03/01/2014

[Resenha] Nada É para Sempre



Autor: Ali Cronin

Editora: Seguinte

Páginas: 270

Preço: 20,90 na Fnac.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse: Cass é a namorada fiel. Ashley não leva nada a sério. Donna é festeira. Ollie é mulherengo. Jack é esportista. Rich talvez seja gay. Mas e Sarah? Os amigos sempre tiram sarro dela por ser certinha demais, mas ela só está esperando pelo cara certo e agora tem certeza de que o encontrou. Será que ele sente a mesma coisa? Ou tudo não passa de uma paixão de verão? Acompanhe o emocionante último ano de escola de quatro garotas e três garotos de dezoito anos.


A série Garota Ama Garoto é uma dessas que eu queria ler há muito tempo e, em razão disso, já ocupava seu lugar em minha lista de desejados. Mas como essa lista sempre costuma estar bem grande, confesso a vocês que não tinha esperanças de riscar os exemplares que da tal série da lista, não. Mas como o natal chegou e com ele, meus parentes resolveram me dar livros de presente, uma oportunidade surgiu para que isso fosse resolvido. Não deu outra: depois de conferir algumas resenhas, coloquei logo de cara os primeiros quatro livros da série no carrinho e finalizei minha compra.

Já levei um susto quando tirei o livro do plástico, pois me deparei com uma capa irritantemente soft touch. Não sabe qual o problema com esse tipo de acabamento? Vou te explicar: é o tipo de capa que me deixa bem nervosa, pois ainda que ela seja bem macia, cada vez que você a toca surge uma marquinha do seu suor/oleosidade da mão. Eu não sei ao certo se a capa absorve a oleosidade, ou qualquer coisa do tipo, mas quando você termina de ler o livro, o resultado é uma capa toda marcada por impressões digitais, o que me deixa mega incomodada.

Deixando esse detalhe de fora, o design da capa me agradou bastante. Se você reparar, no verso da capa existem ondas se fundindo com o rosa do design, detalhe que eu achei super fofo e que combinou muito com a história. A diagramação é super simples, porém fofinha e bonita. A tipografia também é muito agradável e as páginas são amarelas, a gosto da maioria dos leitores.

Esse é o livro introdutor da série. Num todo, Garota Ama Garoto tem como o objetivo apresentar a vida de sete adolescentes prontos para passar pelo último ano colegial de suas vidas, sendo eles Sarah, Ashley, Cass, Donna, Ollie, Jack e Rich. A autora resolveu começar com Sarah, a mais virginal e comportadinha do grupo. Leiga na arte do sexo, a garota vive se ressentindo por não ter histórias como as de seus amigos para contar, até passar pela sua primeira experiência, durante uma viagem de verão na Espanha.

Acontece que como nem tudo são flores, Sarah acaba querendo mais do que apenas uma experiência passageira. Ela acaba se apaixonando pelo cara que tirou sua virgindade, um universitário que estuda ciência política em Londres e parece não estar nem aí para ela. Porém, obcecada e certa de que Joe, o cara, será o amor da sua vida, Sarah acaba invertendo seus valores e dando mais atenção ao que talvez não valha tanto a pena assim.

Ler Nada É para Sempre foi como receber mil tapas na cara. E isso tudo porque eu me identifiquei muito com a protagonista da vez, Sarah. Através de sua narrativa em primeira pessoa, pude saber o quão obcecada, teimosa e chata a garota se tornou depois que se apaixonou por Joe, o que só me fazia querer fechar o livro a cada vez que ela tocava no assunto. Gritei, berrei, esperneei e não adiantou: Sarah continuava mandando recados, fazendo ligações e pensando cada vez mais no carinha com quem ela tinha esperança de dividir seu final feliz.

Mas apesar de tudo, é muito difícil não encarar que todo mundo já passou por isso, pela fase do primeiro amor que parece ser o único e último, o príncipe que não é tão encantado assim e o sonho que de repente rui e se torna um pesadelo. Esse é, basicamente, o tema explorado pela autora no primeiro volume de Garota Ama Garoto. E mesmo a protagonista sendo um pé no saco por toda essa obsessão, o objetivo de Ali Cronin foi concluído com sucesso.

Além de apresentar a Sarah e sua vida pessoal, Ali também me introduziu de maneira fluida ao resto do grupo com o qual a personagem convive. Como em cada livro teremos uma perspectiva diferente, me senti confortável em já ir me acostumando com os personagens presentes e com que características cada livro deve lidar e que tipo de história cada um promete. Esses detalhes me foram apresentados de forma que devo dizer, estou muito ansiosa pelo próximo livro, que será protagonizado por Ashley.

Outra coisa que eu devo apontar a vocês é o fato de que esse não é um livro que deva se levar a sério. A obra pode ter um título digno de um romance do Nicholas Sparks, mas não é o tipo de livro que vai mudar sua vida. Se você estiver passando pela fase da protagonista (o que, bem, eu duvido um pouco) vai até poder tirar uma ou duas lições dele, mas só.

Os únicos quotes que pude encontrar durante a leitura foram passagens engraçadas que várias vezes remetem a sexo ou delatam parte da personalidade divertida de cada personagem. Quer que eu seja mais específica? Se você gosta de Skins, encare como se estivesse assistindo o seriado. É muito parecido, com a diferença de que até agora os personagens não tem se mostrado tão... Extremistas.

As cenas de sexo não são tão descritivas e ao mesmo tempo, refletem um pouco da inocência da personagem. Não sei se as descrições vão ser mais profundas com o avançar da série, mas pelo menos nesse livro, tivemos uma ideia bem rasa do que foi a experiência de Sarah. No que se trata do gênero proposto (New Adult) acredito que a autora tenha se saído relativamente bem, ao pontuar as incertezas dos jovens com o futuro e suas vidas sexuais, embora não apresente cenas de sexo tão elaboradas que os leitores geralmente esperam.

Posso não ter curtido a personalidade de Sarah e não ter me afeiçoado tanto a ela, mas continuarei a leitura da série pelos acontecimentos ligados ao grupo em si. O ritmo desse livro é muito legal, só o que estragou um pouquinho foi a personagem mesmo, mas isso pode ser resolvido no próximo volume, já que a perspectiva vai ser a partir de uma personagem diferente, e por aí vai. Recomendo aos amantes de uma leitura leve e descompromissada, já prontos para encarar uma personagem letal ao primeiro amor e imatura no que se trata de relacionamentos.


4 comentários:

Comentários
4 Comentários
  1. Oi Natalia ... Tenho problemas com esse tipo de capa tbm ... simplesmente sou tão apegada aos meus livros que quando isso acontece fico mega triste :/
    Não conhecia a série, mais a estória parece ser legal ... Se tiver a oportunidade lerei por pura curiosidade :]

    http://soubibliofila.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Dayane!

      Eu só fico chateada na hora de começar a leitura, porque aí é um saco ficar limpando as marquinhas com um pano e.e

      A trama da série é bem legal mesmo, eu gostei. Só não curti taaaaanto a personagem, como ressaltei aí em cima.

      Beijos,

      Natalia Leal

      Excluir
  2. Olá. Gostei da resenha. Eu acho muito bonitas as capas assim, como em Fallen, mas elas realmente irritam.

    OBS:
    Indiquei o blog no "Desafio de férias". http://arquitetosdepalavras.blogspot.com.br/2014/01/desafio-de-ferias.html

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Bia!

      Fico feliz que tenha gostado! :D

      Pois é, é simplesmente irritante ver o rastro que a oleosidade da mão deixa na capa --'

      Beijos,

      Natalia Leal

      Excluir