27/11/2013

Blogueira.



Acordou cedo, aos primeiros raios de sol. No céu que se destrinchava além da janela localizada à esquerda, uma mistura de cores brincava ao lado das nuvens, lembrando a tela de um artista inspirado. Com um suspiro de sono e os olhos apertados pela sensação de ainda não ter despertado, lavou o rosto no banheiro apertado e fez a higiene bucal. Livre do mau hálito matinal e com os cabelos esquecidos embaraçados e bagunçados, rumou à cozinha, despejando leite e chocolate em pó em uma caneca repleta de citações de Shakespeare, outrora seu escritor favorito.

Após provar do líquido marrom e ajustá-lo ao seu gosto, apanhou caneca e se direcionou ao escritório improvisado que tinha montado ao lado do quarto. Ignorando a papelada mal organizada na mesinha de trabalho, abriu o notebook e deu um clique no botão de ligar, ajeitando a caneca cuidadosamente sobre o suporte de copo já disposto ao lado do eletrônico. Enquanto a tela ficava azul e aguardava que a proprietária digitasse a senha, a mesma voltou para o quarto, buscou dois travesseiros (não sem antes tropeçar em um tênis largado no meio do caminho) e entrou novamente no escritório, onde acomodou os travesseiros na poltrona confortável em que trabalhava e digitou rapidamente os caracteres que compunham a senha do precioso notebook.

Tomando cuidado para não orquestrar outro desastre que comprometesse seu bem-estar, ela deslizou para mini-sofá que tinha comprado para não sofrer com dores nas costas e observou as pilhas de livros adesivados com diversos post-its ao redor da mesa. Bebendo um gole do achocolatado (e acidentalmente, queimando a ponta da língua), ela pegou o livro que ocupava o topo da pilha e se pôs a ler as anotações que havia colado por todo ele nos papeizinhos coloridos, reescrevendo coisas e tomando algumas notas em uma agendinha que estava ali perto.

Incomodada com o cabelo solto e a posição desleixada na poltrona, deu um nó nas mechas escuras e grossas, obtendo um coque no topo da cabeça; ajeitou a coluna, empurrou os ombros para trás e cruzou as pernas, adquirindo a postura correta. Estando pronta para começar a trabalhar, deu uns cliques aqui e ali com o auxílio do mouse e logo já tinha a página branca de edição do blog à sua frente, esperando para ser preenchida. Aquele seria um longo dia.


25/11/2013

[Resenha] Esposa 22



Autor: Melanie Gideon

Editora: Editora Intrínseca

Páginas: 400

Preço: 18,61 nas Lojas Americanas.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse: Alice e William Buckle se casaram apaixonados. Mas, dois filhos e quase vinte anos depois, Alice está entediada. Por isso, quando recebe um convite por e-mail para participar de uma pesquisa on-line sobre casamentos, ela aceita num impulso. Respondendo às perguntas enviadas por um pesquisador anônimo e carismático (Pesquisador 101), Alice (Esposa 22) tem a oportunidade de reexaminar a história do próprio relacionamento.


Esposa 22 foi uma das minhas aquisições da XVI Bienal do Livro Rio. Fiquei encantada ao entrar no estande da editora e constatar que pilhas de exemplares da obra estavam sendo vendidas a 9,90. Como vocês já podem imaginar, não resisti à tentação de levar o meu comigo e confesso que não me arrependo de tê-lo feito.

Eu gostei muito da capa do livro, que ilustra boa parte da história vivida pela protagonista. A diagramação ficou bem simples, porém, adequada ao tema. Só encontrei um ou dois erros de revisão na obra e fiquei um tanto quanto satisfeita com a tradução, apesar de ter notado alguns termos que podiam ter sido mantidos na língua original.

Alice Buckle é uma mulher casada que, em meio aos 40, se sente insatisfeita com a distância que a separa do marido. Estressada e carente de carinho e atenção, ela começa a desconfiar da sexualidade de seu filho mais novo e da regularidade com que sua filha se alimenta sem botar tudo pra fora, arrumando cada vez mais motivos para alimentar suas paranoias.

Um dia, ela recebe um e-mail com uma proposta anexada, convidando-a para participar de uma pesquisa sobre casamento, a qual ela aceita, com a promessa de que será paga no valor de 1000 dólares no fim do estudo. É por meio desse questionário que Alice recebe o nome de Esposa 22 e conhece Pesquisador 101, um homem misterioso e que se comporta como um ótimo ouvinte, com o qual ela passa a ter contato diariamente.

Eu nunca tinha lido um livro como esse, vou confessar aqui. Com uma narrativa moderna e cheia de pontos de referência às ferramentas atuais, Melanie Gideon nos guia por uma história repleta de realismo, que pode ser vivida por qualquer mulher. É claro que essa narrativa recebeu uma dose extra de muito humor e paranoia feminina, mas essas coisas a gente também pode adicionar ao pacote da vida real, sem problemas.

É através da primeira pessoa que conhecemos Alice Buckle, uma personagem que pode ser ícone de representação da mulher insegura e cansada. Tendo fracassado em sua primeira peça de teatro e desde então, morrendo de medo de começar uma nova, nada lhe resta a não ser continuar a trabalhar como professora de artes dramáticas em uma escola infantil. Além de já estar cansada dessa rotina, nossa protagonista reserva algumas inseguranças quanto a seu casamento e um pessimismo constante relacionado a sua aparência, de maneira a não ligar para maquiagem ou qualquer coisa do tipo.

Apesar de todos os seus mimimis, não me incomodei tanto com a personagem. Ok, ela fez com que o livro parecesse ser bem comunzinho no começo, mas reparei que esse desenvolvimento inicial foi extremamente necessário para que eu me apegasse à personagem e à vida que levava, para em seguida, me emocionar com o final e com todos os passos que ela dá.

Também curti bastante o fato de a autora ter trabalhado o casamento homossexual no texto. Nedra e Kate formam um casal adorável! Adorei a personalidade de ambas, que são personagens fortes e sem papas na língua. Particularmente, também gostei bastante da mensagem que a autora resolveu deixar no livro, que nos faz pensar bastante sobre família, confiança, auto-estima e o alcance de objetivos pessoais. O discurso final da protagonista me emocionou bastante, fechando a leitura com chave de ouro.

