Autor: Andrew Haufman
Editora: LeYa
Páginas: 175
Preço: 23,90 na Saraiva
Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada
Ano: 2014
Sinopse: Existem aproximadamente 249 super-heróis na cidade de Toronto. Tom não é um super-herói, mas conhece vários: O Anfíbio, A Pilha de Nervos, A Bronca, O Homem Impossível, O Minigigante, Daquiapouco, A Doma-Rapaz, dentre outros. Tom casou-se com uma super-heroína, A Perfeccionista, cujo poder é tornar tudo perfeito. No dia do casamento, Hipno, supervilão e ex-namorado de Perfeccionista, hipnotizou-a: Tom ficou invisível, mas somente aos olhos dela. Depois de dois meses sem notar o marido, a Perfeccionista está prestes a pegar um avião para recomeçar a vida em Vancouver.
É a partir de uma bela história de amor que Todos os Meus Amigos São Super-Heróis constrói um universo onde amizade, romance, profissões e cotidianos muito parecidos com os nossos ganham uma fina pátina de superpoder - ou mostra que superpoderes são apenas uma questão de ponto de vista. Tom está desesperado para que sua amada Perfeccionista volte a enxergá-lo e amá-lo. Como resolver isto sendo o único ser humano sem poderes nessa história?
Quando soube do lançamento de Todos os Meus Amigos São Super-Heróis, fiquei muito empolgada. Capa bonita, sinopse legal, número de páginas razoavelmente pequeno... É o bastante para deixar qualquer leitor com um sorriso de orelha a orelha, não? Exceto que esse livro guarda várias surpresas, sobre as quais vou falar para vocês agora.
Com relação ao trabalho da Editora LeYa, não há discordância de que ficou sensacional. O livro é salpicado por ilustrações bem feitas, além de possuir uma capa bem chamativa e fonte super agradável à leitura. Não encontrei errinhos de revisão, impressão ou mesmo tradução, tudo muito bem cuidado e planejado.
Até aí tudo bem, certo? A surpresa começa quando você lê a sinopse e compreende seu significado. Bom, o livro fala sobre Tom, um cara totalmente normal que vive rodeado de super-heróis e está prestes a se casar com a Perfeccionista, a super-heroína que roubou seu coração. Tudo vai muito bem, até que inexplicavelmente, sua esposa não consegue enxergá-lo. Aí você pensa, como assim? Mas é isso mesmo, caro leitor, Tom fica invisível aos olhos de sua querida Perfê. Agora, ele terá que contar com a astúcia de todos os seus amigos para que ela passe a enxergá-lo novamente.
A primeira coisa que notei quando comecei a ler o livro foi: esta não é uma premissa que deva ser avaliada e lida como uma história qualquer. Ponto. Passada essa percepção e o choque de que não se trata de um livro infantojuvenil (pois é pessoal, o público dele é adulto mesmo), comecei a ver o autor e sua obra com outros olhos. É possível ser enganado por sua escrita leve e fluída ou até mesmo pelo tamanho do livro, que é bem pequeno, mas já nas primeiras páginas você percebe os tons satíricos de alguns diálogos e a personalidade extremamente familiar de alguns super-heróis.
Do que estou falando? Ora, o autor fez de seus super-heróis uma sátira divertidíssima às diversas personalidades humanas, o que é genial! Todos os personagens me remeteram a alguém em especial, justamente por conta da proposta do livro. Apesar da história ser bem curtinha e dotada de um tom absurdo, o mais legal é tomar conhecimento de cada personagem desenvolvido pelo autor e escolher o seu preferido. Eu, por exemplo, me identifiquei muito com a Perfeccionista, que dá o seu melhor para fazer com que tudo fique perfeito, ainda que se estresse de vez em quando.
Além dos super-heróis, outra coisa que me cativou foi o ideal de que o amor verdadeiro consegue tudo, exposto pelo autor de forma implícita. Mesmo sendo extremamente satírica e humorada, essa obra ainda nos traz esse sentimento por meio das ações do Tom em busca de remediar sua situação com a Perfeccionista, para que eles fiquem juntos novamente. É muito bonito ver de tudo o que ele foi capaz para chegar até ela, mesmo sabendo que seria quase impossível tê-la de volta.
Quando falo que ele foi capaz de muito para chegar até ela, é porque foi mesmo. Não esperem que o autor respeite as normas da realidade, pois isso definitivamente não entra no pacote. Esteja preparado para absorver muita coisa esquisita e fora do normal, afinal, quando é que os super-heróis passaram a ser normais mesmo? Mesmo dando três estrelas e meia por não ser o meu tipo de livro, ainda recomendo para quem gosta de uma obra que traga bastante reflexão e bom humor.
Oi Natália :)
ResponderExcluirEsse livro não me chama a atenção, mas posso considerar a leitura em alguns casos... Ainda estou pensando. Beijos!
http://euvivolendo.blogspot.com,br/
Oi, Gabriel!
ExcluirPensa bem, viu? Pode ser que você goste! ;)
Beijão,
Natalia Leal
Então, gostei muito da resenha que você fez, mas infelizmente não é meu tipo de livro preferido. Até leria se ganhasse ele, mas comprar não tenho interesse.
ResponderExcluirBlog Prefácio
Oi, Sil!
ExcluirFico feliz que tenha gostado! Mas tipo de leitura é tipo de leitura, se você sente que não vai gostar, melhor não arriscar.
Beijão!
Natalia Leal
Oi, Natalia!
ResponderExcluirGostei da sua resenha e do seu tom empolgado ao falar da leitura. Entretanto, a premissa não me chamou muito a atenção. Talvez essa sátira tenha sido o que mais me atraiu.
Beijão,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
Oi, Prih!
ExcluirÉ uma pena, eu até curti o livro. :)
Beijão,
Natalia Leal
Não entrou nos meus preferidos também, Nat, mas achei legal o uso daquela última frase dele pra ela. Foi essencial pra fazer com que eu visse o livro com outros olhos.
ResponderExcluirBeijos.
Oi, Babi!
ExcluirNé? Alguns pontos do livro me conquistaram por causa da essência da história mesmo, mas não foi o suficiente para me fazer favoritar, infelizmente.
Beijão!
Natalia Leal