31/12/2012

Retrospectiva literária 2012



Olá pessoal, feliz ano novo!

2013 está chegando aí e em comemoração a esse novo ano repleto de oportunidades, resolvi fazer uma retrospectiva literária para vocês. Vamos lá?


Meta de leitura: 50 livros.

Quantos livros eu li: 70 livros.

Melhor livro de fantasia: O Nome do Vento, Patrick Rothfuss. Definitivamente, amei esse livro. Esperava muito menos dele, mas agora já estou ansiosíssima por O Temor do Sábio.

Melhor suspense: Sob a Redoma! Não tenho dúvidas de que essa foi não só a minha melhor leitura de 2012, como da minha vida. Esse livro é de leitura imperdível, adorei conhecer o estilo do King.

Melhor distopia: Jogos Vorazes, com certeza! Foi a primeira série que me cativou a ponto de me tornar fã tresloucada, daquelas que acampam em pré-estréia e ficam o dia inteiro lendo a respeito de sua série favorita.

Melhor romance: Belo Desastre. Intenso do começo até o fim, a história de Travis e Abby me cativou desde o primeiro parágrafo. Me apaixonei pelor Abby, Travis, America e Shepley. Jamie McGuire definitivamente me conquistou com esse romance.

Melhor clássico: Pollyanna. A personagem me fez chorar, rir e ao mesmo tempo conseguiu mudar o meu jeito de pensar e ver o mundo. Recomendo a todos.

Autor revelação: Stephen King. Sob a Redoma foi o primeiro livro que li do autor e desde então, me apaixonei. Sua escrita é maravilhosa, os personagens são extremamente reais e o livro conseguiu me conquistar de um jeito que nenhum outro conseguiu.

Melhor livro nacional: Apesar de Maurício Gomyde ser meu autor preferido, minha melhor leitura nacional foi Ser Clara, da autora Janaina Rico. Me diverti imensamente com Clara, personagem que gostei muito. Como chick-lit é meu gênero preferido e a autora soube conduzir muito bem a história dentro do gênero, a leitura não pôde ficar melhor.

Melhor casal: Travis Maddox e Abby Abernathy, de Belo Desastre. Ri, suspirei, me encantei e me emocionei com esses dois, sem dúvida formam o par perfeito.

O protagonista que mais me cativou: Big Jim Rennie, de Sob a Redoma. Com certeza, o maior vilão de todos os tempos!

O personagem secundário que mais se destacou: America, de Belo Desastre. A melhor amiga de Abby é divertidíssima, super fiel à protagonista, me rendeu muitas gargalhadas durante a leitura.

A resenha que eu mais gostei de escrever: A de Sob a Redoma, que apesar de ter ficado imensa, foi a que mais me deu prazer por tê-la escrito. Eu estava muito ansiosa para compartilhar as minhas opiniões a respeito desse livro, o que só tornou a escrita dela mais gostosa.


Bom pessoal, é isso. Desejo um 2013 carregado de leituras e muito sucesso para todos!


30/12/2012

[Resenha] Minha Vida Fora de Série



Autor: Paula Pimenta

Editora: Gutenberg

Páginas: 408

Preço: 27,54 na Livraria da Travessa

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2011











Sinopse: Mudar de cidade sempre é difícil, mas fazer isso na adolescência é algo que deveria ser proibido. Como começar de novo em um lugar onde todos já se conhecem, onde os grupos já estão formados, onde ninguém sabe quem você é? A princípio, Priscila não gosta da ideia, mas aos poucos percebe que pode usar isso a seu favor, tendo a chance de ser alguém diferente. Mas será que o papel escolhido é aquele que ela realmente quer representar? Aos poucos, Priscila percebe que o que importa não é o lugar e sim as pessoas que vivem nele. E que, além da nova cidade, há algo mais importante a se conhecer: ela mesma. Quem gosta da coleção “Fazendo meu filme” não pode perder o livro de estreia dessa nova série de Paula Pimenta. Situado no mesmo universo ficcional, temos a oportunidade de acompanhar alguns dos nossos já adorados personagens, três anos antes da história de "Fazendo meu filme” começar. Não perca a 1ª temporada da vida fora de série de Priscila!


Esse livro é super especial para mim, pelo fato de ter sido um presente dado pela minha amiga Anninha, a quem essa resenha é dedicada. Ela o comprou por ter achado que a personagem principal dele, Priscila, seria a minha cara. Eu já estava um pouco ansiosa para conhecer os frutos da imaginação de Paula Pimenta, e com o desafio de comprovar ou não se a personagem seria tão parecida comigo quanto minha amiga garantiu, a vontade que eu tinha de ler Minha Vida Fora de Série só aumentou.

Ao finalmente ter o livro em mãos, me encantei com sua diagramação, tanto externa quanto interna. As páginas não são brancas, mas possuem um tom diferente de cinza, coisa que gostei bastante. A capa é linda e a contracapa possui bolhas com comentários de pessoas que já leram o livro. Outro detalhe que me deixou maravilhada foi o fato de cada capítulo do livro começar com um trecho de algum seriado, já que a protagonista é viciada neles, achei super cuidadoso da parte da autora. Também não encontrei errinhos de revisão, o que só eleva a pontuação da obra.

Priscila tem treze anos e se sente triste por ter mudado de cidade. Seus pais se separaram e resolveram dividir tudo ao meio, dos animais até os filhos. Ou seja, além de ter que se habituar com um novo lar totalmente diferente do que ela conhecia, a menina precisa se acostumar a viver sem a presença do irmão mais velho, de seu pai e de alguns de seus animais domésticos. Tudo muda quando em seu aniversário, sua prima Marina a apresenta à sua mais nova paixão: os seriados. Ela também a convida para conhecer um clube da qual é sócia e é a partir daí que Priscila começa a perceber que Belo Horizonte lhe reserva mais surpresas do que ela imagina.