Esposa 22 é o livro ideal para se ler em uma ou duas tardes de chuva, naqueles dias em que nada está funcionando para tirar o tédio do ar e todas as tentativas são falhas na hora de criar alguma distração. Apreciei muito a leitura, que se saiu como um passatempo bem agradável. Recomendo aos amantes de chick-lit e histórias com um toque corriqueiro extra.


24/11/2013

Dá uma olhada: LeYtoras.



Esse post é exclusivamente designado às LeYtoras de plantão!

Tenho certeza que vocês já ouviram falar da LeYa, uma editora conhecida por publicar diversos títulos no Brasil, mais especificamente, de ficção e não-ficção. Querendo dar atenção ao seu público feminino, a editora resolveu juntar suas publicações voltadas para as mulheres em apenas um selo, e foi aí que nasceu o LeYtoras.

O selo possui o nome de várias autoras e autores aclamados, tais quais Madeline Hunter, Maya Banks, Ruth Cardello e Richard Paul Evans.

E dentre os gêneros, podemos encontrar livros eróticos, assim como os de comédia romântica, romance histórico e o romance, propriamente dito.

Para quem ainda não sabe, o Páginas Encantadas, junto com outros blogs, também se tornou parceiro do selo! Em breve, estarei divulgando resenhas e mais novidades para vocês por aqui, então fiquem de olho!

E para fechar esse post curtinho de apresentação, fiquem com alguns dos títulos que vocês podem encontrar através do LeYtoras.



23/11/2013

[Resenha] Paixão Sem Limites



Autor: Abbi Glines

Editora: Editora Arqueiro

Páginas: 184

Preço: 19,90 na Saraiva.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Blaire Wynn não teve uma adolescência normal. Ela passou os últimos três anos cuidando da mãe doente. Após a sua morte, Blaire foi obrigada a vender a casa da família no Alabama para arcar com as despesas médicas. Agora, aos 19 anos, está sozinha e sem lugar para ficar. Então não tem outra escolha senão pedir ajuda ao pai que as abandonara. Ao chegar a Rosemary, na Flórida, ela se depara com uma mansão à beira-mar e um mundo de luxo completamente diferente do seu. Para piorar, o pai viajou com a nova esposa para Paris, deixando Blaire ali sozinha com o filho dela, que não parece nada satisfeito com a chegada da irmã postiça. Rush Finlay é filho da madrasta de Blaire com um famoso astro do rock. Ele tem 24 anos, é lindo, rico, charmoso e parece ter o mundo inteiro a seus pés. Extremamente sexy, orgulha-se de levar várias garotas para a cama e dispensá-las no dia seguinte. Blaire sabe que deve ficar longe dele, mas não consegue evitar a atração que sente, ainda mais quando ele começa a dar sinais de que sente a mesma coisa. Convivendo sob o mesmo teto, eles acabam se entregando a uma paixão proibida, sobre a qual não têm nenhum controle. Mas Rush guarda um segredo que Blaire não deve descobrir e que pode mudar para sempre as suas vidas.


Esse foi outro livro que eu pedi seguindo a recomendação da Camille. Estimulada pela sinopse, já fiquei ansiosa por ser um New Adult, já que a minha primeira experiência com o gênero foi muito boa. Tudo só ficou melhor quando no encontro da Editora Arqueiro, tive a chance de adquirir meu exemplar.

Ao analisar a estrutura do livro pessoalmente, gostei muito da capa, que tem outro efeito em mãos. Fiquei meio triste pois achei a diagramação bem simples, podia ter sido bem mais trabalhada pela editora, uma vez que não teve nenhum diferencial, nem mesmo a cada capítulo novo. Como se trata de um romance, achei que a diagramação teria um teor mais leve, mas eu estava enganada. Em todo caso, a revisão ficou impecável e não tenho nada a reclamar da tradução, que também ficou adequada ao proposto.

Nossa história fala sobre Blaire Wynn, uma jovem de dezenove anos que após perder a mãe, se vê sem lugar para morar, uma vez que teve de usar sua própria casa para arcar com as despesas do hospital que atendera à falecida, quando em necessidade. Sem rumo, ela resolve biscar ajuda do último parente que lhe restou: seu pai, que atualmente é casado com uma mulher que já está em seu quarto casamento.

Porém, ao chegar em sua casa, Blaire se surpreende ao encontrar apenas seu meio-irmão Rush, portador de um segredo grandioso e do local, o qual com relutância, a oferece um quarto para dormir até que consiga se sustentar. Todavia, Rush se mostra mais atraente do que parece e a atração que puxa os dois não parece ser tão fácil de se ignorar. Mas será que o segredo que Rush guarda poderá afastar os dois?

Me senti fisgada pela escrita de Abbi Glines já na primeira página. De forma sedutora e leve e em primeira pessoa, ela descreve o ambiente com detalhes bem balanceados e ao decorrer do livro, foca bastante na atração e química existente entre o casal principal, sem nos deixar ter uma gota de dúvida quanto ao que um sente pelo outro. Embora tenha deixado o livro de lado algumas vezes, o devorei em uma tarde e consegui absorver todas as informações que a autora me passou com perfeição.

Não é difícil de se identificar com a protagonista presente em Paixão Sem Limites. Blaire é uma personagem forte e madura, mas que também tem seus momentos de fraqueza e sabe reconhecer quando está necessitada. Ela não é uma mulher de ferro, tanto é que cede muito fácil às tentações de Rush e desaba com facilidade, o que podemos entender, devido a sua situação. Já Rush, é o típico bad boy que vai para cama com todas e no dia seguinte, as dispensa sem qualquer traço de arrependimento. Não morri de amores pelo mocinho, mas também não o odiei. Para mim, foi neutro.

Pelo fato de não ter me apaixonado pelo mocinho, ficou um pouco mais difícil de acompanhar a trama, já que eu não estava lá muito encantada. O ritmo não é entediante, pelo contrário! Só senti falta de uma inovação nas características do tão focado Rush. Me senti como se estivesse lendo mais do mesmo, sabem? Isso me deixou um pouco chateada.

