[Resenha] Radiante

Autor: Alyson Noël

Editora: Intrínseca

Páginas: 175

Preço: 10,97 no Submarino

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2011

Sinopse: Algum tempo após o acidente de carro que a matou, Riley Bloom deixou sua irmã, Ever, no mundo que conhecemos e atravessou a ponte da vida após a morte até um lugar chamado Aqui, onde o tempo é sempre Agora. Riley reencontrou os pais, também vítimas do desastre, e Buttercup, o cão da família. Todos estavam se adaptando a uma morte boa e tranquila, até que ela foi chamada perante o Conselho e um segredo lhe foi revelado: a pós-vida não significa simplesmente uma eternidade de lazer. Riley tem tarefas a realizar. Ela é designada como Apanhadora de Almas, e Bodhi, um garoto diferente, que ela não consegue decifrar muito bem, é seu guia. Riley, Bodhi e Buttercup voltam à Terra para sua primeira tarefa: fazer o Menino Radiante, que há anos assombra um castelo na Inglaterra, atravessar a ponte. Muitos Apanhadores de Almas já tentaram convencê-lo e não obtiveram sucesso. Mas isso foi antes que o menino conhecesse Riley...

Ai gente, tenho que admitir que comprei esse livro mais pela capa do que por outra coisa (suspira). Achei a capa maravilhosa, uma das mais bonitas que já vi na vida, perdoem-me por esse pecado, chego até a me envergonhar... Enfim, me decepcionei ao ver que ele era tão fininho, mas por outro lado isso podia ser sinal de uma boa estória, então resolvi levantar um pouco minhas expectativas para com ele, ao invés de abaixá-las. Ele é basicamente um spin-off da série Os Imortais, então não esperava algo muito diferente de sua origem.

No começo da leitura, me incomodei bastante com o fato de que Riley pensa bastante antes de agir. Tipo, ela fica muito "ah essa sala é tão vazia...", "caramba, não tem muita gente aqui e eu sou nova, o que eu faço?" sabe, divagando demais. Percebi que ela é meio recatada por dentro, o que me irritou um pouco, pois gosto de personagens com atitude. O gênero é sobrenatural, e como Alyson tem um estilo de escrita mais fácil, não tive dificuldades para prosseguir com a leitura. Só não achei nada intrigante. Ah sim! Como Riley morreu e sente bastante falta de sua vida, em alguns trechos eu pude refletir bastante sobre como estava usando a minha. Sim, esse livro me rendeu boas meditações internas, o que gostei muito.

O rolar da estória é bem objetivo, Alyson não fica se demorando muito, ainda que Riley fique divagando, ela é bem rápida, o que fez com que Radiante não ficasse tão (graças a Deus) chato quanto Feios ficou. Durante o enredo, vocês vão se deparar com algumas surpresas, então vale a pena prosseguir, não abandonem o livro no meio, ainda que dê bastante vontade! Bom, também adorei as descrições, mas não consegui sentir a adrenalina que a autora quis passar. Em algumas cenas que deviam me causar um certo medo ou animação, o frio na barriga passava despercebido e as borboletas que deviam estar no estômago, resolveram sair pela minha boca para dar algumas voltinhas, é.

Riley morreu aos doze anos, o que significa que ainda é bastante imatura. E chata. E egoísta. Porém, usei a razão e resolvi considerar sua futilidade como atributos de uma garota comum de doze anos (avá, quem nunca teve seus momentos fúteis que atire a primeira pedra) e resolvi por fim, que em outros volumes da série ela teria maior desenvolvimento em relação a sua maturidade.

No final, foi um livro que nem me desapontou ou excedeu às expectativas. Para mim foi tudo muito rápido, eles resolveram tudo com muita facilidade, esperava mais conflitos, mais dúvidas. Sim, vou ler Luminoso, esperando que melhore, como normalmente acontece. Enfim, recomendo a quem acredita na doutrina espírita e gosta de leituras que te faça meditar, que te toque. É um livro tocante, claro. Me fez ficar horas pensando no que fazer da minha vida para não me arrependesse após a morte (risos)

Nota: 79/100