Bom, pela idade da protagonista já se pode imaginar que o que temos aqui é um romance juvenil, de narrativa super levinha e instigante. Achei a Priscila uma personagem um pouco imatura, o que não é de forma alguma um ponto negativo, pois aos treze anos a adolescente geralmente está começando a passar pelas mudanças da fase. Me identifiquei bastante com ela e já destaco aqui que algumas passagens do livro me despertaram uma sensação de - pasmem - nostalgia. O livro também me fez ter uma súbita vontade de assistir aos seriados que gosto, visto que passei a leitura sendo influenciada por uma viciada em seriados.

Uma coisa que me deixou comovida, foi a relação de mãe e filha que a Paula criou em Minha Vida Fora de Série. Me identifiquei com as confidências que Priscila faz à mãe e com todos os momentos que elas passam juntas. Achei esse detalhe bem legal, pois atualmente, me parece que os adolescentes estão perdendo o contato com seus pais.

Gostei bastante de conhecer a escrita da Paula Pimenta. É gostosa, leve, boa para um passatempo e flui direitinho, de acordo com o ritmo da história. O desenvolvimento da história foi bom, com tudo ao seu tempo, sem pressa. Recomendo a leitura principalmente para quem está um tanto saturado de livros com escrita rebuscada e romances complexos, pois Minha Vida Fora de Série é um ótimo passatempo, principalmente quando você está precisando relaxar um pouco a cabeça.


28/12/2012

[Promoção] 1 ano de Páginas Encantadas!



Olá pessoal!

Hoje é um dia muito especial para mim, pois há um ano atrás, Páginas Encantadas foi criado!

Eu não imaginava que ia conseguir manter o blog por tanto tempo, nem que ele ia se tornar tão importante para mim. Nesse primeiro ano como blogueira, tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas que nutrem a mesma paixão por livros que eu, além de poder falar sobre esses bebês que eu amo tanto.

Hoje eu quero agradecer a todos vocês, leitores e parceiros que colaboraram para esse crescimento. Foram ao total, 18621 visualizações, 191 postagens, 1059 comentários, 514 seguidores pelo GFC, 410 seguidores pelo twitter do blog e 213 curtidas na fanpage.

Como sem vocês nada disso seria possível, resolvi liberar uma promoção, na qual o ganhador levará a versão de bolso do livro Férias! da autora Marian Keyes.

Regras:

- Seguir o blog pelo GFC.
- Ter endereço de entrega no Brasil.
- Deixar um comentário nesse post para validar sua participação.

a Rafflecopter giveaway


27/12/2012

[Resenha] Sob a Redoma



Autor: Stephen King

Editora: Suma de Letras

Páginas: 960

Preço: 55,09 no Extra

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse: Em um dia como outro qualquer em Chester’s Mill, no Maine, a pequena cidade é subitamente isolada do resto do mundo por um campo de força invisível. Aviões explodem quando tentam atravessá-lo e pessoas trabalhando em cidades vizinhas são separadas de suas famílias. Ninguém consegue entender o que é esta barreira, de onde ela veio e quando — ou se — ela irá desaparecer. Os moradores de Chester’s Mill percebem que terão de lutar por sua sobrevivência. Pessoas morrem, aparelhos eletrônicos entram em pane ao se aproximar da redoma e a situação fica ainda mais grave quando a cidade se vê exposta às graves consequências ecológicas da barreira. Para piorar a situação, James “Big Jim” Rennie, político dissimulado e um dos três membros do conselho executivo da cidade, usa a redoma como um meio de dominar a cidade. Enquanto isso, o veterano da guerra do Iraque, Dale Barbara, é reincorporado ao serviço militar e promovido à posição de coronel. Big Jim, insatisfeito com a perda de autoridade que tal manobra poderia significar, encoraja um sentimento local de pânico para aumentar seu poder de influência. O veterano se une a um grupo de moradores para manter a situação sob controle e impedir que o caos se instaure. Junto a ele estão a proprietária do jornal local, uma enfermeira, uma vereadora e três crianças destemidas. No entanto, Big Jim está disposto até a matar para continuar no poder, apoiado por seu filho, que guarda a sete chaves um segredo. Mas os efeitos da redoma e das manobras políticas de Jim Rennie não são as únicas preocupações dos habitantes. O isolamento expõe os medos e as ambições de cada um, até os sentimentos mais reprimidos. Assim, enquanto correm contra o pouco tempo que têm para descobrir a origem da redoma e uma forma de desfazê-la, ainda terão de combater a crueldade humana em sua forma mais primitiva.


O primeiro contato que eu tive com Sob a Redoma foi através do facebook. A Suma de Letras estava anunciando seu novo lançamento e me deixou assustada com o preço inicial: 79,90. Realmente, uma facada daquelas. Porém, não posso deixar de pontuar que fiquei muito curiosa para saber a razão do livro ser tão caro. Logo passei o olho para ver quem era o autor, Stephen King. Já sabia que os livros dele costumavam ter um preço bem salgado, então apenas me conformei, achando que não leria o livro em um futuro tão próximo. Pois é, me enganei feio. Acontece que um tempo depois, o Submarino lançou uma promoção imperdível, a qual cortava o preço do livro pela metade e eu não perdi a oportunidade de adquirí-lo.

Assim que o recebi, já tinha adiantado que só o leria depois que estivesse oficialmente de férias, pois o livro é enorme e tentador, o que me atrapalharia bastante durante o último período de provas. No momento em que soube que estava aprovada e já podia degustar das minhas férias, iniciei a leitura.

O livro é belíssimo, a Suma de Letras fez um ótimo trabalho com a capa dele, a paisagem é linda e ainda ilustra um dos acidentes que acontecem no livro. Me encantei com a revisão e tradução, sério mesmo. A editora está de parabéns por não ter poupado o uso dos palavrões na tradução, que foram estritamente necessários para que certas reações dos personagens fossem reais. Já a revisão, ficou impecável. Me impressionei por não ter achado muitos errinhos durante a leitura, já que o livro é muito grande.

Nossa história começa quando em 21 de outubro às 11:30 da manhã, sem mais nem menos, uma redoma cai sobre os limites da cidade de Chester's Mill. Quem estava fora da cidade no momento em que a redoma caiu, não entra. Quem estava do lado de dentro, não sai mais. E quem ficou na divisa da cidade... É cortado ao meio, literalmente. É assim que crianças ficam órfãs, maridos se separam de esposas e pais são afastados de seus filhos.