O romance entre os dois é composto por muita química, isso é fato. Achei que o casal avançou um tanto quanto rápido demais. Ainda mais para um cara que não estava acostumado a se envolver daquele jeito com as mulheres, senti falta de um pouco mais de convivência antes de finalmente chegar a esse amor todo. Não sei se estou exigindo demais da história, mas o fato é que esse não foi um livro que me cativou tanto.

O final do livro me surpreendeu um bocado e sugere um gancho para um segundo livro, Atração Sem Limites, que será lançado pela Editora Arqueiro em 2014. Não estou tão empolgada para ler a sequência, mas pretendo dar uma chance para ver se consigo me afeiçoar mais ao casal e a história em si.


21/11/2013

Dá uma olhada: Arte com Comida!

Oi, gente! Como vocês estão?

No dá uma olhada de hoje eu vim trazer para vocês uma coisa que acredito que vocês já conheçam, mas vale a pena mostrar. Acontece que numa dessas andanças minhas pela internet, entrei no blog Geekiss e por meio dele conheci o trabalho da artista da vez, a qual quero apresentar a vocês.

Seu nome é Samantha Lee e ela começou fazer suas versões do tão conhecido bentô (para quem não sabe, é um tipo de marmita que inclui peixe, legumes cozidos e arroz, servida tipicamente no Japão e presente em vários animes e mangás) para incentivar sua filha mais velha a comer, uma vez que com a chegada da mais nova, ela teria que fazê-la comer sozinha.

Eu confesso que sou muito fresca quanto a comida, mas essas marmitinhas eu faria questão de devorar. Dá uma olhada!



Pucca e Garu ficariam juntinhos no meu estômago, fazendo companhia a esses coelhinhos gorduchinhos de arroz!




Para tudo né, gente? Com esses bonequinhos fofinhos e as vaquinhas de dar água na boca, eu nunca mais teria problemas de nutrição. Comeria sem pena nenhuma!



E com esses, fica a pergunta: é pra morrer de fofura ou pra comer? Não sei! Mas se eu fiquei com fome depois de editar esse post, é outra história... Hehe.

Até a próxima, queridos!


20/11/2013

[Resenha] Limiar



Autor: Jessica Warman

Editora: Galera Record

Páginas: 392

Preço: 32,00 na Saraiva.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Liz Valchar sempre teve tudo o que poderia desejar. Dinheiro, beleza, um namorado perfeito e, agora, uma festa de aniversário no iate particular, na companhia de seus cinco melhores amigos. Mas quando ela acorda no dia seguinte, percebe algo errado. Boiando na água, bem ali, entre o barco e o cais, está o corpo de uma adolescente. Ao observar melhor, Liz percebe horrorizada, que aquele é o seu corpo. E que ela está morta. A única companhia dela é Alex, um menino que morreu um ano antes em um acidente de carro. Juntos, tentarão solucionar o mistério da morte dela, reconstruindo seus últimos dias de vida.


Confesso que não esperava que algum dia teria a oportunidade de ler Limiar, uma vez que como os livros da Galera não costumam ter preços muito acessíveis, não costumo comprá-los. Mas como tudo na vida é imprevisível, a Camille me recomendou muito o livro e me emprestou seu exemplar, para que eu pudesse realizar a sua leitura e conferir. Como confio na opinião dela como leitora, não perdi tempo ao deixar de lado o que estava lendo para poder começar a ler a obra de Jessica Warman.

Gosto muito da capa do livro em si, mas acho que a editora poderia ter trabalhado melhor o design, pois achei muito simples. A diagramação também é simples, mas bastante agradável. Gostei do tamanho da fonte e do fato de as páginas serem amarelas também. A revisão não deixou a desejar, só encontrei um ou dois errinhos de impressão.

Liz Valchar cumpre todos os requisitos quando se trata de ser uma garota mimada. Bonita, magra, rica e popular, ela sempre teve tudo o que queria nas mãos. Até que... Ela morre. Perdida e sem saber o que aconteceu para que ela chegasse a esse ponto, a jovem se vê surpresa ao estar do lado de Alex, um garoto que sempre foi zoado por seu grupo de amigos e nunca sonharia em tê-la como companhia. Acontece que Alex morreu em um acidente carro há um ano atrás e está disposto a ajudá-la a montar as peças que faltam para que ela descubra o que aconteceu para que sua vida perfeita chegasse ao fim.

Algumas páginas depois de começar a leitura, me vi viciada pelo estilo de escrita de Jessica Warman. É bem leve, envolvente e fez com que eu me colocasse no lugar de Liz. A leitura em si foi um tanto angustiante para mim, porque acompanhei enquanto a garota via o que seus amigos estavam fazendo após sua morte, almejava estar ao lado do namorado que ainda vivia e ficava ao lado de seu pai, sem poder tocá-lo ou falar com ele. E isso me fez gostar ainda mais do livro, pois são raros os autores que conseguem provocar esse efeito em mim.

Um estereótipo que eu gostei muito de ter sido quebrado foi o do casalzinho popular que não se ama. Em Limiar, não existe isso. Liz e Richie são um casal popular? Sim, mas o amor que existe entre os dois é verdadeiro. Enquanto Liz almeja estar ao lado do amado durante a morte, Richie pensa quase que o tempo todo em reencontrar a garota, o que é difícil de a gente ver nesses seriados e em outros livros.

A trama em si me cativou muito, a ponto de eu não conseguir largar o livro e terminá-lo em uma tacada só. Me identifiquei com Liz em alguns momentos e tive muita pena dela, ainda que algumas vezes tivesse vontade de lhe dar um soco. Durante a leitura, ela amadurece e repensa suas atitudes, enquanto se recorda das coisas que fez quando viva. Isso é muito legal de acompanhar, pois ela cresce pessoalmente ao lado de Alex. E não, não há um foco romântico na história. É mais um thriller psicológico do que um romance, coisa que eu também apreciei muito. Isso fez com que Jessica atentasse mais o leitor quanto aos fatos que ela estava prestes a amarrar, o suspense que se formava e os mistérios que seriam resolvidos.

