[Resenha] Feios

Autor: Scott Westerfeld

Editora: Galera Record

Páginas: 415

Preço: 32,90 no Submarino

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2010

Sinopse: Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá. Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos – que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.

De início, Feios estava em minha lista de desejos. Minha prima estava lendo o tal e eu o havia encontrado em uma livraria durante um passeio com minha madrinha. Confesso que nutria fortes expectativas sobre ele, pelas quais lamento seriamente.

Feios tem como gênero principal a ficção, mas admito que esperava algo diferente. Ao começar a ler o livro, me deparei com um cenário onde o povo era oprimido pelos comandantes de uma sociedade cujo o pretexto de tornar as pessoas iguais os obrigava a se submeterem a uma operação que faria com que aos dezesseis anos eles se vissem perfeitos. Ossos eram quebrados e trocados, pele raspada e substituída por uma completamente nova, sem cicatrizes ou qualquer tipo de dano.

A protagonista tem como sonho ser uma dessas pessoas perfeitas, e na espera de seu aniversário de dezesseis anos acaba conhecendo Shay, uma menina com objetivos totalmente contrários aos dela. Shay preza uma vida independente, e apresenta a Tally a proposta de viver em Fumaça, uma sociedade ilegal diferente de Vila Feia ou Nova Perfeição, que promete aos seus moradores a liberdade e a possibilidade de poder viver sem a operação que os transformaria em perfeitos.

É por aí que o livro vai se prejudicando. Scott tinha tudo para concluir uma história tão intrigante quanto o possível, porém acabou desenrolando os fatos rápido demais. Me senti como se o livro inteiro fosse um carrinho de fórmula 1 que eu não conseguia acompanhar, pois o ritmo é tão frenético que acaba dificultando nossa identificação com relação aos personagens.

Já no início da história você não consegue se apegar a Shay, pois os dois meses durante os quais ela convive com Tally passam rápido como um piscar de olhos. Outra falha é a falta de riqueza de detalhes. Terminei o livro sem saber com o que Shay, Tally, David e os demais se pareciam. Scott nos fornece pouca informação sobre a aparência deles, de forma que não consegui visualizar as cenas com clareza.

O romance é rapidíssimo, como podem imaginar. O foco da leitura era a ficção, então acabei achando tal clima dispensável, pois você não consegue ter apego pelo casal presente na história. Quanto às cenas de aventura, só consegui viver algo durante a ida da protagonista à Fumaça. O resto eu li sem prestar atenção, pois Feios acabou se tornando para mim, um livro chato de tão rápido.