De início, vários acidentes acontecem, pois as pessoas não estão preparadas para lidar com a superfície aparentemente inquebrável que separa sua cidade do resto do mundo. Mas conforme o tempo vai passando e o desespero toma conta daqueles que estão ali dentro, autoridades são chamadas e cientistas começam a pesquisar para saber com o que os moradores de Chester's Mill estão lidando. Seria uma manobra do governo? Um ataque extraterrestre? Punição divina? Ninguém sabe.

Tudo seria fácil se as pessoas não fossem humanas. O problema seria apenas a redoma, todos poderiam se juntar em prol de arranjar uma solução, tentar acalmar uns aos outros e se unir para que tudo ficasse bem. Mas é claro que o livro não teria graça se isso acontecesse, e o autor sabe disso. Durante toda a história, ele procura explorar o lado mais obscuro do psicológico humano. Medos profundos são revelados, defeitos e temores há muito escondidos, são postos para fora, rivalidades são lembradas. Agora é cada um por si, todos têm sua própria sobrevivência para garantir.

Em meio a tudo isso, conhecemos Dale Barbara, um forasteiro que se encontra ávido para sair da cidade. É claro que sua sorte não é lá das melhores, pois a redoma cai e ele ainda não conseguiu ultrapassar os limites de Mill. Além de estar preso à cidade, sua situação é mais complicada por ele ter se envolvido em uma briga com o filho do segundo vereador - algumas cidades por serem pequenas não possuem prefeitos e sim, três vereadores que são encarregados de regê-las de acordo com o que o poder de suas posições permite, como no caso de Chester's Mill - e alguns outros rapazes conhecidos por causar encrenca na cidade.

É claro que Barbara não é o único personagem que conhecemos, King nos apresenta mais de quinze personagens durante a leitura em seu devido tempo, de modo que não conseguimos esquecer a história de nenhum deles. Todos eles tem seus medos, ambições e passado cuidadosamente definidos, com características fortes e facilmente memoráveis. Me apeguei especialmente a Big Jim Rennie, Julia Shumway, Alice Appleton, Aidan Appleton, Rusty Everett e família, Brenda Perkins, Jackie Wettington, Sammy Bushey e Dale Barbara.

Falando em personagens, não posso deixar de destacar aqui o que mais tive prazer de gostar e odiar, Big Jim Rennie. Stephen King conseguiu criar no universo de Sob a Redoma, sem dúvida, o maior vilão de todos os tempos. Big Jim é totalmente sádico, um perturbado de primeira, mas me conquistou como nenhum vilão fazia há tempos. Ele é o segundo vereador de Mill, porém, manipula frequentemente as decisões do primeiro vereador e subestima completamente as posições da terceira vereadora da cidade.

A corrupção política é nítida ao decorrer do livro, você chega a sentir pena dos habitantes de Mill não por conta da redoma, mas por ter de lidar com o tipo de gente presente na cidade. A população se mostra com a mesma função de uma marionete nas mãos de Rennie. Suas ações são totalmente odiosas, mas você percebe que ele não é mau. Ele acha que está fazendo bem para cidade à sua maneira. É com essas e outras que King destaca outra mensagem para o leitor: o ser humano não é totalmente mau, ele acha que está fazendo bondade à sua maneira egoísta, sem pensar nas necessidades dos outros.

E os efeitos que a redoma causa não afetam apenas a sociedade, como o clima da região. Até mesmo em cidades pequenas a poluição é observável e Chester's Mill não é excluída disso. Com o tempo, gases poluentes vão se acumulando na redoma, tornando o ar ruim para se respirar.

King não poupa detalhes a respeito do sofrimento da população. Sua narrativa é descritiva, mas não cansa o leitor. O suspense está sempre presente nas páginas de Sob a Redoma e quando você acha que finalmente vai ter um tempinho para fazer outra coisa que não ler o livro, o autor descreve algum acontecimento que te arrebata de volta à leitura.

Os detalhes técnicos que o livro possui são incríveis. Eu sinceramente, não imagino como King conseguiu escrever aquilo tudo. Ele é simplesmente impecável, um mestre na arte de escrever. Encontramos aqui detalhes médicos, jornalísticos, meteorológicos e policiais. Meus olhos se arregalavam a cada informação nova que eu lia, juro.

Se vocês, leitores amigos, não tem estômago o suficiente para muita ação, muitas mortes e uma dose extrema de realidade, nem cheguem perto desse livro. Mas se você quiser ser arrebatado e teletransportado por Stephen King, mergulhe de cabeça em Sob a Redoma, pois não vai se arrepender. Recomendo MUITO, pois foi com certeza, o melhor livro que eu já li em toda a minha vida.


26/12/2012

[Resenha] Sussurro



Autor: Becca Fitzpatrick

Editora: Intrínseca

Páginas: 264

Preço: 21,75 no Submarino

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse: Se apaixonar nunca foi tão fácil… ou tão mortal. Para Nora Grey, romance não era parte do plano. Ela nunca se sentiu particularmente atraída por nenhum garoto de sua escola, não importa o quanto sua melhor amiga Vee os empurre para ela. Não até a chegada de Patch.
Com seu sorriso tranquilo e olhos que parecem enxergar dentro dela, Nora é atraída por ele contra seu bom senso. Mas após uma série de acontecimentos aterrorizantes, Nora não sabe em quem confiar. Patch parece estar onde quer que ela esteja, e saber mais que ela do que seus amigos mais íntimos.
Ela não consegue decidir entre cair nos braços dele ou correr e se esconder. E quando tenta encontrar algumas respostas, ela se acha próxima de uma verdade que é bem mais perturbadora do que qualquer coisa que Patch a faça sentir. Pois Nora está bem no meio de uma antiga batalha entre os imortais e aqueles que caíram – e, quando se trata de escolher lados, a escolha errada poderá custar sua vida.


