa geração".

E o que falar das aparições de Lola, Cricket, Meredith, Anna e St. Clair? Por favor, alguém (não) segura o meu coração! Juro que as batidas ficaram um pouquinho mais rápidas quando me deparei com essa turma maravilhosa nas páginas do livro. Deu até vontade de reler os outros dois em inglês!

Fazendo um desabafo rápido, a verdade é que não estou pronta para me despedir dessa trilogia. Teoricamente, esse teria que ser o último livro, mas não consigo me desapegar desse universo, hahaha. Lembro que não curti muito Anna e o Beijo Francês quando li, mas pretendo dar uma nova chance só pra não me despedir.

E isso é tudo pra hoje, pessoal! Espero que vocês tenham gostado da resenha e que deem uma chance a Isla e Josh, porque eles merecem. Com certeza essa leitura encontrou seu lugar no meu hall especial de favoritos, hahaha. Recomendo para todos os públicos!


01/01/2015

Retrospectiva literária 2014



Feliz ano novo, pessoal!

Como de praxe, hoje eu venho trazer mais uma retrospectiva (♥) para vocês. Gosto muito de olhar para trás, porque é assim que a gente vê o quanto melhorou e progrediu. 2014 foi um ano muito tumultuado para mim, mas também teve muitas coisas boas. Sei que 2015 vai me trazer desafios e escolhas muito maiores - ano de vestibular, essa novela a maioria de vocês já assistiu - e espero obter sucesso durante todos eles.

Mas agora é hora de falar sobre tudo o que rolou ano passado, do ponto de vista literário. Já sei que li bastante (ultrapassei a meta estipulada, uhul!) e percebi que muitas das leituras foram bem aproveitadas.

Estão prontos para saber como foi?

- Meta de Leitura: 70 livros.
- Quantos livros eu li: 80 (YAY) livros.

Melhor livro de fantasia: Trono de Vidro, sem sombra de dúvidas! Gostei muito do cenário, da protagonista e de toda a trama. Inigualável, repleto de ação e com uma pitadinha de magia, esse livro me agarrou pela mente e não soltou mais! Virei fã declarada da série e estou muito ansiosa para o lançamento dos outros livros da mesma.

Melhor suspense: Novembro de 63, sem nem pestanejar. Narrada por Jake Epping e escrita pelo mestre King, essa foi uma história que me arrebatou a ponto de devorar todas as suas 730 páginas sem reclamar. Um suspense cheio de ação, com climax perfeito e cenas de roer as unhas de todos os dedos, esse foi um livro que com certeza marcou meu ano.

Melhor distopia: Posso ter lido pouquíssimos livros do gênero esse ano, mas sem dúvidas, o que merece a classificação é The Darkest Minds. Leitura do finalzinho do ano, essa distopia me cativou muito e fez com que eu ficasse ávida por mais livros do gênero (que já comprei e planejo ler durante as férias). Considerei essa como uma leitura especial, pois me fez ter mais gosto pelo texto íntegro, no caso, em inglês. Eu achava que seria muito difícil ler distopias em sua língua original. Pode até ser difícil, mas ler The Darkest Minds me mostrou que não é impossível.

Melhor romance: Fiquei muito em dúvida na hora de eleger essa categoria, mas não tenho como fugir de classificar Todo Dia como o melhor romance lido no ano. Eu amei tudo nesse livro - os personagens, a mensagem que ele passa, a escrita do autor, o romance - e não posso deixar de destacar o quanto a leitura dele é importante. Nesse romance, David Levithan defende um ponto de vista muito interessante a respeito do amor ao descaracterizar seu personagem fisicamente. Isso me deixou muito intrigada e fez com que ao meu ver, essa obra se tornasse um must read. Acho que todas as pessoas deviam adotar esse ponto de vista (de que o amor é válido de todas as formas) e levar a sério a proposta desse Young Adult, que é maravilhoso.

Melhor clássico: Esse ano só li um clássico, mas acho que se tivesse lido outros teria escolhido A Viuvinha do mesmo jeito. Me encantei com a maneira com que o autor manuseou suas palavras e a caracterização dada a seus personagens, bem como o cenário que descrevia. Esse ano devo ler outras duas obras dele que já possuo - Lucíola e O Guarani - para o vestibular. Em consequência disso, devo estar fazendo alguns posts sobre a importância de ler os clássicos da nossa literatura.

Melhor nacional: Vai parecer até marmelada, mas nem ligo! O melhor nacional que li em 2014 foi A Máquina de Contar Histórias, livro que é do meu autor favorito (Maurício Gomyde) e me emocionou demais por tratar de relações familiares com profundidade e sensibilidade muito tocantes. Foi impossível resistir às gracinhas de Vida, aos chiliques de Valentina e aos esforços que Vinicius fazia para manter sua família unida em meio às dificuldades. Sem dúvidas, um dos livros que guardei no coração.

Autor revelação: O prêmio de revelação desse ano vai para R.J Palacio! David Levithan e Sarah J. Maas escrevem muito bem e me deslumbraram muito com sua escrita, mas me admirei mesmo foi pelo jeito com que Palacio me guiou através da história de Auggie, em Extraordinário. Não satisfeita, a autora ainda me deixou em lágrimas ao me apresentar a vida de Julian, em O Capítulo do Julian. Dona, a senhora é destruidora mesmo, hein?

Melhor casal: E o casal mais intenso, sexy e apaixonado que eu tive o prazer de conhecer foi Karou e Akiva! Uma vez que você descobre a história completa desse amor que superou eras e mundos, não tem como não se render a paixão desses dois. Não vou falar nada por medo de deixar algum spoiler no ar, mas eles são tão amorzinho! Não tem como deixar de amar, muito sério! *fangirl*

O protagonista que mais me cativou: Acho que para essa vocês já sabem a resposta, né? Senhoras e senhores, meninos e meninas, Celaena Sardothien! Dotada de uma destreza invejável, petulância sem igual e uma frieza de gelar os ossos quando necessário, essa garota me conquistou já nas primeiras páginas. Vou resumir pra vocês: ela é uma assassina super badass que sabe usar do bom e velho senso de humor! E ainda digo mais, fico feliz por ter uma heroína tão fantástica representando o time feminino, hihi.

O personagem secundário que mais se destacou: Will, de Casa de Segredos e A Batalha das Bestas. Tomei um amor sem igual por esse rapaz sem nem perceber! Ele é tudo de bom: fofo, sarcástico, valente e muito enrolado, hahaha. Não teve jeito! Tentei, mas não consegui resistir a seu old fashioned charm quando o encontrei novamente em A Batalha das Bestas. Com certeza, durante esse ano que passou, ele foi o personagem secundário que mais me chamou atenção.


E isso é tudo que eu tenho para vocês a respeito de 2014, 'mores! Até tinha achado que tinha lido pouquinho porque fui surpreendida pela ressaca várias vezes, mas que nada! Li até mais do que já tinha lido na vida toda (em um ano), hahaha.

Espero que vocês tenham um 2015 incrível, cheio de alegria, paz, energia positiva e amor no coração. Sei que houve muitas ausências no blog durante esse ano que passou, mas pretendo tentar manter tudo funcionando durante esse ano novo, tá? Muito obrigada por me aturarem durante todo esse tempo!

Até mais!