Também me identifiquei quando Liz começa a falar de seus amigos. Cada personagem é revelado, seus problemas são destrinchados e há aqui outra quebra de estereótipo: as vidas dos jovens mais populares da escola não são perfeitas. Ao decorrer da história, todos os amigos de Liz são apresentados e eu pude ter uma noção boa de quem eles eram e o que tinham a contar. Foi muito legal poder acompanhar o que eles faziam após a tragédia, mas ao mesmo tempo era triste, porque desejei o tempo todo que a protagonista não tivesse morrido e sim, consertado as coisas ruins que tinha feito. Ou seja, outro ponto bom é que você se apega à personagem principal durante a leitura. Em suma, a autora soube muito bem como aproveitar seus personagens.

O final não me foi tão surpreendente, mas eu gostei da maneira com que Jessica amarrou os fatos e finalizou sua história. Cheguei a ficar emocionada com algumas conclusões que tomei e Limiar me passou várias mensagens importantes, que levarei para a vida toda. É por isso, meus amigos, que recomendo esse excelente livro a vocês. O público jovem adulto (e adulto também!) vai curtir bastante a leitura e se enveredar facilmente pelas memórias e mistérios da vida de Elizabeth Valchar.


19/11/2013

Dá uma olhada: One Woman A Cappella.

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Hoje estou aqui para apresentar vocês a Heather, uma vlogueira que achei por aí enquanto navegava na internet.

Mas o que tem ela? Bem, a Heather tem dezenove anos e é cantora. O mais incrível é que ela posta vídeos cantando somente em A Cappella (que para quem não sabe, é uma expressão que vem do italiano e tem o objetivo de classificar os cantores que cantam sem instrumental, ou seja, apenas com a voz).

Aí você pergunta o que tem de tão especial nisso, já que para cantar em A Cappella, basta - duh - cantar.

Então dá uma olhada!





E aí, curtiu? O mais legal é que é ela mesma quem edita os vídeos, grava, faz sua maquiagem, o cabelo e ainda atua! Ou seja, essa jovem é responsável por toda a produção de seus vídeos.

Tá achando demais? Calma. Além disso tudo, ela ainda grava vídeo-tutoriais explicando como se faz a maquiagem artística que ela mostra nos vídeos.

Você pode assistir a alguns aqui:





E aí? Tá esperando o quê para se inscrever no canal dela do Youtube? A garota arrasa!

Dica: o carnaval está chegando e sabe como é que é, né... Se fantasiar de Ursula seria uma boa pedida, haha.

Até a próxima!


18/11/2013

[Resenha] Flor de Laranjeira



Autor: Gabriela Rodriguez

Editora: Biblioteca 24 Horas

Páginas: 415

Preço: Interessados devem mandar um e-mail para a autora.

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2011











Sinopse: Aos setenta anos de idade, uma mulher já cansada, volta à cidade que havia deixado dez anos atrás e em meio às ruínas de sua velha casa, relembra sua vida. Quando tinha onze anos seu coração foi partido de tal maneira que fez com que decidisse nunca mais se apaixonar. Porém vê seu mundo virar de cabeça pra baixo quando se muda para o Rio de Janeiro. Lá conforme os anos vão transcorrendo, em meio a uma adolescência um pouco conturbada, ela passa a viver relacionamentos vazios. No entanto, sem que tivesse percebido se envolvia cada vez mais com quem jamais pensou. Ela não sabia até quando resistiria a uma paixão que a arrastava cada vez mais fundo dentro de si. E quem era aquele homem que ela sonhava desde criança? Ele seria real ou apenas um sonho sem sentido?


Recebi a oportunidade de ler e resenhar o livro durante um evento do Projeto Beletristas. Já estava curiosa com relação a Flor de Laranjeira, uma vez que a autora Graciela Mayrink o elogiou bastante durante a palestra, dizendo que o livro era muito bom e valia a pena ser lido. Já com essa indicação, reservei um tempo para realizar sua leitura depois da viagem que fiz com minha academia de dança e não me arrependi.

Fiquei maravilhada com a capa e a diagramação do livro, que em minha opinião ficaram muito bem feitas. Cada capítulo exibe um desenho delicado de uma flor de laranjeira, que relembra ao leitor o propósito da história, uma vez que o mesmo é entendido. A revisão que a editora fez está péssima, mas é legal destacar que a autora já está revisando o livro novamente, em prol de melhorar isso em uma segunda edição. Para quem for ler a primeira edição, aviso que a revisora deixou passar não só erros de ortografia e digitação, como repetições de palavras, etc.

Ana Lúcia é uma mulher de 70 anos que, desgastada pelo tempo e por tudo o que passou, volta à sua cidade natal para relembrar sua vida. Logo quando pequena, sofreu um trauma emocional que lhe deixou a sequela de recusar-se a se apaixonar novamente, passando a viver relacionamentos vazios e sem importância, que terminavam antes que a mesma pudesse se apegar. Porém, como ninguém é de ferro, Ana Lúcia se apaixona e não consegue controlar as rédeas desse amor que está surgindo, ainda que tente. Será que ela vai conseguir? E essa recusa, o quanto poderá lhe custar? Isso é o que você confere lendo as páginas do romance de estréia de Gabriela Rodriguez.

Me apaixonei pelo livro à leitura da primeira página. A escrita da Gabi é descritiva no ponto certo, nem demais, nem de menos. Durante a leitura, pude colocar dentro de Esperança como se realmente estivesse lá, gostei muito da sensação. E o legal disso é que dá pra imaginar um local fixo, sem mudar a visão. Ou seja, não importa o quanto Ana Lúcia viaje e saia do local, quando ela volta, é sempre a mesma coisa na cabeça do leitor, coisa que gostei muito. Além disso, a história tem um tom imenso de realidade. Não tem como não se identificar ou não imaginar com clareza tudo o que acontece com a protagonista sem parecer que ela pulou para fora das páginas, incrível.

Uma coisa que me incomodou um pouco foi a falta de avanço tecnológico ao decorrer da história. Como a vida inteira da personagem é narrada, é esperado que as tecnologias mudem, junto com o cenário (afinal, 60 anos são narrados aqui), o que não acontece. Um exemplo é: em sua adolescência, Ana Lúcia já possuía iPod e MSN, enquanto que na fase adulta, nada disso mudava, não ficava mais evoluído ou sequer desaparecia.