Aproveitando mais uma dessas promoções relâmpago que o Submarino costuma lançar, comprei os três primeiros livros da série Hush Hush, da tão aclamada Becca Fitzpatrick. Minhas expectativas alcançavam o céu de tão altas, visto que tinha ouvido muitos comentários bons a respeito dessa série. Uma pena que a leitura do primeiro livro não correspondeu ao que eu esperava dele.

O trabalho da editora Intrínseca ficou realmente bom, como é de se esperar. A textura da capa é interessante, áspera, o que me deixou com vontade de ficar passando a mão nela por um tempo. A capa segue o mesmo padrão das capas americanas, o que eu achei legal, pois a versão americana é linda. Na diagramação interna, podemos ter o prazer de encontrar algumas penas, que dão um charme adicional ao livro. Também gostei muito da fonte usada no início de cada capítulo. A tradução e revisão ficaram ótimas, não achei erros gramaticais durante a leitura.

Acostumada a sentar-se sempre ao lado de sua melhor amiga, Vee, Nora se surpreende quando abruptamente, seu professor de Biologia resolve trocar todos os alunos de lugar, o que acabou implicando em ajustá-la logo ao lado de Patch Cipriano, aluno novo na escola. As duas logo tentam arranjar um jeito de mudar a situação, mas quando isso se mostra impossível, elas tentam se conformar, ainda que desgostosamente.

Como se não bastasse ter que tolerar as tiradas irritantes de seu colega de classe, Nora começa a se preocupar com sua segurança quando se vê ameaçada por um alguém misterioso que tem como acessório uma máscara de esquiador e insiste em persegui-la.

Eu pessoalmente, achei a Nora uma personagem um tanto chata. Andei discutindo o livro enquanto o lia junto com meu amigo, Gabriel e entramos em consenso sobre uma coisa: o Patch carrega a obra inteira nas costas. Podem me jogar pedras, mas eu definitivamente não gostei da mocinha do livro.

Já Patch me conquistou por não ser nem o mocinho, nem o vilão da história. Ele me cativou por sempre conservar uma onda de mistério em torno de si e estar sempre respondendo a Nora com tiradas inteligentes. Ele é o típico bad boy que usualmente ganha o meu coração.

A narrativa da autora é muito boa, o que fez com que a leitura fluísse muito bem, me levando a terminar de ler o livro em menos de três dias. A teoria sobre anjos que ela expõe ao leitor é interessante, super bem desenvolvida, não me deixando sentir falta de nenhum buraco, por assim dizer.

O final do livro não se mostrou tão previsível, mas eu consegui adivinhar bem antes quem era o mascarado que perseguia Nora. Apesar de concordar com o Gabriel quando ele insinua que Hush Hush seria um "Crepúsculo dos anjos", ainda acho que Becca conseguiu se sair melhor do que Meyer e ainda possui um protagonista - Patch - em minha opinião, mais interessante, hihi.

Recomendo o livro por ter sido em todo um bom passatempo, mas vou admitir aqui que não se tornou um dos meus favoritos. Vamos ver se com o passar do tempo, minha reação à série melhora.


25/12/2012

[Resenha] Sereias: O Segredo das Águas



Autor: Mirella Ferraz

Editora: Novos Talentos

Páginas: 240

Preço: 22,41 na Fnac

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse: “E então aconteceu... a mágica chegou... e não existiam pernas e pés ali, mas sim um manto de escamas com mil tons de anil, verde e dourado. Uma cauda de peixe... uma cauda de sereia!” Neste romance encantador, urdido a sal e água, é narrada a emocionante história de Coral, uma garota de aparência exótica, que nasceu envolta em mistérios sobrenaturais e com um estranho fascínio pela água. Poderá ela, com a ajuda do apaixonado Marcelo, desvendar todos os enigmas que cercam a sua vida? Conseguirá sua mãe, Marina, afastá-la de um destino que, para ela, parece apavorante, mas que constantemente se revela inexorável? Qual preço você estaria disposto a pagar para ajudar seu grande amor? Com uma narrativa dinâmica e empolgante, o leitor viajará pelo mundo de uma das mais fascinantes figuras lendárias, e presentes, de todos os tempos: a sereia. E verá que, muitas vezes, as lendas são mais reais e estão bem mais próximas de nós do que imaginamos. Venha desvendar o que se esconde nos mares... “Fiquem então em silêncio e apurem seus ouvidos, porque podem ser agraciados com um canto vindo das ondas... por um canto de sereia...”.


Sou apaixonada por sereias desde pequena, quando conheci a princesa Ariel. Quando recebi a notícia de que a Mirella tinha aceitado fazer parceria com o blog e estaria enviando o livro para que eu fizesse resenha, entrei em polvorosa. Tinha ouvido falarem muito bem desta obra e seu tema me cativou bastante, visto que se tratava de um dos meus seres fantásticos preferidos. Como vocês podem perceber, a essa altura minhas expectativas eram relativamente altas.

Fiquei fascinada pela capa desse livro, que é maravilhosa. Uma verdade é que o selo Novos Talentos não possui muitos títulos com capas bonitas, fato que fez com que eu me surpreendesse com o trabalho externo do livro. A diagramação interna porém, deixou muito a desejar, mas o selo ainda ganha pontos por ter colocado ali folhas da cor amarela, e não brancas, como de costume. A revisão ficou muito boa, nada a reclamar a respeito dela.

Em Sereias: O Segredo das Águas, conhecemos Coral, uma jovem espirituosa e que sonha em conhecer o mar. Ela possui um estranho fascínio pela vida marinha desde o nascimento e esconde sua paixão de sua mãe, que possui um estranho medo de tudo que seja relacionado ao mar. E é no ritmo de um conto de fadas que a história se desenrola, contada pela narrativa belíssima de Mirella Ferraz, que nos faz querer ler bem devagarinho, só para ter o prazer de apreciar cada detalhe da história.

A história em si é bastante previsível, senti falta de um roteiro mais intrigante, mas vejam bem, este livro está mais para uma história saída de um conto de fadas do que para um YA sobrenatural, então não vi problemas quanto a isso.

Gostei bastante da visão que a autora tem a respeito das sereias, aqui Mirella as retrata como os típicos seres pacíficos que conhecemos em A Pequena Sereia, da Disney. E não pensem que para por aí, a autora desenvolve toda uma trajetória a respeito de como as jovens se transformam, tudo em seu tempo certo.

