23/12/2014

[Resenha] A Batalha das Bestas



Autor: Chris Columbus e Ned Vizzini

Editora: Galera Record

Páginas: 333

Preço: 25,84 na Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014
Após a derrota de Dahlia Kristoff, a vida dos Walker melhorou bastante. A Bruxa do Vento foi banida e eles agora estão ricos! Mas essa mudança no destino não trouxe a felicidade que eles esperavam e os irmãos estão tendo dificuldades em se encaixar na sua nova escola, Bay Academy. Brendon não consegue fazer amigos, Cordelia suspeita que suas aventuras podem ter afetado sua mente e Eleanor só quer que tudo volte a ser como antes.

Enquanto eles lidam com essas questões, Denver Kristoff procura por sua filha, Dahlia, e nenhum Walker estará a salvo enquanto ele não a encontrar. Evocá-la a São Francisco significa trazer à tona todos os perigos ligados a ela e arrastar os Walker de volta aos misteriosos mundos dos livros de Kristoff. Antigos inimigos farão escolhas surpreendentes e novos amigos precisarão se provar dignos de confiança conforme os Walker viajam de uma ponta do mundo a outra.


Acho que não é surpresa pra muitos que eu já estava esperando esse livro há um bom tempo. Para ser mais específica, desde a resenha de seu antecessor, que publiquei assim que terminei a leitura. Mal podia esperar para encontrar com os Walker novamente, por isso, fiquei surpresa quando a Galera Record anunciou que lançaria o segundo livro em novembro. Feliz da vida com a novidade, corri logo para solicitar o meu exemplar!

O trabalho gráfico de A Batalha das Bestas é tão chamativo quanto o do primeiro livro, transbordando vibração infantojuvenil através dessa ilustração maravilhosa. Cada início de capítulo é acompanhado de um desenho muito bem feito e a fonte é a mesma de antes, bem ajustada na página e com tamanho agradável.

Infelizmente, encontrei alguns errinhos na revisão que me incomodaram um pouco, alguns até me faziam ler de novo para tentar entender a palavra. Fiquei meio triste com a falta de cuidado, mas fica a dica para a editora trabalhar nisso aí. Achei a tradução sensacional, visto que combinou com as piadinhas do Brendan (♥) e não deixou a desejar em absolutamente nada.

Terminadas as aventuras que ocorreram em Casa de Segredos, a continuação começa narrando a situação da família Walker após o pedido de Eleanor, que enriqueceu os Walkers de maneira exorbitante. Em consequência disso, os meninos começam a estudar na Bay Academy, uma escola prestigiada e frequentada por filhos de banqueiros e milionários. Os problemas só começam quando Brendan e Eleanor percebem que não estão conseguindo se adaptar à escola nova e Cordelia passa a agir de maneira estranha tanto com seus irmãos, quanto com si mesma.

Confesso que comecei a ler esse livro com muito medo. Medo de não ter ação o suficiente para ser tão bom quanto o primeiro livro, medo de uma possível descaracterização dos personagens, medo de a trama se arrastar e a conclusão não me agradar. Só que não teve jeito, a partir do momento que a narrativa da dupla-maravilha me pegou de vez, foi só sucesso.

A escrita dos autores continua tão cativante quanto seus personagens, que são mais desenvolvidos nesse livro e crescem tanto em caráter, quanto em maturidade. Durante o desenrolar de A Batalha das Bestas, cada personagem é testado e algumas provações exigem que eles demonstrem o quanto o amor pela família é valioso para eles. Fiquei muito feliz por ter captado isso, já que o companheirismo e a solidariedade são valores importantes a se destacar.

Uma coisa que notei em relação ao primeiro livro, foi que esse possui muito mais ação. Os ganchos instigantes nos finais de capítulo também foram mantidos, mas senti uma correria maior e mais surpresas nesse volume, que se saiu ainda melhor do que seu antecessor. Há também a reaparição de alguns personagens citados em Casa de Segredos, cujos nomes não mencionarei por motivos de: spoilers.

Do livro inteiro, eu só não gostei de uma atitude da Cordelia que desmanchou meu coração em pedacinhos. Não vou dizer o que é porque é spoiler também, mas acho que vocês vão entender quando chegarem na tal parte. Foi plausível e não fugiu à coerência, mas eu não gostei porque ia contra tudo o que eu imaginava e mimimi. :(

Além disso, quero destacar o mega sarcasmo do Brendan e todas as suas piadinhas que me renderam risadas no metrô e em outros lugares públicos. Eleanor também me emocionou muito com toda a sua destreza e me fez querer ser mais próxima da família Walker. Mas quem sabe um dia? A última página do livro sugere um gancho irresistível para uma continuação. Será possível? Ficarei torcendo muito.

Não tenho muito o mais o que falar, a não ser que esse é um livro maravilhoso. Se vocês quiserem saber mais, recomendo que leiam a resenha do primeiro livro. Espero que dêem uma chance a essa duologia e se joguem no universo incrível criado por Chris Columbus e Ned Vizzini.


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