Um ponto que me deixou encantada com o livro em si foi a habilidade de Gabriela ao narrar a vida inteira de uma personagem e além dela, desenvolver e criar muito bem os personagens secundários. Aqui não tem essa da protagonista não ter família, amigos ou parentes. Podemos encontrar a descrição de todos eles, de uma forma muito convincente e crível, o que implica em uma história bem amarrada e não contraditória.

Falando sobre a protagonista: Ana Lúcia, eu te amo! Posso garantir que ela já tem um lugar guardado especialmente no meu coração de leitora. Ela é diferente de tudo o que eu já tinha visto. Precoce, inteligente, com sede de vida e... Infância! Me identifiquei com essa parte do livro, uma vez que me lembrou bastante da infância do meu pai. Então, vocês já podem imaginar o quanto anti-mimimi é a nossa personagem. É claro que ela tem seus problemas, mas não os infantiliza, como a maioria das adolescentes que encontramos nos livros.

Quanto à trama em si, é de tirar o fôlego. Não podemos esperar menos, já sabendo que o livro fala sobre a vida inteira da protagonista. O fato é que Ana Lúcia sofreu muitos traumas, passou por muita coisa e tem uma bagagem bem grande em suas costas. Devido a isso e ao modo com que Gabriela soube tocar em cada assunto, eu passei de uma emoção a outra em um estalo. É impossível não passar.

Me senti o livro todo como se a autora estivesse brincando com as minhas emoções, sinceramente. Em uma hora estava rindo, em outra, chorando ou até mesmo, fechando o livro e o empurrado para longe de mim. Esse também foi o motivo pelo qual demorei um pouco mais para terminar de ler o livro, já que eu precisei de um tempo para absorver cada coisa que acontecia. De qualquer modo, foi uma leitura memorável, ainda mais em primeira pessoa, estilo que gosto muito.

Enfim, apesar de a revisão não estar muito boa e Gabi ter que melhorar algumas coisas, recomendo muito a leitura desse livro. As editoras de plantão deveriam parar para olhar e analisar um original mais polido, porque essa história é do tipo que poderia virar mais um bestseller brasileiro. Fiquei muito feliz em terminar a leitura com a lembrança de que nossos autores nacionais tem mesmo muito a oferecer e merecem mais atenção dos nossos leitores. Então sim, leiam Flor de Laranjeira. Este tomou um lugar entre os meus romances preferidos e é uma ordem que vocês o devorem.


17/11/2013

7 Maneiras de Animar o Domingo!




Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Boa parte das pessoas que eu conheço têm um sério preconceito com o domingo. Todo mundo simplesmente lembra do sétimo (ou primeiro, dependendo do ponto de vista) dia da semana como o pior dia da mesma.

Ah, para!

Hoje eu vim te ajudar a quebrar essa manha e fazer do domingo mais um dos dias mais divertidos da sua semana com essa listinha. Topa? Então bora lá!

1. Pare de ler esta lista agora e vá tomar um banho fresco. Tá, pode ser quente, se aí estiver frio (ou frio, se aí estiver muito quente). Todo mundo sabe que depois de um banho, parece que acordamos de um longo sono e estamos prontos para tudo. Mas é isso mesmo! Você estava dormindo até sentir a água cair pelo seu corpo e sair do banheiro enrolado na toalha, cheirando a sabonete e shampoo. Eu espero você voltar, não tem problema! E se você for daquelas pessoas que já tem o hábito de tomar banho assim que acorda todo os dias, já pode riscar esse item da sua lista, YAY!

2. Escute a playlist que eu criei exatamente para te animar hoje. Ela possui nomes como Cody Simpson, Sara Bareilles, Eliza Doolittle e Colbie Caillat, um time que está pronto para dar um up no seu astral. Tá esperando o que para encher os ouvidos com música?



3. Planeje o que você vai fazer, para não perder o dia. De preferência, tente colocar suas prioridades antes e a diversão depois. Se tiver que estudar para alguma prova que terá amanhã, aproveite a tarde e estude. Se tiver o quarto para arrumar, não tem problema! A playlist te ajuda. E se não tiver nada para fazer... Continue lendo.

4. Aproveite para pôr em dia algum seriado. Se estiver com todos em dia, pode parar para assistir aquele filme que você tanto quer aproveitar. Opa, não sabe qual assistir? Que tal uma lembrancinha? Aí embaixo indico algumas séries que gosto:



5. Leia um livro! Se você não fizer parte do grupo de leitores viciados que têm pilhas e mais pilhas de leituras atrasadas, posso te ajudar com algumas dicas.

6. Se a leitura não for seu forte, ou apenas não tiver $$$ no bolso e pilhas de livros te esperando, tenho outra dica para você. Faça alguma sobremesa em casa! Não tem nada que anime mais um dia do que um docinho preparado por você mesmo. Para te ajudar, tenho um DIY fresquinho que encontrei por aí:



7. Tá cansado de ficar sozinho de cara pro computador? Então chame alguém para compartilhar uma sessão de Em Chamas ao seu lado! Eu já assisti o filme na estréia e é muito bom, do tipo que vale a pena assistir mais vezes. Ou seja, se já tiver visto, que tal assistir de novo e, de quebra, levar alguém especial?

E essa foi a listinha que eu preparei hoje especialmente para você, que está se sentindo entediado e não tem nada para fazer. Quer um segredo? É isso que eu faço quando estou me sentindo assim, garanto que funciona!

Até a próxima!