A estrutura dos personagens é muito boa. Me identifiquei com Coral e gostei de acompanhá-la durante a leitura. Outra coisa que me encantou foi o envolvimento que Mirella tem com os personagens de seu livro. Durante cada página virada, pude sentir a essência da paixão que ela nutre por esse universo. É muito legal poder saber que o autor ficou realmente envolvido na escrita de sua obra, saber que ele está realmente dentro do universo que escreveu e é apaixonado por suas criações e nesse caso, o prazer que ela tem em falar sobre as sereias é palpável, fato que me cativou muito durante a leitura.

Para quem gosta de contos de fadas, Sereias: O Segredo das Águas vai ser um passatempo muito bom. Recomendo a pessoas de todas as idades, tenho certeza de que vão se maravilhar pela visão que a autora possui a respeito das sereias.


24/12/2012

[Resenha] Ser Clara



Autor: Janaina Rico

Editora: Underworld

Páginas: 285

Preço: 35,91 na Fnac

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2011











Sinopse: Clara é uma jovem brasiliense, de 27 anos, que está envolvida com os preparativos do casamento de sua melhor amiga, Laura. Durante a festa conhece um médico rico e famoso, o homem dos sonhos de qualquer mulher. Porém, acaba se envolvendo com um colega de adolescência. Mal sabe ela os obstáculos que viverá pela frente, tais como uma sogra desesperada e até mesmo tentativas de assassinato, até que consiga decidir o que quer da vida.
Trata-se de um livro de linguagem simples e atual, que descreve o cotidiano, os sonhos e as aventuras de uma mulher vivendo entre a realização de uma vida independente e o desejo de conhecer e viver um grande amor. Clara, Laura, João Thomas, Léo são personagens que encontramos em nosso dia a dia, no trabalho, nos bares, nas festas. Um passeio pelos desejos e sonhos do imaginário feminino.


Garanti meu exemplar de Ser Clara da maneira mais "Clara" possível e fiquei bem feliz por isso. Eu tinha sido a vencedora de um concurso cultural realizado na fanpage do livro, com a promessa que desfilaria pelo Rio de Janeiro caracterizada com roupas que lembrassem a personagem, além de um cartaz escrito "Eu quero Ser Clara!". É claro que eu cumpri a promessa e ganhei meu kit, que foi composto pelo livro e alguns mimos super legais. No mesmo dia, tive a oportunidade de conhecer a Janaina Rico, autora super divertida de quem gostei muito.

A Editora Underworld arrasou na diagramação e revisão do livro. Já a capa, feita pela capista Marina Ávila é a cara da protagonista! A intenção da capa fica implícita durante a história, de forma que os mais atentos poderão descobrir qual o momento que ela ilustra. O livro todo tem um design encantador, o que torna quase impossível não sair da livraria com ele na mão.

Janaina já começa nos apresentando à Clara com uma dose considerável de bom humor e comicidade. Clara logo nos anuncia que está metida nos preparativos para o casamento da melhor amiga Laura e que não pode falhar na organização de tal evento, para que todos vejam como seu bom gosto é apurado. Preparativos feitos, união concretizada, é chegada a festa que celebra o matrimônio, onde familiares se perdem na bebedeira, senhoras mais velhas se desprendem e dançam até o chão e principalmente, onde Clara conhece o atraente João Thomas.

A partir daí, a história vai se desenrolando da forma mais engraçada possível. Eu ri demais com as tiradas da Clara. Onde já se viu, colocar música do plantão da Globo como toque para as chamadas da mãe no celular? Apesar de ser personagem principal de um chick-lit, isso não faz com que a moça seja artificial, pelo contrário. Ela se ferra mais do que se dá bem, passando por cada saia justa que faria uma mulher recatada meter o rabo entre as pernas e sair correndo.

Além de Clara, também conhecemos diversos personagens que fazem parte da história e não deixam de carregar sua dose de importância. Eu me apeguei a quase todos eles, sério mesmo, desde os componentes da família até os amigos mais chegados, cada personagem tem seu diferencial.

Não tenham preconceitos! Se vocês pensam que Ser Clara vai tratar apenas das conquistas amorosas da moça, podem parando por aí. Janaina Rico não desceu do salto ao tratar de assuntos mais sérios e delicados em sua obra, tais quais os relacionamentos abusivos, transtornos obsessivos-corporais e desigualdades sociais, que são tão presentes na nossa sociedade atual. A autora me surpreendeu a em meio de tão leve entretenimento, injetar esse tipo de assunto em seus personagens com maestria.

Como vocês já devem saber, o chick-lit é o meu gênero literário favorito, então, costumo ser mais crítica quanto a ele. Para mim, ou você sabe escrever um chick-lit, ou estraga tudo fazendo uso de piadas forçadas e sem graça. Mas devo dizer que a Janaina passou na avaliação, ainda mais com sua narrativa gostosa, que me fez devorar o livro. Fiquei encantada em poder me deleitar com o cotidiano cômico e problemático de uma brasileira de classe média.

Por fim, é um livro super recomendado. Acho que os amantes do chick-lit deveriam adicioná-lo às suas próximas leituras, pois garanto que vão curtir bastante, assim como eu.


22/12/2012

Nossa Infinita Fonte de Magia, por Jorge Felipe

Palavras são transitórias.
Palavras ficam com a gente.
Palavras calam e insultam.
Palavras amam e falam.

Palavras perdidas por aí.
Palavras que encontramos aqui e ali.
Palavras que queimam e amargam.
Palavras doces como o mel...

É paradoxal surgir tanta beleza
E tanto sofrimento de um só lugar.
É um mundo a parte

Que todos conhecem,
Mas poucos dominam.
Palavras camonianas e maquiavélicas.

Palavras que sentem, transpiram.
Palavras em desuso, partiram.
Palavras iludidas, apaixonadas.
Palavras firmes, desejadas.

