Autor: Selène d'Aquitaine
Editora: Ícone Editora
Páginas: 351
Preço: 30,00 na Ícone Editora
Leitura: Rápida - Média - Demorada
Ano: 2010
Sinopse: Annástria é uma das dimensões mais evoluídas entre as sete principais, governada pela Deusa Memória e pelo Deus Zolum. Reza uma profecia que o filho primogênito dos Grandes Deuses, Rorek, estava destinado a trair sua família, unindo-se a deusa das Trevas, Satine. Annástria começa a se afogar nas Trevas, porém, de acordo com a profecia, o filho de Strauss, Rei de Annastria, é a única pessoa que pode salvar Annastria e restaurar o equilíbrio entre as dimensões. Ele era um anjo, porém Rorek corta as suas penas. As penas são espalhadas por várias dimensões. Para salvar Annástria, Darin precisa recuperar todas as suas penas antes que Satine o faça. Ele vai contar com a ajuda de Impar, uma feiticeira que de alguma forma misteriosa está especialmente ligada a ele.
Eu nunca havia lido um livro de Selène d'Aquitaine antes da minha experiência com Annástria, porém, já esperava um bocado da trilogia pelo fato de ter encontrado um amigo que gosta muito dela. A diagramação externa do livro é muito bonita e eu gostei bastante do livro ter páginas amarelas e letras com fonte grande. O que deixou muito a desejar foi a revisão, pois encontrei erros ortográficos que me incomodaram um pouco.
Darin é um anjo mutilado. Após ter seus pais assassinados por seu tio, o garoto teve suas suas penas arrancadas e espalhadas pelas dimensões de seu mundo natal, Annástria. Porém, antes de poder resgatar suas penas e salvar Annástria de mergulhar na escuridão profunda e ser dominada pela rainha das trevas, Satine, Darin precisa encarar sete desafios na companhia de Impar, uma feiticeira adormecida a quem ele precisa resgatar.
A escrita de Selène foi capaz de me transportar facilmente para Annástria. Com uma narrativa descritiva e gostosa de se acompanhar, a autora me apresentou a diferentes locais e personagens. Devo destacar que dentre eles, os que mais me fascinaram foram a rainha Satine e sua filha, Maya. Eu tenho uma afeição por vilões e não sei se imaginei certo, mas Maya me lembrou muito uma personagem do anime Jigoku Shoujo, por quem sou apaixonada.
Achei que a trama ficou muito bem desenvolvida, os objetivos de Darin e suas missões não são tão fáceis quanto parecem e apesar do livro parecer ser destinado ao público infanto-juvenil - muita gente se ilude achando que a capa com o personagem desenhado no estilo de mangá representa algo infantil - a autora aborda temas um tanto pesados no meio do enredo, o que sim, me deixou surpresa, pois eu não esperava que a história tomasse tal rumo. Ou seja, um ponto a mais para Selène, que introduziu outros conflitos além do original em sua trama sem tornar tudo uma bagunça.
Eu gostei muito dos cenários onde a história se passa e da temática ali criada. Já falei muito por aqui que o gênero fantástico foi um dos primeiros ao qual tive acesso e que sou fissurada por ele até hoje. Pois bem, posso dizer que a autora foi muito feliz no uso de tal gênero, me senti muito bem relembrando a infância enquanto lia o livro, ainda que todos os livros do gênero fantástico não atendam necessariamente a esse público, para mim foi um marco.
Apesar da edição que eu li não ter uma revisão muito boa, eu recomendo muito esse livro, pois a história em si compensa bastante. Já perguntei a autora se o segundo volume dele possui a mesma revisora e Selène negou, então quanto a isso, vocês já podem ficar tranquilos. É amante de fantasia? Quer ser teletransportado para outro mundo? Então conheça Annástria e embarque nessa aventura!