16/11/2013

[Resenha] Seis Coisas Impossíveis



Autor: Fiona Wood

Editora: Novo Conceito

Páginas: 272

Preço: 23,62 na Livraria da Travessa

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Dan Cereill levou um encontrão da vida: seu pai faliu, assumiu que é gay e separou-se de sua mãe, tudo de uma vez só. Enquanto isso, sua mãe recebeu de herança uma casa tombada pelo patrimônio histórico que cheira a xixi de cachorro, mas que não pode ser reformada... E, agora, Dan está vivendo em uma casa-relíquia que parece um chiqueiro, com uma mãe supertriste e sem conseguir falar com o pai — que ele ama muito. Suas únicas distrações são sua vizinha perfeita, Estelle, e uma lista de coisas impossíveis de fazer, como: 1. Beijar a garota. 2. Arrumar um emprego. 3. Dar uma animada na mãe. 4. Tentar não ser um nerd completo. 5. Falar com o pai quando ele liga. 6. Descobrir como ser bom e não sair abandonando os outros por aí... Mas impossível mesmo será: 1. Não torcer para que Dan supere seus problemas. 2. Não rir muito com os devaneios dele. 3. Não querer ter um cachorrinho como Howard. 4. Não desejar que a mãe de Dan encontre a felicidade. 5. Parar de ler este livro. 6. Não querer abraçar o livro depois de tê-lo terminado...


Minhas expectativas estavam relativamente altas quanto a Seis Coisas Impossíveis. Quando o pedi, era um dos meus favoritos da lista, esperava muito a respeito das ideias da autora, uma vez que me interesso por esse tipo de sinopse. Quando resolvi que estava no clima certo para sua leitura, pude confirmar minhas expectativas após a mesma.

Já digo aqui que apesar de a capa ter aspectos do livro, não gosto muito dela. Não sei se foi o combo de cores que não me conquistou, ou se foi apenas a arrumação da editora que não bateu pra mim. Só sei que não gostei. A diagramação está muito fofa, o único problema é que o meu livro veio com um erro de impressão, então a cada capítulo, a diagramação manchava o verso da página anterior, o que não foi muito legal. Porém, a editora está de parabéns quanto a revisão e tradução da obra, que ficou impecável.

A vida de Dan Cereill está prestes a desmoronar. Seus pais estão em uma condição financeira deplorável e além disso, estão se separando, pois seu pai acabou de assumir que é gay. Sem casa para morar, eles acabam se salvando por conta de uma casa que foi deixada de herança por uma parenta falecida, o que não adiantou muito, uma vez que seus bens não pertencem exatamente a eles. Para piorar, Dan está tendo que enfrentar o recomeço em uma nova escola, a procura de um emprego novo e o negócio recente-mas-que-não-parece-promissor de sua mãe.

E calma aí que ainda não acabou! Em meio a isso tudo, o jovem ainda se apaixona pela vizinha e se torna seu novo stalker, tendo como objetivo número um de sua lista de seis coisas impossíveis, beijar a garota. Ufa! Será que Dan conseguirá sobreviver a essa nova vida e, de quebra, rearrumar seus laços com seu pai? É isso que você descobre lendo Seis Coisas Impossíveis.

De cara, não me envolvi muito com a história. Os personagens não estavam me encantando, a trama parecia que ia se arrastar até eu não aguentar mais... E aí, engrenou! De maneira leve, Fiona Wood narra em primeira pessoa as trapalhadas de Dan. A escrita da autora ainda mostra tons de imaturidade, uma vez que esse é seu romance de estréia, mas ela tem muito a oferecer. Seus capítulos são bem curtinhos e em cada um deles, dá-se a oportunidade de se apaixonar cada vez mais pelo protagonista.

Dan é uma graça, mas também não é perfeito. Trabalhador, está a fim de ajudar a mãe a se recuperar, mas em algumas situações, tem suas recaídas e mostra sinais da idade que tem – porque claro, ninguém é de ferro. Achei muito divertida a relação que ele tem com "seis coisas". Cada lista que ele faz só tem esse número de elementos, o que achei que seria legal a autora ter explicado, mas não aconteceu. Com o passar da leitura, me envolvi muito com o personagem, ocorrência que fez com que o livro ficasse cada vez mais agradável.

A trama não é lá essas maravilhas. Apesar de divertida e bem criada, segue o clichê do vizinho apaixonado pela garota inalcançável, o aluno novo que sofre bullying e é todo atrapalhado em conseguir o que quer. Mas quem disse que afinal, um clichê não pode ser bem contado? Eu gostei muito do rumo que as coisas tomaram no final do livro, e não fiquei com ressentimentos por Fiona ter usado de uma fórmula bem batida. É como dizem, quando bem contada, toda história fica atraente.

Seis Coisas Impossíveis pode ser batido e não muito original, mas me fez suspirar, rir e me emocionar nos momentos certos. Como escrito na contracapa, não tem como terminar de ler esse livro sem ter vontade de abraçá-lo após o final. É uma história realmente cativante. Leitura recomendada a todos os públicos.


14/11/2013

[Resenha] A Agenda



Autor: João Varella

Editora: Novo Conceito
Páginas: 238

Preço: 19,90 na Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: Sandra Macedo é uma alta executiva de marketing. Obstinada e competente, sua eficiência é reconhecida pelos funcionários e pela diretoria da holding onde trabalha. Exemplo de mulher bem-sucedida, Sandra vive atolada entre as obrigações profissionais e uma filha que não lhe dá muita atenção. Em meio a essa correria, fica difícil dedicar um tempo ao lado afetivo. Assim, ela acaba se envolvendo com pessoas que podem comprometer sua carreira e sua saúde emocional. A não ser que ela deixe de ser a menininha que, no fundo, continua sendo...


Confesso que não tinha tantas expectativas quanto a A Agenda, quando o livro chegou aqui em casa e eu me propus a colocá-lo no alto da pilha de leitura de cortesias da Editora Novo Conceito. Como na escola faço curso técnico em administração, acabei me interessando pelo livro, no qual a protagonista trabalha com marketing em uma holding. Eu só não esperava que fosse me surpreender tanto.

Vou confessar aqui que não curti o design da capa do livro. Achei que ficou um tanto artificial, podia ter sido melhor aproveitada. A diagramação ficou bem séria, mas razoável e eu gostei do enquadramento do texto, fonte e espaçamento que foram atribuídos ao livro. A revisão do mesmo ficou impecável, o que é um ponto super positivo para a Editora Novo Conceito.