Palavras que saíram do armário.
Palavras que sequer abriram a porta.
Palavras envergonhadas, arrancadas.
Palavras escancaradas, com um pisca-pisca dizendo:
"Ó eu aqui!".

E não importa o quanto a física teorize,
Que são apenas sons e pensamentos.
Elas são tão vivas quanto as pessoas.

Algumas vivas e vividas.
Outras parasitas desgraçadas.
E tantas que já foram esquecidas.


21/12/2012

Essa semana eu quero... #1


Oi pessoal, tudo bem com vocês?

Decidi fazer uma vez por semana, uma listinha de 5 livrinhos que estão entre os meus desejados, só para variar um pouquinho e compartilhar os meus desejos com vocês.

Espero que gostem!


Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.

Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.



Londres, 1910. Belle, de 15 anos, viveu em um bordel em Seven Dials por toda sua vida, sem saber o que acontecia nos quartos do andar de cima. Mas sua inocência é estilhaçada quando vê o assassinato de uma das garotas e, depois, pega das ruas pelo assassino para ser vendida em Paris. Sem poder ser dona de seu próprio destino, Belle é forçada a cruzar o mundo até a sensual Nova Orleans onde ela atinge a maioridade e aprende a aproveitar a vida como cortesã. A saudade de casa — e o conhecimento de que seu status como garota de ouro não durará muito — a leva a sair de sua gaiola de ouro. Mas Belle percebe que escapar é mais difícil do que imaginou, pois sua vida inclui homens desesperados que imploram por sua atenção. Espirituosa e cheia de desenvoltura, ela tem uma longa e perigosa jornada pela frente. A coragem será suficiente para sustentá-la? Ela poderá voltar para sua família e amigos e encontrar uma chance para a felicidade? Autora # 1 bet-seller, Lesley Pearse criou em Belle a heroína de nossos tempos: uma mulher forte que luta por seus direitos em um mundo perigoso.



Jojo é a personagem focada, com olhos bem atentos às nuvens para não errar o plano de vôo, mas como nada é perfeito... ela acaba se apaixonando por um dos seus chefes; justamente o casado.

Lily Wright ainda está colhendo os frutos de seu romance de estréia. Contudo, seu segundo livro parece que se nega a sair de sua cabeça, e o prazo de entrega... vai para o espaço.

Acontece que Lily ouviu os conselhos do "amor da sua vida" e gastou quase todo dinheiro na compra de uma casa. E agora?

Para completar o elenco principal, Gemma Hogan. Organizadora de eventos, era a melhor amiga de Lily, até se apaixonar pelo amor da sua vida, que coincidentemente (ou não) é o mesmo do de sua melhor amiga. Gemma cuida da mãe recém-abandonada pelo marido e leva uma vida social sem grandes emoções. Gemma e Jojo acabam trabalhando juntas.

Talvez o livro mais curioso de Marina Keyes depois de Melancia, Um bestseller pra chamar de meu reúne ingredientes infalíveis para quem curte o mundo dos livros e é apaixonado por boas histórias de vida contemporâneas.



Outono de Sonhos é o primeiro volume da Série Foi Assim que te Amei. Nesse romance Helen é uma jovem cheia de sonhos e objetivos a conquistar, filha única de uma família estruturada e feliz. No início da trama ela se vê envolta à expectativa do primeiro dia de aula na faculdade de Letras da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. O talento para escrever rende a Helen o convite para dar continuidade a um projeto parado na faculdade, terminar um conto de amor entre um príncipe e uma plebeia, iniciado pelo escritor e estudante de teatro, Andrew Gamberini, que sofreu um acidente há um ano e abandonou a faculdade. Conforme entra em contato com a trama, Helen descobre-se apaixonada pelo seu autor e viverá intensamente um romance pelas quatro estações do ano. Outono dos Sonhos é uma obra apaixonante, levando o leitor a mergulhar em uma surpreendente e emocionante história de amor.



A cidade do Rio de Janeiro é o pano de fundo onde a estudante de medicina Clara vive sua rotina diária com a família e amigos. O que ela não imaginava é que tudo o que acreditava estivesse prestes a mudar, com a visita inusitada de um anjo. As força do mal ameaçam escravizar a raça humana e, para impedir, o anjo da guarda Nath-Aniel (Nate) vem à Terra, disfarçado de humano, para alertar sua protegida Clara de que sua vida está em risco. Proibido de agir em nome dos humanos e alterar seus destinos, o anjo acaba por se envolver demasiado quando revela a Clara que o pai dela, um renomado cientista, é o responsável pela descoberta que despertou as forças do mal: a fórmula da perpetuação da vida humana (criônica). Toda a missão da legião de anjos celestiais é colocada em risco quando Nate e Clara se apaixonam.


17/12/2012

Bookshelf Tour!


Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Eu sei, eu sei, faz muito tempo que eu não posto algo aqui!

Peço minhas sinceras desculpas, mas acontece que dezembro está sendo um mês bem mais corrido do que eu imaginava... Tive provas tanto no inglês quanto no ballet, apresentações, fora as saídas inesperadas e a reviravolta que a reforma no meu quarto está causando (sim, estou reformando meu quarto em prol de criar um ambiente mais confortável para que eu possa trabalhar com mais ânimo no blog).

Mas o bom é que finalmente, minha querida estante chegou e eu anuncio a volta do meme Caixinha de Correio, que voltará a ser filmado e postado por aqui. É claro que eu também aproveitei para fazer uma reforminha básica no meu canal do youtube (leia-se: apaguei todos os vídeos e pronto, estou pronta para começar do zero).

Em breve, estarei trazendo outras surpresinhas, por isso não deixem de acompanhar o blog!

Espero que gostem da Bookshelf Tour que eu gravei hoje para vocês :)




05/12/2012

[Resenha] Algemas de Seda



Autor: Frank Baldwin

Editora: Geração Editorial

Páginas: 316

Preço: 19,50 na Fnac

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse: Mimi Lessing está noiva do homem que ama, quando seu colega de trabalho, o irresistível Jake Teller, desperta a sua curiosidade e interesse. Disposto a seduzi-la, Jake a convida a assistir, sem ser vista, aos jogos eróticos dele com suas parceiras, a quem leva ao êxtase sexual por meio da dor. (...) Homens e mulheres não deixarão a leitura deste thriller erótico e absorvente até a última página, para a qual se caminha num clima de sensualidade e suspense eletrizantes.


O que mais me inspirou a ler essa obra foi a onda de livros eróticos que estavam sendo lançados por aí. Como boa blogueira, é meu dever manter meu público atualizado e é óbvio que eu também não queria perder a oportunidade de provar de um gênero desconhecido, além de testar a minha maturidade para a leitura e avaliação do mesmo. Ao receber a oportunidade de participar do segundo ciclo de resenhas organizado pelo blog Revista Innovative em parceria com a Geração Editorial, não tive como não me inscrever.

A Geração Editorial já começou ganhando pontos com a bela diagramação externa e interna do livro. Uma coisa que achei muito legal, foi o fato de ter uma classificação quanto ao nível de erotismo da história, na capa. Em seu verso, podemos encontrar três pimentas: verde (picante), laranja (médio picante) e vermelha (muito picante). Só para constar, Algemas de Seda foi premiado com uma pimenta verde. A tradução e revisão do livro estão ótimas, não percebi muitos erros de revisão e achei que a tradução não poupou palavras para descrever os momentos mais intensos do livro.

Com narrativa em primeira pessoa, conhecemos Jake e Mimi. Ele, um homem solteiro que não busca compromisso algum senão manter o ritmo de uma noitada a cada sexta-feira e ela, uma mulher pudica que enfrenta problemas quanto à tentação de ter relações sexuais com outros homens três semanas antes de subir no altar.

O autor nos libera uma versão mais ampla da história fazendo com que a narrativa do livro seja intercalada entre ele e ela. Ressalto aqui que apesar de ter conhecido bem os personagens e acompanhado tudo, não me apeguei a nenhum deles, infelizmente.

A escrita de Baldwin é descritiva, porém, não cansa o leitor. Ele foi capaz de me prender durante os momentos mais intrigantes e intensos do livro, tal que não podia nem parar para tomar fôlego - o que gerou uma breve discussão aqui em casa, pois minha mãe queria que eu fosse comprar pão e eu não estava com a mínima vontade de largar o livro - e me preparar para a seguinte cena. As partes eróticas precisas o bastante, mas não tão vulgares a ponto de assustarem o leitor.

Uma coisa que me incomodou bastante foi o breve esclarecimento que o autor arranjou para o casal, no fim de tudo. Fiquei sem entender direito também o propósito do assassino entrar na história e de Jake fazer tudo aquilo com as mulheres. É claro que ele esconde um passado um tanto traumático, mas no que isso influenciou na vida dele? O que fez com que ele iniciasse tudo isso? Ele tem prazer machucando as mulheres apenas porque quer vê-las chegar em seu limite? Ou tem algo mais por trás? Fiquei com essas dúvidas após terminar o livro.

Enfim, declaro que Algemas de Seda foi um ótimo passatempo. É um livro que recomendo, mas apenas se você se der por satisfeito com uma solução breve e não muito detalhista, pois é decerto decepcionante quando você termina o livro sem saber o que vai acontecer depois com os personagens principais. Se for ler essa obra, também recomendo que não leia a sinopse da contracapa, pois achei que deu alguns spoilers. Pelo menos a minha leitura teria sido mais emocionante se eu não tivesse lido a sinopse do livro, tanto que ocultei a parte que achei reveladora demais na resenha.


03/12/2012

[Resenha] Sob a Luz da Lua



Autor: Andrea Cremer

Editora: Galera Record

Páginas: 462

Preço: 30,51 na Casas Bahia

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2011











Sinopse:Best seller do New York Times, Sob a luz da lua, é o primeiro livro da série Nightshade, de Andrea Cremer. A protagonista Calla Thor não é uma menina normal, e sempre soube que seu destino seria se unir a Ren Laroche, sendo sua fiel companheira até o último dia de suas vidas. Só que Calla, assim como Ren, é tão humana quanto loba. Alfa dos Nightshades, ela é responsável pelo bem estar e segurança dos outros integrantes de seu grupo e deve obediência aos Defensores, feiticeiros que vigiam os humanos desde tempos imemoriais. Tudo estaria a salvo se não fosse Shay Doran, um misterioso humano que faz Calla transgredir as severas leis que regem seu mundo e colocar em risco não só a sua vida, mas a de todos aqueles que ama. O segundo volume da série acaba de ser lançado nos Estados Unidos e também já está na lista de mais vendidos do New York Times. No site da autora www.andreacremer.com a seção Sound Scripts cria uma trilha sonora para acompanhar a leitura do livro, capítulo a capítulo.


Sob a Luz da Lua habitava minha wishilist já fazia um tempo quando um de meus passeios ao longo da Livraria Travessa do Leblon na companhia de minha madrinha acabou resultando na compra deste livro, junto com A Garota da Capa Vermelha.

A Galera Record fez um trabalho muito bom com relação a diagramação externa do livro, ainda que tenha sido baseada na original, a capa foi um dos fatores que mais me atraiu a comprá-lo, devo dizer. Confesso que fiquei com o pé atrás antes de ler e enrolei bastante para adicioná-lo à lista de próximas leituras, mas não me arrependi ao fazê-lo.

Andrea Cremer já começa nos apresentando à Calla e Ren, que logo se tornaram meus personagens preferidos. Calla é forte e não deixa de marcar sua presença, sempre querendo defender suas opiniões e seguir seus instintos, a típica personagem que corre atrás do que quer. Já Ren, com seu humor pretensioso e atitudes sedutoras, me conquistou na hora. Eu sou super fã de personagens bad boys, e não foi nenhuma surpresa quando me vi sendo #TeamRen. E é, vocês já podem deduzir o quanto tenho repulsa ao me deparar com uma cena envolvendo o Shay. Prefiro nem me prolongar sobre esse assunto, hum.