Sandra é uma workaholic que trabalha com marketing em uma holding bastante conhecida. Obcecada por seu trabalho, ela deixa de lado a sua vida afetiva constantemente e mal consegue falar com sua filha, que está fazendo intercâmbio e não parece querer muito contato com a mãe. De cara já conhecemos o perfil da protagonista: durona, autoritária, perfeccionista e muito organizada. Em suma, A Agenda nos mostra o quanto uma vida pode ser mudada por interferência de um simples acaso.

Este é um livro que pode ser lido em uma tarde ou duas. João Varella me conquistou pela escrita gostosa e leve, digna de ser acompanhada na companhia de um cafézinho e cookies com gotas de chocolate. Voei por entre suas linhas e tive o prazer de terminar a obra em menos de um dia, mais chocada do que acreditava estar. Não é todo o dia que você encontra um autor capaz de saber escrever tantas guinadas bem feitas, afinal de contas.

As personagens que encontramos durante a leitura tem atitudes tão corriqueiras que você pode até enjoar um pouquinho. Não cheguei a me identificar com nenhuma delas e acho até que teria desistido da leitura, se não fosse o meu curso de adm, que me impulsionava para aprender um pouco mais sobre a tal área de marketing. E acabou que eu aprendi mesmo. Não sobre marketing, especificamente, mas como funciona um ambiente de trabalho, coisa que eu vivo repassando em aula e algum dia vou ter que vivenciar.

Implícitos na narrativa entram em cena os tais fofoqueiros, interesseiros, competitivos e pressionados, personagens da área administrativa dos quais meu professor tanto fala. Gostei muito de encontrá-los e poder saber como a coisa funciona em geral, o livro me deu uma ideia boa de como vai ser a minha vida como estagiária (que aliás, começa ano que vem).

A trama é simples, porém, muito bem elaborada e construída. Só achei que faltou algum elemento que saísse um pouco do cotidiano e conquistasse mais o leitor durante a história. Eu senti muita vontade de abandonar o livro, sério. Não que tivesse sido ruim e tal, é que eu gosto de ritmos mordazes. Do meio pro fim, a história se torna difícil de deixar de lado, mas até que eu chegasse lá... Bem. Digamos que o autor prendeu a minha atenção à sua escrita e seu jeito de apresentar os personagens, mas o livro em si já é outra história.

Também gostei bastante da visão sob perspectivas que João nos permitiu ter em sua obra. Achei essencial que certos personagens tivessem seus olhares apurados aqui, uma vez que o desenrolar da trama não teria sido o mesmo sem aquelas visões. Fora que né, deu pra conhecer melhor aqueles secundários que ficavam um pouco de fundo, mas que de repente, não estavam tão no fundo assim... Enfim, considerem esse livro como uma caixinha de surpresas.

E é isso, pessoal. Como é um livro bem curtinho e simples, não tenho muito mais a falar dele aqui. E também né, se eu falar mais alguma coisa, pode ser que acabe entregando a história toda, então... Não foi um livro que eu gostei muito. Ok, eu me senti verdadeiramente idiotizada ao seu final, mas não foi uma história que me prendeu e não me trouxe qualquer tipo de ensinamento que vou guardar pra vida toda. Mas isso não significa que esse não seja um livro bom. É claro que é. Pode ser que você goste mais do que eu, mas eu apenas te recomendo ler se você for do tipo que está estudando administração e tem interesse na área, porque aí é certeza que pelo menos um pouquinho você vai gostar.


13/11/2013

[Tá no ar] Trailer de Divergente!


Oi, gente! Como vocês estão?

Hoje saiu o Trailer oficial do filme baseado no livro Divergente, que já foi resenhado positivamente aqui no blog.

Como muitos de vocês estavam esperando por esse vídeo em especial, resolvi publicá-lo aqui para que vocês tivessem acesso a ele.

Eu já estou morrendo de ansiedade para assistir o filme, que vai chegar às telonas em 2014, e vocês?


Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.

A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.

E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.



12/11/2013

Comece a ler clássicos!

Oi, gente! Como vão?

Como vocês sabem, sou uma pessoa que costuma estar sempre online na internet (quase sempre no Facebook). Acontece que numa dessas vezes em que eu estava acessando meu feed, dei de cara com uma imagem, escaneada da Revista Veja, que seria muito legal para ajudar a certos leitores que não tem o hábito de ler clássicos, como eu, a aprender a mudar isso.

A imagem se resume a um esqueminha que mostra como você pode ler um livro e fazer com que este te leve a outro. Eu salvei em uma pasta pra consultar mais tarde e acabei lembrando dela na hora de escrever mais um post para vocês.



Essa é para você que já foi twilighter! Que tal ver se você se identifica com O Morro dos Ventos Uivantes ou o famoso Drácula? Já posso me direcionar a Orgulho e Preconceito ou Grandes Esperanças, uma vez que já li o primeiro clássico mencionado (deixa eu contar um segredinho pra vocês? Eu adorei!) na reportagem.



Essa é para você que se emocionou com a obra A Cabana e não pode esperar por algo similar. Eu já não consegui terminar o livro (achei muito maçante), então prefiro pular esse esquema. Quem sabe algum dia, quando eu estiver um pouco mais madura, eu dê outra chance?



Essa não tem erro! Grande parte dos leitores curte um bom romance do Nicholas Sparks (alôu, a XVI Bienal do Livro Rio provou isso para quem quer que estivesse em dúvida). Não é muito o meu caso, mas qualquer dia vou tentar seguir esse esquema e ver no que dá, uma vez que sou chegada a um romancinho, dependendo do clima.

Até a próxima!

Então, animados para devorar clássicos? Eu estou! E é por isso que prometo a vocês tentar seguir pelo menos um esquema até o final do ano que vem. Fico em dúvida se vou conseguir, mas acredito que vale a tentativa.


11/11/2013

[Resenha] Escola 2: O Rebelde Está de Volta!



Autor: James Patterson e Chris Tebbetts

Editora: Arqueiro
Páginas: 264

Preço: 25,40 na Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2013











Sinopse: PARABÉNS! Parece que você sobreviveu ao sexto ano! (Sei que foi difícil.) Mas adivinhe só! Um novo ano está se aproximando. Fique tranquilo – eu lhe dou cobertura. 1º passo: Leia a minha história. 2º passo: Não faça o que eu fiz. Bem-vindo ao segundo pior ano da minha vida!