Gostei muito da escrita da autora, detalhista, mas não a ponto de te saturar de informações. A trama que ela nos apresenta é bem interessante também, me senti bastante envolvida pela cultura e tradição que as alcatéias apresentam. Aliás, venho percebendo que os YAs sobrenaturais estão focando bastante em suas diversas sociedades, o que me soa bastante interessante e me prende mais à história, pois sinto como se estivesse sendo teletransportada para dentro do livro, o que é muito bom.

Falando a respeito de comparações, durante a leitura me lembrei bastante de Academia de Vampiros, da autora Richelle Mead, pois achei que a relação entre os Defensores e Guardiões de Cremer um tanto quanto similar se comparada à relação entre os Morois e os Guardiões dos livros de Richelle. Também me contagiei ao me deparar com a opressão sempre presente nas páginas do livro, coisa que acontece em ambas as séries.

Enfim, posso dizer sim, que estou aguardando ansiosamente pela oportunidade de ler Lua de Sangue, o segundo volume que já foi lançado por aqui pela Galera Record e recomendo a leitura aos aficcionados por YAs sobrenaturais e até mesmo para quem quer experimentar um pouco dessa onda.


02/12/2012

[Resenha] A Morte da Luz



Autor: George R. R. Martin

Editora: Editora LeYa

Páginas: 336

Preço: 19,90 na Fnac

Leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2012











Sinopse:Primeiro livro escrito por George R. R. Martin, autor da renomada série As Crônicas de Gelo e Fogo, foi premiado com os principais prêmios do mundo de fantasia e ficção científica. Desde essa primeira história o autor já mostra o que o tornaria mundialmente famoso, seus personagens que não são nem vilões, nem heróis, mas sim seres complexos como todos nós. Um planeta está prestes a morrer, seu caminho se afasta das estrelas que trazem vida àquele lugar. Suas 14 cidades, construídas rapidamente quando o planeta passou por perto de uma grande estrela, também estão moribundas. Worlorn não é o planeta que Dirk t’Larien imaginava, e Gwen Delvano não é mais a mulher que conhecera. Ela está ligada a outro homem e a esse planeta moribundo preso no crepúsculo, seguindo em direção à noite sem fim. Em meio à paisagem desoladora, há um violento choque de culturas, no qual não há códigos ou honra e uma batalha se espalhará rapidamente.


Esse é mais um dos livros que recebi em parceria com a Editora LeYa. Estava bastante animada para ler, pois tinha ouvido muita gente falar bem do autor e dos livros que ele escreve. A diagramação é bem simples, porém, bonita. A capa não deixou de manter o padrão dos livros de George, mesmo este não sendo uma das obras que fazem parte da série Guerra dos Tronos. Quanto a revisão, também não encontrei muitos problemas, fora alguns errinhos de digitação desnecessários. A tradução também ficou ótima, manteve o estilo de escrita do autor, que diga-se de passagem, é maravilhoso.

No começo conhecemos Dirk t'Larien, um homem que vindo de Ávalon, busca atender o chamado de uma joia-sussurrante enviada por Gwen Delvano, mulher com quem se relacionou no passado. Buscando salvá-la, ele se depara com culturas complexas e diferentes de tudo o que ele poderia imaginar, além de inimigos dispostos a levar sua cabeça como um troféu assim que tiverem oportunidade para tal.

A estrutura histórica que George R. R. Martin construiu em A Morte da Luz é incrível. São séculos de tradições e conceitos criados a partir de sua imaginação, não tendo relação alguma com nossa vida humana atual. Em sua criação, George aproveita para fundamentar sátiras à igreja e aos métodos humanos atuais, sem sequer fazer referências diretas à nossa atualidade. A trama é muito bem desenvolvida e você percebe claramente que o que nos é dado na sinopse do livro não é o foco principal da história, há muito mais ali do que uma simples contracapa pode nos mostrar.

Quando iniciei a leitura, tive sim uma certa dificuldade em prosseguir, pois o autor nos fornece uma descrição bastante ampla do que está acontecendo e são muitas informações desconhecidas, mas com o passar das páginas, tudo vai se esclarecendo, e ele me pôs a par de como as coisas funcionavam em Worlorn. É necessária a plena atenção do leitor para que este entenda tudo o que se passa no universo criado por Martin, pois são muitas informações para se lidar ao mesmo tempo. Eu pelo menos, senti o impacto da diferença.

Uma coisa que me deixou bastante frustrada foi o tempo que demorei para finalizar esse livro. Por que? A escrita de George já é um tanto rebuscada, adicionando a grande quantidade de informações e descrições que eu tinha que assimilar por páginas, isso tudo gerava muito cansaço e eu acabava não conseguindo ler mais que cinquenta páginas por dia. Acho justo como alguns leitores que vi por aí, eleger o autor como um clássico estrangeiro, pois está à altura, em minha opinião.

Os personagens que conheci são muito distintos, e me apeguei a três em especial, Jaan Vikary, Gwen Delvano e Garse Janacek. O jeito heróico e ao mesmo tempo misterioso de Vikary me encantou bastante, e não pude deixar de preferir que Gwen ficasse com ele a Dirk. O protagonista só me inspirou nojo de seu egoísmo, entre outras atitudes. É, não gostei muito dele. Também me apeguei bastante à Gwen, pois ela é uma daquelas personagens que luta pelo que quer e não desiste, ainda que tenha seus ideais sendo constantemente reprimidos. Já Garse, com seu humor sarcástico e sua auto-certeza, me fez aguardar ansiosamente por cada tirada sua.

Não posso esquecer de mencionar aqui um ensinamento que o livro me transmitiu: a importância dos nomes e da valorização da nossa honra própria. A cultura dos personagens que habitam Worlorn prioriza muito o orgulho pessoal, o que me fez pensar bastante a respeito do quão longe uma pessoa poderia chegar para defender seu próprio nome e o dos seus.

Se você quer ser transportado para um universo diferente, ficar com o coração na boca nas horas mais intensas e ter o privilégio de passar os olhos por uma escrita magistral, leia A Morte da Luz, você não vai se arrepender. Recomendadíssimo, mas aviso que reserve bastante paciência para conseguir terminar o livro, porque é uma leitura a qual é imprescindível que se dedique atenção o suficiente para que não se deixe passar detalhes importantes a respeito da história.