Não pude deixar de terminar Escola: Os Piores Anos da Minha Vida e seguir para seu sucessor, Escola 2: O Rebelde Está de Volta! Me apaixonei tanto pela trama e pelos personagens do primeiro livro que em menos de cinco segundos, lá estava eu apanhando o segundo livro da pilha para começar a ler. Um bônus, já que minha linda xará da Editora Arqueiro resolveu me mandar os dois livros de uma tacada só (muito obrigada, Natália!). Vocês não tem noção do quanto essa série é viciante! E o melhor de tudo: descobri que ainda tem mais dois livros depois desse.

O livro está no mesmo estado que o outro: com diagramação interna impecável, ilustrações super cômicas e bem-feitas, capa mega chamativa e melhor revisão x tradução, impossível. Uma dica para a Editora Arqueiro: continuem com esse trabalho maravilhoso em suas obras e vocês vão ganhar cada vez mais o carinho dos leitores! Dá até gosto de ficar admirando o livro, de tão bonita que a edição ficou.

Rafa Khatchadorian está de volta! Apesar de deixar o ano que passou para trás, nosso protagonista ainda tem motivação o suficiente para aprontar das suas e retornar a um objetivo que o mantenha ocupado suficiente para que seu ano letivo não seja totalmente entediante. Com o apoio de seu melhor amigo, Leo Caladão, Rafa está disposto a entreter o leitor com suas peripécias durante o sétimo ano.

Nesse livro eu fiquei com muita pena do Rafa. Mas não foi uma pena forçada... Sabe aquele sentimento que você tem quando se afeiçoa muito a um personagem e vê que ele tá se dando mal e você não pode fazer nada além de acompanhar enquanto ele se vira? Foi bem isso. Cada página que eu virava, me divertia com a maneira com que Rafa lidava com cada situação, mas ao mesmo tempo, meu coração se apertava pela ansiosidade em saber se ele teria seu final feliz. Apesar de tudo o que aconteceu, o protagonista conseguiu ganhar o meu coração de vez durante a leitura, me levando a estágios de diversão a emoção.

Foi lendo essa obra que James Patterson e Chris Tebbetts também me cativaram ainda mais. Curti muito a habilidade de ambos os autores no que diz respeito a escrita a quatro punhos. A história toda ficou tão bem escrita que nem percebi quando acontecia a alternância. Outra coisa que me deixou maravilhada foi a amarração dos fatos que eles resolveram construir nesse novo universo, junto com o aprofundamento da história familiar do Rafa, que me emocionou demais.

A Operação R.A.F.A pode até ter acabado, mas a comicidade do livro não para! O personagem se mete em tanta encrenca que acaba cheio de histórias novas e engraçadíssimas para contar. As ilustrações mais uma vez foram um ponto muito forte no livro, combinadas com a interação que Rafa mantém com o leitor. Dei gargalhadas altíssimas enquanto ria e me diverti muito! Sem dúvida, uma das melhores leituras que realizei ao longo do ano, embora um tanto inferior ao primeiro livro.

Continuo recomendando a série para os interessados em uma leitura leve e dinâmica. Não subestimem a persuasão de Rafa só porque o livro parece ser um infanto-juvenil bobo. Sugiro que abandonem os preconceitos literários e embarquem nessa aventura com nosso herói literário, pois vale muito a pena! Confesso que ainda estou imersa no mundo do protagonista e aguardo ansiosamente pelo lançamento de seu próximo livro.


10/11/2013

Dá uma olhada: Dancers Among Us.

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Em minhas andanças pela internet, encontrei um projeto muito legal que une duas das minhas maiores paixões: fotografia e ballet (às vezes três, pois em uma foto ou outra, podemos incluir os livros).

O nome do projeto fotográfico é e foi criado por Jordan Matter, tendo como objetivo retratar bailarinos em situações cotidianas. Como achei as fotos belíssimas e a ideia muito interessante, separei as fotos que mais gostei dos ensaios, para que vocês, leitores, pudessem conhecer esse trabalho mega inspirador.



Destaque ao salto da quarta foto. Eu simplesmente achei muito linda a atuação da bailarina, pois o movimento ficou super natural e espontâneo. Acho que eu nunca teria sagacidade o suficiente para posar para uma foto dessas, rs.



Babei muito na coragem da bailarina-modelo da segunda foto! Número 1: coragem para posar daquele jeito diante daquela altura. Número 2: coragem o suficiente para posar com a câmera e não deixá-la cair. Do jeito que sou desastrada, provavelmente nunca faria uma foto tão arriscada.



Eu achei que a terceira foto ficou a coisa mais fofa ever, mas ainda tem muitas marcas de romantismo pra mim (pois é, ao contrário do que parece, não sou fã desses mimimis). Reparem na comicidade implícita na quarta foto, que é, por sinal, uma das minhas queridinhas no top 5.



Eu sei muito bem que os leitores de plantão se identificaram demais com a primeira foto! Olhando assim, fiquei com muita vontade de tirar uma dessas no meio de uma livraria. Qualquer dia eu peço para alguém tirar e posto a foto pra vocês. Destaque para a foto da bailarina deitada no canhão, que eu até coloquei na capa do meu Facebook, de tanto que gostei; e mais uma vez, encontramos um salto que esbanja espontaneidade na quarta foto, pela qual eu simplesmente me apaixonei.



Preciso dizer o motivo de eu amar essas fotos? Todas as quatro possuem expressões corporais esplêndidas, que retratam diversas mensagens. Impossível reter o fascínio! Destaque para a terceira foto, uma daquelas para as quais eu nunca conseguiria posar, porque sou muito medrosa.



E para finalizar, a última rodada de fotos maravilhosas! Eu amei de paixão a foto dessa Becky Bloom versão bailarina, mas o destaque da vez vai para o casal dando comida para as aves. Simplesmente adorei essa cena, ficou bem forte e chamativa.

Eu realmente espero que vocês tenham gostado das fotos assim como eu, gente. Para quem quiser saber mais sobre o trabalho do Jordan Matters, e só clicar aqui para ter acesso ao site do projeto.

Até a próxima!